domingo, 30 de maio de 2010

UMA PICADONA E PICADINHAS EXCELENTES

Estão em PICADINHAS, com notas frescas do Palmério Dória, que vc pode acessar clicando ao lado sobre a palavra que dá nome à página.

SOLTOS OS 12 PEEMES QUE TORTURARAM E MATARAM MOTOBOY


Por Mylton Severiano


                                                                           Foto Amancio Chiodi


Certa está a justiça militar. Esses são os verdadeiros e legítimos peemes. Agora, aguardamos a soltura dos quatro que mataram outro motoboy em seguida. Os dois assassinados eram negros. Também estes quatro são os verdadeiros e legítimos peemes, pois não apenas mataram a pancadas o motoboy, como o fizeram na frente da mãe do rapaz, portanto ainda têm esta atenuante -- peeme que é peeme não perdoa nem a mãe.
Foto Amancio Chiodi

DELENDA PM

Delenda Carthago
Cartago deve ser destruída
Palavras com que Catão, o Antigo, terminava todos os seus discursos fosse qual fosse o assunto destes. Pode citar-se como exemplo de uma ideia fixa, de um plano ou projeto cuja realização se promove obstinadamente.
(Do Dicionário Prático Ilustrado Lello, O Porto, Portugal)


Foto Amancio Chiodi




Então lá vai: Delenda PM!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

VIDA DE JORNALISTA É UM ROMANCE



ROSE NOGUEIRA – PARTE 3

Por Mylton Severiano textos
e Amancio Chiodi fotos


No primeiro capítulo, vimos como Rose ficou órfã de pai pequenina, de como acabou no jornalismo aprendendo com um trotskista que “matéria que não tem fim, terminada está”. Sua paixão por um comunista. De como acabou abrigando em casa, grávida do primeiro filho, o líder da ALN, Aliança Libertadora Nacional, Carlos Marighella, inimigo número um da ditadura militar. De como uma noite recebe a visita do Esquadrão da Morte e será torturada no Dops paulista. Vimos na Parte 2 os padecimentos de Rose nas garras da escória da polícia, gente da pior espécie que hoje, para nossa decepção, o Supremo Tribunal Federal, resolve perdoar, confirmando a anistia que a ditadura nos enfiou goela abaixo a pretexto de “pacificar” a nação. Na Parte 2, paramos no ponto em que Rose conta que havia um colega de prisão surpreendente. Quem estava perguntando no momento era o Amancio Chiodi, e na sequência saberíamos que Rose temeu ser levada ao “barranco”.

“Fiz um exercício assim: como
será a morte por fuzilamento?”

Amancio Eles que eram terroristas, não?
Eles eram terroristas. Terrorismo de Estado. Teve uma segunda vez que levaram o nenê, o carcereiro avisou, o seu Pascoal, que era muito católico. Era melhorzinho, porque tinha um muito corrupto chamado Adão. E nós tínhamos um colega de prisão famoso na época, o Leopoldo Heitor.

Caso Dana de Teffé.
Exato, o “advogado do diabo”. Foram buscar o Leopoldo Heitor como “subversivo” também, sei lá por quê.

Amancio Mas o que ele veio fazer em São Paulo?
Não sei, veio, ficou lá, saiu dizendo: “Vocês não vão me esquecer. Eu vou denunciar isso.” E, quando eu estava no Tiradentes, saiu no Jornal da Tarde, se não me engano, a carta que ele mandou pro Buzaid [Alfredo Buzaid, ministro da Justiça do Médici, nazista cujo filho Buzaidinho estava entre os rapazes que estupraram e mataram a menina Ana Lídia, de sete anos, em Brasília]. Dizia assim: Senhor ministro, de uma maneira ou de outra fiquei sabendo... e relatou as torturas. Ele foi a primeira pessoa a denunciar, nós temos de agradecer muito a ele.

Impressionante. Estamos em 1970 já?
Não, é dezembro de 1969. Eu fui para o presídio Tiradentes nas vésperas do Natal. O Leopoldo Heitor foi quem ensinou pra gente um monte de coisas sobre a cadeia. Você nunca pergunta por que o outro está lá. O bom cabrito não berra. Como ele tinha dinheiro, deu pro carcereiro Adão, que era corrupto, pra trazer sanduíche de mortadela pra gente. Também pra comprar uma garrafa térmica, pro café. De manhã passava o café com pão, ele dizia “cadeia é assim: pega o máximo que você puder de pãozinho, porque você tem alimento pro dia inteiro”. E pra mim: “a térmica é pra você, tem que tomar café, levantar o ânimo”. O Leopoldo foi uma surpresa. Mandou comprar também molho inglês Jimmy. Hoje nem posso ver aquilo, passo no supermercado nem olho. É um molho saboroso, bem salgado, põe no pão, você consome sal, e bebe bastante água, você não pode perder água nem sal, era isso que me dava fraqueza.

O cara tinha prática de cadeia.
Aquele prato que vinha no Dops, de plástico, eu nunca comi, fiquei mais de cinquenta dias lá, eu tinha nojo, da colher que também era de plástico, com cabo quebrado. O feijão vinha com uma água, e folhas de couve em cima...

Carlão ... vinha lá no presídio Tiradentes.
Fiquei muito magra, porque não tinha fome nenhuma, não conseguia comer. Isso incomodava eles, “só uma vaca terrorista mesmo, acabou de parir e fica magra”. E o Tralli, aquele filho da puta, falava “ela tá magra mas tem uma bunda de vaca”.

Amancio Nossa, como eram doentes!
E me deitava em cima da mesa, me segurava pra todo o mundo ver. E eu apanhava, ali de bruços em cima da mesa. E todas as outras coisas.

Batiam de cassetete?
O Tralli gostava de me passar a mão. Uma vez eu comecei a gritar, nem deu pra ver, um me segurou por aqui...

Pela nunca.
É. E me batia de tapa. Tapa, tapa mesmo, sei lá com quê que era. Eu acho que era tapa de mão. Eles usavam palmatória. Fiquei inteiramente roxa. E o Tralli beliscava.

Carlão Eles costumavam bater nas pernas, “isso aqui é pra você não andar mais”.
No pé. Batiam na sola do pé. A dor é absurda. A dor não te deixa pensar. Só depois você pensa, “puxa, fui abusada”, não te leva a pensar qualquer coisa da vida. Me lembro que quem falou uma vez sobre a tortura, e eu pensei “nossa, é isso mesmo”, foi o José Genoino, dizendo assim: “seu corpo pede pra você: fala, inventa qualquer coisa, pra parar; e a sua cabeça fica falando: não!, tem que resistir, tem que resistir”. Fica dividido, mente e corpo, são partes divididas. Ele falou exatamente o que eu sentia. O corpo era uma coisa, eu era outra.

O corpo quer parar de sofrer, mas na cabeça tem alguma coisa forte ali.
Essa batalha nossa contra tortura até hoje, o Carlão, eu, a Vilma, é porque é uma coisa que volta. Estou falando com vocês mais à vontade porque acabei de passar por um processo de catarse dois meses atrás, escrevendo para o livro. Percebi claramente: estou conseguindo trabalhar isso melhor na cabeça. Normalmente, se começasse a falar sobre aquilo eu ia entrar no chuveiro e ia ficar chorando lá.

O Granville não conseguiu falar pra gente, para os fascículos sobre a ditadura militar.
Teve uma moça que foi ser entrevistada e falou que não sabe se passou por isso ou não, que contam pra ela e é como se ela tivesse imaginado. E teve gente que passou por coisa muito pior, por exemplo, as que estão no livro. Todas têm um relato muito parecido. Eu sempre achei que essa coisa feminina, da “vaca terrorista”, do abuso, fosse uma coisa um pouco ali comigo. Porque aquele Tralli era um tarado.

Amancio Era um sistema.
Era. Todas, todas que tinham criança passaram pela mesma ameaça. A Eleonora Menicuci, que é médica, está nesse livro, tinha uma menininha, de um ano, eles levavam a menina, deixavam ela arrebentada a um metro e pouco da criança. Só mostravam, mas não deixavam ela tocar na menina. E as mesmas ameaças. Teve uma que fala que foi estuprada quando saiu do pau-de-arara. Como é possível? Mais do que psicopata. No pau-de-arara você fica de ponta-cabeça pendurada, amarrada, sua circulação praticamente para, a dor é horrível, eles te dão choque, batem, você faz xixi, faz cocô, tudo junto. Essa foi no Rio.

E eles querem anistia pra esses caras.
Não é um absurdo? Isso é crime de lesa-humanidade continuado, porque eu tenho sequelas, fiquei estéril. O Carlão ficou estéril. E tem a síndrome pós-traumática. Passei grande parte da minha vida tendo pesadelos horríveis, incomodando meus maridos, acordando à noite, tendo medos que não precisava ter, arriscando às vezes quando não precisava arriscar.

Que tipos de medo?
Ah... dormir de porta aberta, dormir de luz apagada – não consigo direito, até hoje. Eu tive todo esse sofrimento nessa época, mas também conheci as pessoas mais extraordinárias. Isso me fez prosseguir num monte de coisas na vida, às vezes arriscando, mas sem aquele pé-atrás. Depois que saí da prisão, tudo o que aconteceu comigo, inclusive isso aqui agora da gente comer casquinha de pão com margarina, é lucro.


(Entre gargalhadas gerais) Que maravilha.
Esconder gente na TV Globo, só algumas pessoas sabiam. E todos os experimentos, tudo, tudo. Eu só não como quiabo.

Eu adoro quiabo.
Eu não, eu adoro jiló.

Eu também.
Jiló que é uma beleza, fritinho. A única coisa que eu não consigo engulir é quiabo – eu engulo sapo! Aquela baba não me deixa engulir.

Ah, mas então você não sabe fazer quiabo.
Eu não sei fazer.

Bem, vamos voltar ao caso: quando vai para o presídio Tiradentes, muda tudo, não?
A gente só ia pra lá quando tinha a prisão preventiva decretada, a minha é de 18 de dezembro de 1969 e minha lembrança é de ir já quase no Natal. Minha família foi me visitar, minha mãe, que é um barato, me levou um vestido muito bonito, marrom e amarelo estampado e uma echarpe amarela. Mas nas visitas costumávamos ficar bem bonitas. Uma emprestava maquiagem pra outra.

E o bebê, não foi?
Foi, mas eu tinha pavor que levassem ele. Às vezes eu pedia pra não levar. Ao mesmo tempo, quando levavam e ele ia embora, eu chorava muito. No Tiradentes você não estava mais na mão do Executivo, tava na mão do Judiciário. Mas o juiz às vezes autorizava levar você de volta para mais interrogatórios, de repente alguém foi preso e te citou de novo. Eu me lembro da Cidinha Santos, de Ribeirão Preto, da ALN, presa fazia meses quando o pai dela caiu, e ela apanhou tudo de novo. Ela tinha falado coisas diferentes do pai. Ela pegou uma ferida na perna muito feia. Um encanto de pessoa a Cidinha.


As visitas eram quando?
Quartas e sábados. Como eu era casada com preso, eu recebia visita no pavilhão masculino: casada recebia visita junto com o marido. Outra coisa que me deu depressão foi quando meu pai morreu. Ele só me visitou uma vez. Me ver presa ele falou que foi a pior coisa da vida dele. Um dia ou dois depois morreu.

E as condições do presídio?
Nós pedimos aos advogados para conseguir material de limpeza. O piso tinha crosta de sujeira, uma coisa preta no chão, com gordura. A gente raspava com uma faquinha. Era assoalho de madeira. O Tiradentes foi um dos lugares onde reuniam escravos. A torres onde a gente ficava, era redonda, eles ficavam concentrados ali antes de ir pro interior. Depois fizeram o presídio. Monteiro Lobato passou por lá, e japoneses na Segunda Guerra. A gente ficava em cima do pavilhão dos presos comuns.

Carlão Vocês se comunicavam por espelhinhos.
E aprendemos a comunicação dos surdos-mudos. Mas eu não conseguia. Os presos comuns ficavam ali [gesticula rápido]. Eu ficava com inveja, não tinha esse talento. Fiquei muito amiga da Hilda, viúva do Virgilio Gomes da Silva. As quatro crianças dela foram pro juizado. E avisaram a família da Hilda, que foi lá – a família – tirar as crianças do Juizado. Os dois mais velhos, o Vladimir e o Virgilinho, com sete e oito anos, foram levados a várias casas pra ver se eles queriam ficar com aquelas famílias. Iam dar um sumiço nas crianças.

Que nem fizeram na ditadura argentina.
Ensaiaram aqui! Acho que não tiveram coragem. A menininha, a Isa, tinha quatro meses. Os meninos deitavam do lado do bercinho e amarravam a menina neles, com medo que levassem a Isa, porque falavam pra eles que ela estava lá pra adoção. Como ela ficou doente, com desidratação, não foi adotada. Não deixaram levar.

E aí a família da Hilda buscou os filhos dela.
Então. Daí, atrás do Tiradentes tinha a rua Três Rios. Na janela tinha a grade e atrás uma chapa de ferro. A gente só conseguia ver dos lados. E num dos lados dava pra ver a esquina, que tinha um poste. Então combinavam com a família da Hilda, levavam as crianças pr’aquela esquina, do lado daquele poste. A gente ficava fazendo sinal com pedaços de pano, pra eles ver que a gente estava viva. Ficavam os quatro ali paradinhos, do lado da tia, inesquecível, parecia uma estátua de pedra. E a Hilda na grade, chorando, gritando. Nem a arte eu permito que faça separação de mãe e filho. É preciso falar pra Maria Rita Kehl que a maternidade – eu gosto dela, gosto muito, muito do pensamento dela, ela tem um livro chamado Ressentimentos, uma das coisas mais profundas que eu li...

... mas não pisou na bola nessa vez?
Não. Ela sentiu a maternidade de outra maneira, mais suave, feliz, mais sem compromisso com a sobrevivência mesmo do seu corpo.

O engraçado dessa história é que, na semana em que saiu este Almanaque, que eu li – e eu não participei da entrevista – fiquei estarrecido [a fala exata de Maria Rita Kehl, no Almanaque Brasil de Cultura Popular de maio de 2000, quando fazem a primeira pergunta – “O que é ser mãe?”, ela responde: “Do ponto de vista da psicanálise, é uma construção cultural.”] E por especial coincidência, dias depois minha cadela deu à luz cinco filhotes e eu saí procurando onde, era uma chácara, e encontrei ela entocada num oco de terra.
Pra poder proteger as crias.

Fazia dois dias que ela não aparecia, fui levar leite pra ela. Quando aproximei a tigela da toca, ela avançou em mim e me deu uma mordida no braço, no dono dela, que tava levando um leitinho pra ela! Então não entendo como podem dizer que instinto materno é construção cultural.
Quando peguei o meu cachorro Requinho, eu tinha outra cachorra, a Menina, que foi pro céu. No primeiro dia ela estranhou ele, era magrinho, cachorro de rua. No segundo dia, ela foi no banheiro, no box, fez um ninho lá com um acolchoado, ficou dez dias sem sair de lá, só vinha comer. E lambia ele, sem parar, a veterinária falou “nossa, ela vai machucar os olhos dele”, e ela se ajeitava como se fosse dar de mamar, mas ele já era grandinho, ela achou que tinha parido ele, e queria que ele mamasse. E eu tenho aí no computador, a filha de uma amiga me mandou, tem uma feira em Teresópolis, alguém largou uma caixa lá com seis filhotes, e tinha uma cadela ali perto também pra adoção. Ela foi chegando, tem as fotos, e foi tirando um por um da caixa, deitou e deu de mamar pra eles, aí você vê nas últimas fotos o leite saindo da boquinha deles. Você cria leite! Mãe adotiva passa por isso. Se precisar amamentar, ela cria o leite. Então acho que a Rita viveu outra situação de maternidade.


Nos provérbios da Bíblia li que é melhor enfrentar uma ursa a quem roubaram os filhotes do que no insensato que acredita na sua loucura. Então voltando ao assunto anterior, eram todos uns insensatos, não?
Todos. Todos. Por exemplo, eu li a entrevista do general Leônidas Pires Gonçalves na Globo News, feita pelo Geneton Morais Neto. Com o distanciamento de alguns dias é que eu vejo como é patético, como é psicopático, não tem nada de políticos, tem de criminosos. Eles eram criminosos. É isso. Todos criminosos.

E o Newton Cruz?
Pois é, o sujeito dizer com orgulho que sabia que ia haver um segundo atentado [no pavilhão Riocentro, 30 de abril de 1980, durante um show pelo Dia do Trabalho, quando uma bomba explodiu no colo de um sargento, matando-o e ferindo o capitão que dirigia o carro, antes que praticassem o atentado], e que ele chamou os dois caras no Hotel Leme, no Rio, e falou “não vai ter atentado coisa nenhuma”, e ele evitou o atentado. E conta com desenvoltura que foi procurado pelo Paulo Maluf, que achava que ele era um matador, e ele fala “o Maluf queria que eu matasse o Tancredo”. É tão louco tudo isso, e diz que o Maluf justificava “nós não podemos entregar”, entregar a rapadura, que era isso, eles queriam o país para eles. Mas a vida da gente valia nada.

Muito louco mesmo.
E tem outra história do tempo da ditadura, que eles ganhavam por preso. As empresas participaram. Financiavam a Oban, davam prêmios pra eles. Teve gente presa que ouviu isso, “ora, você não vale nem trezentos dólares”. Essas empresas deviam ter vergonha.

Vilma Essa história das empresas ainda tá pouco divulgada.

Mas a gente sabe por quê. Tá tudo na mão deles! A Folha tá com eles, a Globo tá com eles. A gente sabe quem era, a Ultragaz, a própria Folha entregava a eles seus automóveis depois de alguma quilometragem, passava pra Oban – aFolha de S. Paulo que tá aí posando de pluralista.
Com a Folha ainda tive outra coisa. Saí da prisão, fui morar com a mãe do Clauset, foi então que fui conhecer o Cacá.

Você ficou quanto no Tiradentes?
Nove meses.

Não houve condenação?
Não, aí fui responder a processo, assinava toda semana na Auditoria Militar, não podia sair da cidade, não podia chegar em casa depois de dez da noite, não podia trabalhar! Achei que estava enganando eles porque fui trabalhar numa revista,Construção, na editora Pini, no Bom Retiro. Era revista técnica, achei que eles não iam se incomodar. Quando peguei meu dossiê do SNI, tava anotado: tempo que trabalhei lá, que fazia...

Vilma Ficavam monitorando, não?
Aliás eles gastavam muito dinheiro com essas coisas.

Amancio E como foi com a Folha?
Ninguém da Folha foi me visitar. Quando voltei lá, ainda era o Piazon [chefe do Pessoal]. O Rangel Pestana, advogado da Folha, foi gentil, “olhe, não vai dar pra você continuar aqui”, falei “nem eu quero”, e tinha de assinar uma ficha, assinei, fui embora. Queria trabalhar de novo. Bom, o que ocorreu? Anos depois, 1997, pra escrever a minha parte no livro com o Alípio Freire [sobre o presídio Tiradentes], primeira vez que fiquei ruim. Voltei na Folha dizendo que ia me aposentar e precisava da ficha funcional, o advogado me disse que eles eram obrigados a guardar. Aí tá lá: que eu saí por abandono de emprego, e a data do nascimento do Cacá está 9 de agosto, não 30 de setembro.

[Necessário ler nas entrelinhas do próximo período para se entender o ponto de vista do mau patrão. Rose segue falando]

Em 9 de dezembro, portanto, daria os três meses de licença-maternidade da época. E começo de dezembro era quando eles me apertaram daquela maneira horrível [no Dops], quando perguntavam do Frei Betto e eu insistia que ele tinha ido embora pra Alemanha, e realmente ele me falou que ia pra Alemanha, e ele já estava preso no Rio Grande do Sul, a gente não sabia, a gente estava incomunicável. Eles queriam o quê? Penalizar o Betto. Depois soube que eles perguntavam lá pro Betto também no Rio Grande do Sul, sobre o que eu sabia, e ele falava que não adiantava, que eu não sabia mesmo onde ele estava.

Isto coincide com que situação que você vivia?
Coincide com a parte que eu tava pior, que tomei a injeção, e com a data que a Folha me deu “abandono de emprego”, quer dizer, sabiam meu estado. Aquele médico falou “se não melhorar até à noite, vai pro barranco”, e eu acreditei. Essa também foi uma noite horrível, fiz um exercício assim: “Como será a morte por fuzilamento, se eu levar um tiro?”

Como seria?
Acho que seria uma coisa prateada. Tentei fazer esse exercício. Estou muito melhor porque ter escrito um mês atrás e ter passado mal, se soubesse que a gente ia falar disso, um mês atrás eu não ia conseguir falar, entende?, porque eu nunca consigo direito, não consigo, não consigo. Outra coisa é que depois fui tentar levar minha vida junto com meu filho do jeito que eu podia. E fazendo o que eu sabia, que era sendo jornalista. Tentei de todos os jeitos e acho que fui uma boa jornalista.

Você é! Rose, a gente volta a conversar. Tem nós na TV Cultura, a morte do Vlado; sua criação da TV Mulher na Rede Globo, a Marta Suplicy na seção pioneira sobre sexualidade etc. Voltaremos a entrevistar você para este blog, ok?
Ok.

LINHA DE PASSE DO MYLTAINHO


Bourdoukan me passou, passei pro Amancio, que lhe passa:

quinta-feira, 27 de maio de 2010



Repondo a verdade
Não se trata de defender o sr. Ahmadinejad, mas de repor a verdade.
Ele jamais afirmou pretender riscar, varrer Israel do mapa ou algo semelhante.
Tudo não passou de um erro de tradução, que foi corrigido, mas o estrago já estava feito.
Então, o que ele realmente disse?
Para citar suas palavras exatas em persa: "Imam ghoft een rezhim-eishghalgar-e qods bayad az safheh-ye ruzgar mahv shavad."
A palavra chave é rezhim-e cujo significado é regime. Ou seja, a destruição a que ele se referiu é ao regime sionista e não ao país.
É importante ressaltar que ele jamais mencionou a palavra Israel ou mapa, mas Jerusalém.
E não podia ser diferente em se tratando de um persa. Afinal, vivem no Irã mais de 50 mil judeus com suas escolas, sinagogas, hospitais e até como membros do parlamento.
E sendo assediados diariamente por “sionistas cristãos” estadunidenses, que lhes oferecem 100 mil dólares por cabeça para deixarem o país a caminho de Israel.
Como se fosse possível ser sionista e cristão. Mas em se tratando dos neopentecostais, tudo é possível.
Eles podem ser sionistas, cristãos jamais.
E a resposta dos persas judeus tem sido a de que vivem no país há mais de quatro mil anos e jamais tiveram problemas.
Para saber mais sobre os erros de tradução do discurso de Ahmadinejad, em inglês, clique em http://www.globalresearch.ca/index.php?context=viewArticle&code=NOR20070120&articleId=4527>
Postado por Georges Bourdoukan às 05:51 0 comentários  
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DIÁRIO DE PORTUGAL II


A notícia abaixo reproduzo inteira. Não chega a obra-prima, mas dá ideia de como pode ser prazeroso ler uma noveleta policial quando não se tem um "manual de redação" nos manietando. Saiu no Diário de Notícias de Lisboa segunda, 24 maio 2010, p. 18.
Mylton Severiano
 
Saiu da prisão para
ser morto à facada
 
SÓNIA SIMÕES
 
A azeda troca de palavras começou à porta do café Dois Amores, no Bairro da Ulmeira, Pontinha, e terminou a escassos metros dali. Nuno, 36 anos, foi buscar a faca do talho ao carro e não hesitou em espetar o peito de um dos três homens que o incomodavam. Logo após o homicídio, na noite de sábado, o suspeito fugiu. Ao final da tarde de ontem entregou-se à Polícia Judiciária e confessou.
A antipatia entre Nuno, talhante, e Luís Reis, mais conhecido como "Chiquitita", já se arrastava há anos, lembra José Ventura. Mas nunca degenerou em violência. "O Chiquitita quando bebe fica implicativo", refere Luís Ventura, à porta da colectividade do bairro.
Na noite de sábado estavam os dois na esplanada quando começaram as provocações. "Ninguém gosta que lhe ofendam a família e o que a mãe fez é passado", defede Luís Ventura, sem querer concretizar. Os insultos tomaram proporções maiores e Chiquitita terá agredido Nuno com uma garrafa no pescoço.
Chiquitita ameaçou ainda ir buscar uma arma. Foi chamar o irmão a casa, Manuel, de 42 anos, e voltou para perto de Nuno. "Eles agrediram-no. Por isso, foi em legítima defesa", defendem os amigos. Nuno ter-se-á sentido ameaçado. Foi até o carro e sacou da faca que usa em serviço e que trazia ao fim-se-semana para afiar.
Segundo relatos das testemunhas, o homicida espetou a faca no primeiro corpo que conseguiu alcançar, o de Manuel.
Maria Manuela Reis, irmã da vítima, diz que está "em estado de choque". "Deixei-o o em casa sossegado, dei-lhe uma colher de metadona porque ele estava com o corpo todo dorido e a ressacar heroína", conta.
A última vez que o viu, estava ele no sofá a assistir ao jogo de futebol em que oInter de Milão conquistou a Liga dos Campeões Europeus, contra o Bayern de Munique por duas bolas a zero.
Manuel foi à rua na tentativa de ajudar o irmão e acabou por ser morto à facada.
Segundo a irmã, Manuel saíra da cadeia de Alcoentre há dois meses -- onde cumpriu pena de sete anos. "Ele sofreu sempre muito, uma vez ficou todo queimado num poste de electricidade", recorda a familiar. Manuel estava a furtar cabos de cobre para vender e alimentaro vício da droga quando foi electrocutado. Ainda apresentava várias queimaduras no corpo.
Nuno fugiu de carro logo após esfaquear Manuel. No bairro, quem o conhecia dizia que se ia entregar voluntariamente à polícia. E foi o que fez ao final da tarde. Entregou-se à Polícia Judiciária e confessou o crime.

DIÁRIO DE PORTUGAL I


Que que há com a Europa?

Não difere da Espanha a situação encontrada por aqui, no Porto, aonde chegamos ontem, 24 de maio. Pedintes às pencas pelas ruas, gente morando em desvãos, lojas abandonadas. Num jornal chamado O Diabo, o colunista Antônio Marques Bessa diz que a elite portuguesa é “rasteirinha, muito pacóvia”, e o taxista reclamou que há muita casa abandonada, de gente que tem muito dinheiro e não as arruma, e quanta gente sem ter onde morar.
O colunista prevê dias mais dificeis ainda, o desemprego grassa Europa afora, os países endividados, “classe política impreparada, sempre de um optimismo imbecil”, “empresários de vista curta”, sindicatos de “funcionários de partidos”.
Andando pelo centro do Porto nesta manhã de terça, 18 de maio, em menos de uma hora já nos pediram esmola três pessoas, fora dois homens vistos dormindo em entradas de lojas.

RECORDE DE MORTES NAS PRISÕES
Comprei o Diário de Notícias, de Lisboa, onde o repórter Luis Maneta relata que a taxa de mortes nas prisões portuguesas é o dobro de outros países europeus: morreram 56 presos em 2009. O último, Bruno M., 27 anos, passou horas batendo na porta sem receber ajuda, estava doente, e agora as investigações indicam que teve “morte natural”...
Das 56 mortes de 2009, 40 se deram por doenças e 16 por suicídio. A elevada taxa de obitos, segundo Antonio Pedro Dores, do Instituto Superior de Ciências do Trabalho, se deve a “condições miseráveis de funcionamento nas prisões portuguesas, onde só há pouco tempo se conseguiu acabar com o balde higiénico”. Notemos que foi de Portugal nosso avozinho que herdamos as bases da “civilização cristã ocidental”, e tal pai tal filho.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

DIÁRIO DE ESPANHA II

                 Foto Amancio Chiodi
O jornal El País, de Madrid, traz uma seçãozinha na última página, Almoço com...

Hoje, 20 de maio, o repórter Francisco Peregil conta que almoçou com a juíza hondurenha Tirza Flores. A seção se enfeita trazendo num pequeno box o nome do restaurante, o que eles comeram e quanto custou a conta de cada um.
Tirza é amiga de um juiz espanhol, Ramón Sáez Varcárcel, que a apresentou a Baltasar Garzón, recém-eliminado da alta corte de justiça Audiência Nacional, por querer investigar os crimes do sanguinário ditador Francisco Franco que governou de 1936 até morrer, em 1975.
                              Reprodução/Museu Thyssen-Bornemisza
O juiz Ramón foi um dos três únicos magistrados que votaram a favor da decisão de Garzón das investigações de genocídio e outros crimes contra a humanidade. E sua amiga hondurenha, de 46 anos, mãe e filha de advogados, tal como Garzón, foi despachada da Corte Suprema de Justiça de Honduras com outros três colegas, no último dia 5 de maio, Motivo: atender a "manifestações fora de horário de trabalho" contra o golpe militar de 28 de junho de 2009 que depôs o presidente constitucional Manuel Zelaya.
                     Reprodução/Museu Thyssen-Bornemisza
"Garzón, pelo menos, tem certo apoio da mídia e internacional, que em Honduras seria impensável", diz Tirza Flores.
Também não conta, imagine!, com a mídia brasileira, claro. Ela diz ao repórter de El País:
"Em meu país, o presidente Pepe Lobo não é quem manda. Os que mandam são umas dez famílias, as mesmas que estavam por trás do golpe de Estado. Se a União Européia e a Espanha não vão mudar sua política em relação a Lobo, pelo menos que pressionem para que se respeite os direitos humanos. Sem a pressão da Espanha, não haverá justiça em Honduras."
A juíza Flores lamenta que tenham "esquecido" Honduras, depois que a ONU e a UE não reconheceram as eleições de 29 de novembro passado. E denuncia:
"Ali seguem violando os direitos humanos. Desde que Lobo é presidente, assassinaram 17 pessoas da resistência contra o golpe. É muito difícil apresentar estatísticas porque o Governo não investiga esses casos."
Seus colegas punidos iniciaram greve de fome na última segunda (17). E ela ainda diz que o que eles passam não é nada:
"É verdade que ficaremos sem soldo, mas ainda assim seguiremos em frente. Em Honduras há milhões de pessoas em piores condições que nós."
Você viu alguma reportagem sobre o que se passa em Honduras por algum "enviado especial" de algum jornal ou programa de tevê da mídia gorda?
                                     Reprodução/Museu Thyssen-Bornemisza

DIÁRIO DE ESPANHA I

Mais de 4.000.000
de desempregados

Por Mylton Severiano, de Madri
Fotos Amancio Chiodi


Chegamos a Madri na terça, 18 de maio, e a primeira cena arquivada nos entristece. Vamos subindo pela calçada no centro da capital quando se aproxima uma jovem mulher, bonita, grávida, acompanhada pelo filho de seus sete anos, pede uma "ayuda para comer". Ela está vestida sem luxo, é óbvio, mas dignamente, e limpa, podemos classificar como pessoa de classe média baixa.
Meu amigo espanhol Edmond diz que temos aqui "más de cuatro millones parados".
Leio num jornal que o juiz Baltazar Garzón, aquele que prendeu o Pinochet, foi destituído por seus próprios pares de alta corte de Justiça espanhola, por "prevaricar" -- ou seja, tentar investigar genocídios e outros crimes contra a humanidade praticados pelo fascista Francisco Franco, aquele que promoveu a guerra civil de 1936, com apoio nazista, que matou 1 milhão de pessoas e na qual os fascistas não hesitaram em fuzilar um poeta do tamanho de Garcia Lorca. Francisco Franco venceu sob o lema:
"Abaixo a inteligencia, viva a morte!"

Ao amanhecer da quinta-feira, 20 de maio, leio no jornal ADN/Madrid que uns empresários compraram carros postos à venda pela polícia madrilenha, com rádio e sirena e tudo o mais. E os estavam usando à vontade, até que um deles avançou dois sinais vermelhos de sirena ligada, quase atropelou gente, e acabou preso, então descobriram a maracutaia. Ontem, quando saiamos a passeio com Edmond dirigindo seu carro, flagramos um Hyundai estacionando em lugar reservado a cadeirantes. Edmond, que é esquentado, parou e perguntou ao indivíduo que descia do carrão:
"Que deficiência você tem?"
O sujeito, muito bem vestido, veio de dedo em riste "e você, qual é a sua deficiência?", e Edmond responde que quem estaciona em vaga de cadeirante tem "deficiência mental", e arranca gritando que é por causa de gente como ele que "a Espanha vai mal" e o manda ir tomar no cú. Bem, supomos que o sujeito apóia a destituição de Baltazar Garzón.
Também leio no jornal que o governo do socialista Zapatero vai aumentar o imposto dos mais ricos. A tirar pela soberba do canalha que para seu carrão na vaga de cadeirante e ainda investe contra quem o interpela, o Zapatero não dura muito no cargo não.


Complemento sutil

Vence na vida
quem mente

Leio no mesmo jornal ADN/Madrid que segundo estudo da Universidade de Toronto, Canadá, criança que sabe aplicar mentiras tem "mais probalidade de prosperar na vida adulta". Balzac dizia que por trás de toda grande fortuna sempre existe algum crime, então o dono de grandes riquezas por certo começou com crimezinhos inocentes e infantis como aplicar mentirinhas.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

DO BLOG DO BOURDOUKAN

E O MUNDO SE CURVA


            “vitória da diplomacia brasileira cala a boca dos EUA”
A verdade é que a mídia controlada pelas corporações tentou de tudo para abafar a grande vitória da diplomacia brasileira.


Mesmo a produzida no Brasil, que de brasileira não tem nada.


Primeiro tratou com desdém o esforço do presidente Lula sugerindo que ele não sabia onde estava se metendo.


Como o encontro foi vitorioso, partiu para o desespero dizendo que o Irã não era confiável.


Mas aí começaram a pipocar algumas manchetes de todo o mundo:


“Secretário-geral da ONU elogia acordo com Irã”


E mais:


"Apesar das dificuldades em conseguir o acordo, o presidente Lula arriscou sua fama internacional para conseguir intermediar uma proposta que trouxesse o governo iraniano de volta à mesa de negociações".


E mais:


"Lula calou a boca dos EUA e da secretária de Estado (dos EUA), Hillary Clinton, que mais de uma vez menosprezou os esforços turcos e brasileiros”.


E por aí vai.


Enquanto isso, Israel e Estados Unidos, inconformados e não tendo mais argumentos, partiram para a ofensa ao afirmar que o irã teria manipulado o presidente Lula.


E com o apoio de seus vassalos nativos, tentavam deslegitimar a grande vitória brasileira.


Mas nós sabemos que essa gente não tem jeito mesmo.


Agora uma coisa precisa ser dita.


E aí depende da comunidade internacional, a verdadeira, e não os esbirros dos Estados Unidos.


Tomar uma decisão sobre o arsenal nuclear Israelense.


Nada de privilégios.


Se nada for feito, o Irã ou qualquer outra nação do Oriente Médio se sentirá no direito de produzir sua bomba nuclear.


Na realidade, disso depende o sucesso ou fracasso.


O ideal mesmo seria por um fim a qualquer tipo de armamento e não somente o nuclear.


A humanidade já é adulta o suficiente para buscar o diálogo e não a violência...


O Brasil já cumpriu a sua parte.
Vamos aguardar!

(texto: http://blogdobourdoukan.blogspot.com/)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

CONTORCIONISMO



Como demonstrar que Dilma não existe? Será que as irmãs Ross conseguiriam?
Na maior parte das vezes que leio Fernando de Barros e Silva na Folhona, julgo suas posições sensatas, pertinentes. Me surpreendeu desagradavelmente, portanto, ler seu texto Mandela no liquidificador, de 15 de maio de 2010, em que tenta refutar a fala de Lula no programa do PT (13 de maio); sensação de haver sido logrado todos esses anos por uma espécie de camaleão que, de repente, confrontado com alguma premente necessidade de sobrevivência, política, vital, se desnorteia e mostra em todo o esplendor sua verdadeira cor. Não falta ali a metáfora mal ajambrada – “Dentinho pode fazer um gol extraordinário, um gol de Pelé. Continuará sendo Dentinho...” Não falta o desejo oculto que todo o mundo enxerga – “... como disse Lula na TV: ‘O tempo passou e o que aconteceu? Mandela virou um dos maiores símbolos da paz e da união no mundo.’ E, no caso de Dilma, o tempo passou e o que aconteceu? Nada.”
Puxa! A mocinha que lutava contra a ditadura vai presa, é torturada, pega 3 anos e meio de cadeia quando Barros e Silva tinha dentinho de leite, passadas quatro décadas ela periga tornar-se a primeira mulher presidente do Brasil, e o articulista acha que não aconteceu nada!
Ele e seus colegas que não veem nem querem ver o que se passa diante de seus narizes melhor fariam para nós leitores se dissessem logo que acham Serra ou Marina melhor que Dilma para dirigir o Brasil, e por que acham. Meu voto não escondo, vou votar em Dilma desde criancinha, por razão que posso resumir bem simples: é o único jeito de seguir com o governo mais profícuo que vi no meio século em que acompanho política profissionalmente.
Contudo, se Barros e Silva e seus colegas pretendem persistir no afã de tentar provar o improvável, ofereço mestras de truz, as Ross Sisters, geniais contorcionistas que se pode ver em:
É ver e desistir do ofício, vocês jamais chegarão aos pés das três irmãs Ross em matéria de contorcionismo.

sábado, 15 de maio de 2010

OSCAR DE CONTORCIONISMO


Atribuido por Mylton Severiano

Vai para os colunistas da Folha de S. Paulo deste sabado 15 de maio, com especial louvor ao contorcionista Fernando de Barros e Silva, por conseguirem provar que Dilma Rousseff nao existe.

ATO PÚBLICO PELO FIM DA IMPUNIDADE DOS TORTURADORES

O Comitê Contra a Anistia aos Torturadores organiza manifestação

Dia:  18/05/2010 às 14h30 no Páteo do Colégio (estação Sé ou São Bento do Metrô), em São Paulo

                   Foto Amancio Chiodi