domingo, 31 de outubro de 2010

O POVO BRASILEIRO VAI FAZER HISTÓRIA NESTE DOMINGO

repassando José Fidelis...


Caras e Caros,
Estamos na reta de chegada para o início da nova etapa do processo de consolidação das transformações sociais, econômicas, ambientais, culturais e políticas necessárias para, afinal, o Brasil sair de sua condição de atraso através do desenvolvimento integrado, sustentável e sobretudo democrático, corajosamente iniciado pelo Presidente Lula.
O embate foi ótimo para o fortalecimento das instituições democráticas, construídas com muito sacrifício, não apenas por mulheres e homens democráticos notáveis mas sobretudo pela atuação incessante e corajosa de milhões de brasileiros anônimos, como Dilma, que, sem serem "profissionais da política", asseguraram a vitória das forças democráticas contra a ditadura, cujos órfãos e viúvos apoiaram a campanha inescrupulosa do candidato das forças conservadoras, conforme lista de mentiras e desmentidos abaixo, além do descarado apoio dos grandes grupos de comunicação (Abril, Estado, Folha,Globo etc).
Avante, Povo Brasileiro!
Sou do bem: voto Dilma 13!
Voto bem: sou Dilma 13!




Assistam ao vídeo abaixo pois é rápido, simples e claro!
Direto do Rio Grande do Sul. 

http://marciacsilva.wordpress.com/2010/10/30/de-que-lado-esta-o-sr-cloaca/



Folha de S.Paulo "matando" Romeu Tuma para favorecer Aloysio Nunes:http://www.conversaafiada.com.br/pig/2010/10/05/filho-de-tuma-a-folha-matou-meu-pai/
http://www.rodrigovianna.com.br/plenos-poderes/folha-mata-o-senador-romeu-tuma-depois-de-assassinar-o-jornalismo.html
http://www.conversaafiada.com.br/pig/2010/09/25/folha-nao-da-para-acreditar-nem-na-data/

Bafão com o Aloysio Nunes, o senador que se elegeu depois da morte "antecipada" de Romeu Tuma.
Ele xingou o repórter da Rede Brasil Atual, usando um argumento de José Serra sempre usa para se defender.


Fato: http://advivo.com.br/blog/luisnassif/aloysio-nunes-ofende-reporter-da-rede-brasil-atual (no dia 26)

Resposta do jornalista (texto sensacional): http://www.redebrasilatual.com.br/temas/politica/jornalista-da-rede-brasil-atual-responde-a-ofensa-de-senador-dopsdb

Resposta hipócrita do Aloysio: http://comunique-se.com.br/conteudo/newsshow.asp?menu=JI&idnot=57173&editoria=8

Reportagem sensacional sobre o metrô: http://www.youtube.com/watch?v=_NXxx3trVgU&feature=player_embedded

O povo mostra quem é Índio da Costa (o candidato a vice que Serra escondeu): http://www.youtube.com/watch?v=lBuplHzy6hw&feature=share

Por que Serra afundaria o Brasil
: http://www.youtube.com/watch?v=Ig9pE6qwzxw

PARA LER E PENSAR

Ana Niemeyer nos repassa email enviado pelo advogado urbanista Paulo Lomar a Antonio Carlos Cesarino, a respeito do texto de Chico Alencar sobre a ingerência do Papa nas eleições brasileiras - tambem publicado neste blog.

Antonio Carlos,

O texto do Chico Alencar que você me enviou suscita questões para ampla reflexão. O Papa opinou sobre questões não privativas do Estado Brasileiro. Como líder espiritual e religioso que é, ele tem o direito e o dever de orientar os bispos, que partilham com ele o pastoreio do Povo de Deus. Basta ler seus textos (dentre os quais, recomendo "Fé, verdade e tolerância", 2007, obra editada por Ramon LLull) para perceber que ele distingue entre o que deve ser relativo e o que não deve.
 A meu ver e salvo melhor juízo, quando fala dos relativismos presentes na nossa sociedade, ele critica o subjetivismo (relativismo)  segundo o qual não existiria uma verdade objetiva de modo que cada um "crie" sua própria verdade e dê asas ao próprio egoísmo, o que poderia levar, no limite, até ao autoritarismo. Sua crítica ao relativismo dominante na nossa sociedade parece-me pertinente.
No mesmo sentido, creio, entre nós, Hilton Japiassu, filósofo da Ordem Dominicana no Rio de Janeiro, concorda com ele na crítica aos relativismos. Ele, Bento XVI, propõe o que considera verdadeiro com muita humildade, mas não abre mão de propor, nem gosta de fazer concessões no que considera essencial. Seu lema de bispo é: “colaborador da verdade”. Isto não implica autoritarismo. Em geral, a grande dificuldade prática é propor a verdade com amor, isto é, sem a pretensão de imposição aos outros do conteúdo que se crê verdadeiro. Este discurso pode ser contraditado por argumentos racionais, mas não parece cabível sustentar que ele não deveria propor o que pensa ser verdadeiro e necessário sob o pretexto de ser, além de líder espiritual e religioso, chefe do minúsculo Estado do Vaticano. O Evangelho é questionador de toda ordem social iníqua, sim, mas, principalmente, questionador de cada um de nós.
O episcopado brasileiro já vinha seguindo as orientações de Bento XVI nas matérias referidas em seu discurso. Sobre o aborto, por exemplo, lembro a posição recente do Presidente da CNBB, dizendo que é inegociável a posição da Igreja contrária ao aborto e à sua descriminalização e o artigo escrito por D. Odilo Scherer sobre o mesmo assunto, publicado na imprensa. Ou seja, já existia posicionamento dos bispos brasileiros condenando o aborto e sua descriminalização. Neste contexto, se formos encarar positivamente o discurso do Papa, sua fala poderia ser interpretada no sentido de ser destinada a reforçar a posição do conjunto dos bispos.
Todavia, sem dúvida, o momento em que proferiu seu discurso foi bastante inoportuno. Concordo com a crítica do Betto, ao lamentar que o Papa tenha “virado cabo eleitoral de forças conservadoras”, embora, em seu discurso, ele, o Papa, não tenha se referido expressamente a pessoas ou a partidos políticos.
De qualquer modo, ainda que esta possa ter sido a intenção velada dele ou das pessoas que o assessoraram, o fato é que, a meu ver, este discurso não vai influir nas eleições em favor do Serra. Faço votos que a crítica do Betto chegue aos ouvidos dele.
Agora, é importante considerar que, no texto do discurso, o Papa não adotou a posição do bispo de Guarulhos, dos dirigentes do Regional Sul 1 e de mais dois outros de discriminar o PT e a Dilma.
A posição deste grupo, sim, é criticável porque pretende substituir a consciência pessoal dos leigos pela consciência deles. Ou seja, ao invés de propor o conteúdo da mensagem cristã, respeitando a consciência de cada um, estes bispos pretenderam impor sua avaliação pessoal discriminatória em nome da fé. Na verdade, clara manipulação. O de Guarulhos chegou até a julgar o comportamento da Dilma, sua "incoerência", o que não é papel de nenhum bispo em relação a qualquer leigo.
Não lhes cabe julgar o comportamento de ninguém. Ademais, o exemplo do bom samaritano está  aí, proposto para ser seguido, praticado, e não apenas lido nas homilias. Nunca vi o bispo de Guarulhos posicionar-se publicamente em favor do combate à miséria, nem apoiar qualquer movimento que lute pelos marginalizados e desfavorecidos.
Somente agora, como bem diz o Betto, inoculados pelo vírus do oportunismo, o Bispo de Guarulhos e os dirigentes do Regional Sul 1 apareceram para fazer política partidária, ocultando-a sob a aparência do combate ao aborto. Pelo que soube, após a manifestação destes dirigentes, os demais bispos de São Paulo se reuniram e reiteraram a orientação anterior da CNBB, desautorizando a nota dos dirigentes.
Agora, há um aspecto positivo no discurso do Papa, quando ele diz que ”fé e política se tocam”. Esta fala deveria ser utilizada, por nós, para reforçar a necessidade de um posicionamento efetivo e coletivo dos bispos brasileiros nas questões relacionadas à superação da miséria, em favor dos direitos humanos, dos sem-terra, sem-teto, índios, minorias, etc., que é o sentido das Escrituras, evitando sua utilização pelos conservadores para justificar a manipulação que fazem em sentido contrário.
Não vejo nenhum problema no empenho do Vaticano quanto à aprovação recente da Concordata. Quanto aos demais pontos do discurso do Papa, o do ensino confessional nas escolas públicas do Estado, eu não vejo também nenhum problema, desde que não seja imposto indiscriminadamente aos alunos. O acesso a ele deve ser voluntário, porque não se pode impor a fé a ninguém. Agora, de fato, não basta o ensino teórico das diversas religiões, como ilustração cultural. Não é isto o que se espera do ensino religioso.
Os símbolos religiosos fazem parte da história do povo brasileiro. Não faz sentido inibir a espontaneidade da expressão popular nos ambientes públicos.
A extirpação da miséria e a elevação da renda dos mais pobres reduzirão bastante a realização de abortos no País, naturalmente, acompanhada de maior educação no sentido da valorização pessoal de cada um.
Bem, mas agora, após o discurso do Papa, o importante é eleger a Dilma, no dia 31, para dar continuidade ao Governo Lula.
Espero que o Chico não vá votar no retrocesso representado pelo Serra, que está aliado aos grupos mais direitistas do País, lembrando a velha UDN.
Infelizmente, Helio Bicudo, do alto de seus mais de 85 anos, está vendo riscos inexistentes de autoritarismo e ditadura, se Dilma for eleita. É uma pena o subjetivismo dele na atual conjuntura e o conseqüente apoio ao Serra. Mas isto não desmerece os serviços que ele e alguns de seus liderados prestaram no passado em favor dos direitos humanos. Trata-se de posição equivocada. Estou convencido disto, pois estamos com as instituições funcionando normalmente. Serra não merece confiança para presidir o Brasil, hoje, ele é de direita, pois sua prática rejeita seu passado. Pretende modificar a política de sucesso do atual Governo Lula, assim como fez quando, ao assumir a Prefeitura de São Paulo, depois de desistir de extinguir os CEUs (como era seu desejo inicial), após ser convencido pela Soninha, baixou sua qualidade, desnaturando-os. Do mesmo modo, depois de assumir o Governo do Estado, ele abandonou programas de Alckmin na Educação, apesar deste ser de seu próprio partido. O País não merece que ele possa repetir este tipo de comportamento na Presidência da República.
Por estas e outras, mais uma vez Dilma Lá no dia 31.
Abraços.

Paulo Lomar

Nota de Antonio Carlos:
Paulo Lomar, advogado urbanista, militante católico, foi membro da Comissão Justiça e Paz.

DEBATE NA GLOBO: DILMA LAVOU A ALMA DE SEUS ELEITORES

Repassando Roberto Buenno


Cidadãos/Cidadãs,
Nada como a democracia, pela qual lutamos tanto durante duas décadas!
Sou, sim, daquela geração que enfrentou os cachorros da ditadura e que logo depois se decepcionou com os falsos arautos da Aliança Democrática, da qual participaram José Serra, FHC, José Sarney, Marco Maciel, Roberto Freire e tantos outros, que traíram acintosamente Ulysses Guimarães e Waldir Pires em 1989. Mas, ao contrário deles, não nego e não me arrependo de nada, sobretudo quando vemos que "tudo vale a pena quando a alma não é pequena", como sabiamente disse o grande Fernando Pessoa.
Ontem, pois, a Dilma nos deu a oportunidade de lavarmos a alma, não apenas pela performance no debate, mas pela convicção das propostas, que hoje já são práticas, já são realidade.
Se, no dizer do Zuenir Ventura, 1968 foi "o ano que não acabou", 2010 foi o ano da redenção de 1984, quando a ditadura, esta sim, ABORTOU o movimento das ruas em prol das Diretas-Já. Em memória do saudoso Ulysses, do inesquecível Brizola, do sempre presente Arraes, do memorável Teotônio (pai, que nunca foi tucano) e do ainda que equivocado (nos últimos anos) Dante (que morreu tucano há menos de dois anos e sequer foi lembrado pelo S-ferra e sua trupe), amanhã estaremos consolidando este importante momento que só a democracia nos proporciona.
O Brasil está dando prova de maturidade por não ter se deixado cair nas inúmeras armadilhas maldosamente plantadas por quem sempre quis aparentar ser "o melhor", o "mais competente", o "mais experiente", o "mais preparado", o "ético", o "ficha-limpa", o "completo" e que não passa de uma grande fraude. Ao contrário, o povo brasileiro dá provas de ter sabido reconhecer as transformações hercúleas promovidas pelo grande Lula, digno Presidente Operário que entra para a história do Brasil como um homem do povo que generosamente mudou os destinos de seu povo, e para melhor.
Obrigado, Lula e Alencar!
Ao trabalho, Dilma e Michel!
Buenno


No debate mais esperado da campanha, o da Rede Globo de Televisão, Dilma - com mais de 10 pontos de frente em todas as pesquisas – demonstra clara superioridade intelectual e melhor conhecimento de Brasil. Ao seu lado, Serra é reduzido à sua dimensão de mentiroso, dissimulado e apelativo.
Em vários momentos do debate, Serra foi desmoralizado, mesmo com o comportamento sereno e calmo de Dilma. Um exemplo disso foi quando ele teve que responder sobre a questão do funcionalismo. Falou, falou, mas escondeu a forma violenta e perversa como trata os professores em São Paulo: debaixo de pancada em praça pública, com cavalos, bombas de gás e cassetete. Dilma tocou na ferida do tucano. Respondeu que o funcionário público precisa ser valorizado e citou o piso salarial e os planos de carreira para os professores das universidades federais.
Dilma é objetiva, Serra é só trololó.
Na pergunta sobre corrupção, Dilma apontou o trabalho da Polícia Federal, que condenou e prendeu muitos poderosos, como a amiga de Serra e Geraldo Alckmin, a dona da Daslu, Eliane Tranchesi. Enquanto na época de FHC/Serra existia o famoso “Engavetador Geral de República” que não deixava nada ser investigado. Serra ficou quieto, canhestro, apavorado com evidente medo de que Dilma avançasse na delicada questão que o envolve com corrupção e sonegação fiscal.
José Serra, como no clássico da Bossa Nova, é o candidato “de uma nota só”: para ele não existe planejamento de nada, só fala em “pacto” e “mutirão”. Esse desrespeito é sentido pela população paulista que mora em locais de risco. Sempre quando entra o verão e as chuvas aumentam, casas desabam do alto dos morros. As políticas de Serra para a área, tanto na prefeitura quanto no governo estadual, simplesmente, não existiram!
Serra fala para a platéia com a preocupação de não se comprometer. Dilma abre o peito e fala claramente o que pensa e o que propõe.
Serra mente o tempo todo. Dilma encara os problemas e diz a verdade.
Falando sobre segurança, o tucano “esqueceu” providencialmente algumas coisas da maior importância, como quando as duas polícias, civil e militar, entraram em conflito na frente do Palácio dos Bandeirantes, num episódio traumático para a população paulista. Parece que também não se lembra do PCC, reerguido nos governos do PSDB e que espalha o terror na vida da população de São Paulo. Dilma prometeu continuar a grande experiência das polícias comunitárias que deu certo em capitais como no Rio de Janeiro.
Serra foi evasivo e superficial, Dilma foi serena e firme.
No encerramento, e mostrando o quanto odeia os nordestinos e a população mais humilde, Serra criticou o Bolsa Família. Disse que R$ 120 por mês é pouca coisa para as famílias. Não disse, mas sempre foi contra e se pudesse acabava com ela! Quando ele e FHC estavam no governo, o salário mínimo era de menos de US$ 60,00 e o Brasil sofria com o desemprego e a fome. Diz que criou o “bolsa escola”, mas esconde que ele era de apenas R$ 15,00!
Serra não conseguiu apresentar uma alternativa. Desmoralizou-se. Dilma mostrou como é possível fazer ainda mais e melhor.
O debate da Rede Globo, último dessas eleições, deixou clara a vitória de Dilma e o acerto de nosso povo ao elegê-la, conforme todas as pesquisas vem demonstrando: Datafolha, Ibope, Vox Populi e Sensus.
Sem os ataques e o baixo nível de Serra, com a falsidade e a dissimulação que o caracterizam, Dilma demonstrou mais clareza, seriedade e competência. Serra foi reduzido ao seu tamanho: a pequenez de um manipulador, um sociopata obcecado pela idéia do poder absoluto e da riqueza pessoal.
Os milhões de brasileiros que assistiram o debate promovido pela Rede Globo de Televisão – a mesma emissora que tentou manipular o noticiário durante meses em favor de Serra e não conseguiu nada em seu intento ilegal e condenável – pode reafirmar o que já sabia: Dilma é o melhor para o Brasil, para manter os avanços do governo do presidente Lula, o governo que mudou a face do país para melhor.


DESMASCARANDO SERRA COM FATOS E PROVAS

(Para cada mentira do Serra, há um link simplificado na internet provando o que dizemos)



1ª MENTIRA:
SERRA NUNCA CRIOU O SEGURO-DESEMPREGOO seguro foi criado pelo decreto presidencial nº 2.284, de 10 de março de 1986, assinado pelo então presidente José Sarney. Sua regulamentação ocorreu em 30 de abril daquele ano, através do decreto nº 92.608, passando a ser concedido imediatamente aos trabalhadores.  Duvida? Entre: http://bit.ly/afr4Ms 

2ª MENTIRA:
SERRA NÃO CRIOU O FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR
O FAT foi criado pelo Projeto de Lei nº 991, de 1988, de autoria do deputado Jorge Uequed (PMDB-RS).
Confira: http://bit.ly/ddWbNn
3ª MENTIRA –
SERRA NÃO CRIOU OS GENÉRICOS O verdadeiro pai dos remédios genéricos foi o ex-ministro da Saúde, Jamil Haddad, através do decreto-lei nº 793, de 1993, muitos anos antes de Serra ser ministro da Saúde, e antes mesmo de FHC ser eleito.
Quer Provas?  http://bit.ly/bSefkR

4ª MENTIRA –
SERRA E O ABORTO
SERRA esconde dos religiosos que, quando foi Ministro da saúde de FHC, assinou uma normativa do sistema único de saúde, onde o aborto era permitido em alguns casos.  Pesquise em http://bit.ly/9jPpBm

A mulher de Serra já fez aborto!!! (olha que hipocrisia!)  Acesse: http://bit.ly/b2NOhz

COMO DEPUTADO CONSTITUINTE -1987/1988 - SERRA SÓ VOTOU CONTRA OS CIDADÃOS!
a) Votou CONTRA a redução da jornada de trabalho para 40 horas;
b) Votou CONTRA a garantia de aumento real do salário mínimo;
c) Votou CONTRA o abono de férias de 1/3 do salário;
d) Votou CONTRA a garantia de 30 dias de aviso prévio;
e) Votou CONTRA o aviso prévio proporcional;   
f) Votou CONTRA o direito de greve;
g) Votou CONTRA a licença paternidade;            
h) Votou CONTRA a nacionalização das reservas minerais.
Por isso, SERRA foi reprovado com a nota de 3,75 pontos pelo DIAP. Veja: http://bit.ly/dCZw1L


5ª MENTIRA – SERRA E PRIVATIZAÇÕESEle diz que vai fortalecer a PETROBRAS, BB E CAIXA, mas a verdade é quando ele foi Ministro do Planejamento, comandou o maior processo de privatização que já tivemos. Faltou critério e transparência. Pior, vendeu tudo a preço de banana e com financiamento pelo BNDES. Em SP, ele também fez isso. Por que não fará agora? Confira:http://bit.ly/btXnYa 

A própria equipe econômica do Serra já disse o que pretendem fazer: http://bit.ly/969jAI
 
FHC também diz que o Serra sempre defendeu as privatizações: http://bit.ly/8n4lHD
A própria equipe econômica do Serra já havia dito o que pretendem fazer: http://bit.ly/969jAI


6ª MENTIRA – SERRA E SUAS PROMESSAS DE CAMPANHAEle está prometendo Salário de R$600, aumento disso e daquilo. Mas ele não tem de onde tirar dinheiro.
Quer a prova? http://bit.ly/bsbLLi

7ª MENTIRA – SERRINHA PAZ E AMOR?Ele se diz um político democrático, que respeita a sociedade... Será mesmo? Veja nesse vídeo como ele trata os Professores de São Paulo...É na base da bala e da porrada. http://bit.ly/9VTLxo 

E os jornalistas que o criticam duramente? Parece que são demitidos... http://bit.ly/bhscdB

8ª MENTIRA – SERRA ÉTICO? No governo FHC, em que Serra foi Ministro duas vezes, houve mais de 45 casos de corrupção. Você Sabia?
Então olha só: http://bit.ly/8ZBRGi
                                                                                                
Lembra aquele caso das Sanguessugas? Então... http://bit.ly/9V6Nzk
Como Prefeito e Governador de SP, houve vários casos de corrupção, olhe aqui:  http://bit.ly/a7Ezeh   
Você quer mais motivos para não confiar no Serra?  http://bit.ly/cBefe6    E  http://bit.ly/czIhml  

Ah! Sobre as mentiras contra a Dilma, vale a pena visitar o site 
           

Você vai ver o tanto de mentiras que a campanha do SERRA inventou contra ela!

BASTIDORES

Após o encerramento do debate, duas cenas chamaram a atenção no Twitter. A primeira, de petistas reclamando do enquadramento final do candidato Serra, em plano fechado, enquanto que em sua fala de despedida, Dilma apareceu em plano aberto, com o tucano ao fundo. A segunda, foi a análise do sociólogo Emir Sader, que estava na plateia e comentou na rede social: "No final um montão dos indecisos foi pedir autógrafo pra Dilma. E o Ali Kamel, desesperado: 'Tirem a sua candidata, não da para dar 80 autografos'."


ATEÍSMO MILITANTE

 Ana Niemeyer nos enviou email com este texto de Frei Betto, que repassamos para vc.
Frei Betto 
      No decorrer da campanha presidencial afirmei, em artigo sobre Dilma Rousseff, que ela nada tem de “marxista ateia” e que “nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar com violência os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte".
      O texto provocou reações indignadas de leitores, a começar por Sr. Gerardo Xavier Santiago e Daniel Sottomaior, dirigentes da ATEA (Associação Nacional de Ateus e Agnósticos).
      Desfruto da amizade de ateus e agnósticos e pessoas que professam as mais diversas crenças. Meus amigos ateus leram o texto e nenhum deles se sentiu desrespeitado ou comparado a torturadores.
      O que entendo por “ateísmo militante”? É o que se arvora no direito de apregoar que Jesus é um embuste ou Maomé um farsante. Qualquer um tem o direito de descrer em Deus e manifestar essa forma negativa de fé. Não o de desrespeitar a crença de cristãos, muçulmanos, judeus, indígenas ou ateus.
      A tolerância e a liberdade religiosas exigem que se respeitem a crença e a descrença de cada pessoa. Defendo, pois, o direito ao ateísmo e ao agnosticismo. Minha dificuldade reside em acatar qualquer espécie de fundamentalismo, seja religioso ou ateu.
      Sou contrário à confessionalidade do Estado, seja ele católico, como o do Vaticano; judeu, como Israel; islâmico, como a Arábia Saudita ou ateu, como a ex-União Soviética. O Estado deve ser laico, fundado em princípios constitucionais e não religiosos.
      Não há prova científica da existência ou inexistência de Deus, lembrou o físico teórico Marcelo Gleiser no encontro em que preparamos o livro “Conversa sobre Ciência e Fé” (título provisório) que a editora Agir publicará nos próximos meses. Gleiser é agnóstico.
      Assim como não tenho direito de considerar alguém ignorante por ser ateu, ninguém pode “chutar a santa” (lembram do caso na TV?) ou agredir a crença religiosa de outrem. Por isso, defendo o direito ao ateísmo e me recuso a aceitar o ateísmo militante.
      Advogar o fim do ensino religioso nas escolas, a retirada dos crucifixos nos lugares públicos, o nome de Deus na Constituição e coisas do gênero, nada têm de ateísmo militante. Isso é laicismo militante, que merece minha compreensão e respeito.
      O Deus no qual creio é o de Cristo, conforme explicito no romance “Um homem chamado Jesus” (Rocco). É o Deus que quer ser amado e servido naqueles que foram criados “à sua imagem e semelhança” – homens e mulheres.
      Não concebo uma crença abstrata em Deus. Não presto culto a um conceito teológico. Nem me incomodo com os deuses negados por Marx, Saramago e a ATEA. Também nego os deuses do capital, da opressão e da Inquisição. O princípio básico da fé cristã afirma que o Deus de Jesus é reconhecido no próximo. Quem ama o próximo ama a Deus – ainda que não creia. E a recíproca não é verdadeira.
      Ateísmo militante é, pois, profanar o templo vivo de Deus: o ser humano. É isso que praticam torturadores, opressores e inquisidores e pedófilos da Igreja Católica. Toda vez que um ser humano é seviciado e violentado em sua dignidade e direitos, o templo de Deus é profanado.
       Prefiro um ateu que ama o próximo a um devoto que o oprime. Não creio no deus dos torturadores e dos protocolos oficiais, no deus dos anúncios comerciais e dos fundamentalistas obcecados; no deus dos senhores de escravos e dos cardeais que louvam os donos do capital. Nesse sentido, também sou ateu.
      Creio no Deus desaprisionado do Vaticano e de todas a religiões existentes e por existir. Deus que precede todos os batismos, pré-existe aos sacramentos e desborda de todas as doutrinas religiosas. Livre dos teólogos, derrama-se graciosamente no coração de todos, crentes e ateus, bons e maus, dos que se julgam salvos e dos que se creem filhos da perdição, e dos que são indiferentes aos abismos misteriosos do pós-morte.
Creio no Deus que não tem religião, criador do Universo, doador da vida e da fé, presente em plenitude na natureza e nos seres humanos.
Creio no Deus da fé de Jesus, Deus que se aninha no ventre vazio da mendiga e se deita na rede para descansar dos desmandos do mundo. Deus da Arca de Noé, dos cavalos de fogo de Elias, da baleia de Jonas. Deus que extrapola a nossa fé, discorda de nossos juízos e ri de nossas pretensões; enfada-se com nossos sermões moralistas e diverte-se quando o nosso destempero profere blasfêmias.
Creio no Deus de Jesus. Seu nome é Amor; sua imagem, o próximo.

Frei Betto é escritor, autor, em parceria com Leonardo Boff, de “Mística e Espiritualidade” (Vozes), entre outros livros.

Por que a galinha atravessou a rua? Dilma e Serra respondem

Dilma Rousseff:
“No que se refere ao fato de a galinha ter cruzado a rua, eu considero que este é mais um ganho do governo do presidente Lula. Eu considero que foi apenas depois que o presidente Lula me pediu para coordenar o PAC das Ruas é que as galinhas - no que se refere ao cruzamento das ruas - tiveram a oportunidade de poder cruzar as ruas, coisa que, aliás, só as galinhas com maior poder aquisitivo podiam no governo FHC, no qual o meu adversário foi ministro do Planejamento e da Saúde”.

José Serra:
“Olha, este é mais um trolóló da campanha petista. Veja bem, as galinhas cruzam as ruas no Brasil, há anos. Eu mesmo coordenei a emenda na Constituição que permite o direito de ir e vir das galinhas. Eles ficam falando que foram eles que inventaram esse cruzamento de ruas, mas já no governo Montoro, quando eu era secretário do Planejamento, as galinhas cruzaram as ruas com maior segurança. Eu, por exemplo, criei o programa Galinha Paulistana, que permitiu que milhares de galinhas pudessem cruzar as ruas e, agora no meu governo, vou criar o “Galinha Brasileira”, em que toda galinha terá direito de 

"Serra representa Brasil submisso aos interesses dos EUA"

Recebemos este material da Ana Niemeyer.


"Serra representa Brasil submisso aos interesses dos EUA"
Em entrevista à Carta Maior, o historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira afirma que o processo eleitoral brasileiro está infectado por uma intensa campanha terrorista e uma guerra psicológica promovido pela direita e por grupos de extrema-direita, como TFP, Opus Dei e núcleos nazistas do Sul do país. Para Moniz Bandeira, projeto representado por José Serra é o "do Brasil submisso às diretrizes dos Estados Unidos, com sua economia privatizada e alienada aos interesses aos estrangeiros".
CM: Qual a sua avaliação sobre o processo eleitoral brasileiro e sobre a disputa que ocorre agora no segundo turno? Como o sr. caracterizaria os dois projetos em disputa?

Moniz Bandeira: O atual processo eleitoral está infectado por uma intensa campanha terrorista, uma guerra psicológica, promovida não apenas direita, mas pela extrema-direita, como a TFP, OPUS DEI e núcleos nazistas do Sul, e sustentada por interesses estrangeiros, que financiam a campanha contra a política exterior do presidente Lula , pois não querem que o Brasil se projete mais e mais como potência política global. Os dois projetos em disputam são definidos: o Brasil como potência econômica e política global, socialmente justo, militarmente forte, defendido pela candidata do PT, Dilma Roussef; o outro, representado por José Serra candidato do PSDB-DEM, é o do Brasil submisso às diretrizes dos Estados Unidos, com sua economia privatizada e alienada aos interesses aos estrangeiros. 

Evidentemente, os Estados Unidos, quaisquer que seja seu governo, não querem que o Brasil se consolide como potência econômica e política global, integrando toda a América do Sul como um espaço geopolítico com maior autonomia internacional.

CM: Falando sobre política externa, o sr. poderia detalhar um pouco mais o que, na sua visão, as duas candidaturas representam?

MB: A mudança dos rumos da política externa, como José Serra e seus mentores diplomáticos pretendem, teria profundas implicações para a estratégia de defesa e segurança nacional. Ela significaria o fim do programa de reaparelhamento e modernização das Forças Armadas, a suspensão definitiva da construção do submarino nuclear e a paralisação do desenvolvimento de tecnologias sensíveis, ora em curso mediante cooperação com a França e a Alemanha, países que se dispuseram a transferir know-how para o Brasil, ao contrário dos Estados Unidos. Essa mudança de rumos, defendida pelos mentores de José Serra em política externa, levaria o Brasil a aceitar a tese de que o conceito de soberania nacional desaparece num mundo globalizado e, com isto, permitir a formação de Estados supostamente indígenas, em regiões da Amazônia, como querem muitas 100 ONGs que lá atuam. 

CM: E na América Latina? O Brasil aparece hoje como um fator estimulador e fortalecedor de um processo de integração ainda em curso. Que tipo de ameaça, uma eventual vitória de José Serra representaria para esse processo?

MB: José Serra já se declarou, desde a campanha de 2002, contra o Mercosul, como união aduaneira, e sua transformação em uma área de livre comércio, compatível com o projeto da ALCA, que os Estados Unidos tratavam de impor aos países da América do Sul e que o Brasil, apoiado pela Argentina, obstaculizou. Se a ALCA houvesse sido implantada, a situação do Brasil seria desastrosa, como conseqüência da profunda crise econômica e financeira dos Estados Unidos, como aconteceu com o México. 

José Serra também criou recentemente problemas, fazendo declarações ofensivas à Argentina, Bolívia e Venezuela, países com os quais o Brasil tem necessariamente de manter muitos boas relações, goste ou não goste de seus governantes. Trata-se do interesse nacional e não de idiossincrasia política. 

CM: Na sua avaliação, quais foram as mudanças mais significativas da política externa brasileira, que devem ser preservadas?

MB: O governo do presidente Lula, tendo o embaixador Celso Amorim como chanceler, considerado pela revista Foreign Policy, dos Estados Unidos, como o melhor do mundo, na atualidade, alargou as fronteiras diplomáticas do Brasil. Seus resultados são visíveis em números: sob o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, as exportações do Brasil cresceram apenas 14 bilhões, subindo de 47 bilhões de dólares em 1995 para 61 bilhões em 2002. No governo do presidente Lula, as exportações brasileiras saltaram de 73 bilhões de dólares, em 2003, para 145 bilhões em 2010: dobraram. Aumentaram 72 bilhões , cinco vezes mais, do que no governo de Fernando Henrique Cardoso. 

Essas cifras evidenciam o êxito da política externa brasileira, abrindo e diversificando os mercados no exterior. Mas há outro fato que vale ressaltar, para mostrar a projeção internacional que o Brasil. Em dezembro de 2002, último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso, as reservas brasileiras eram de apenas 38 bilhões de dólares... Sob o governo Lula, as reservas brasileiras saltaram de 49 bilhões de dólares, em 2003, para 280 bilhões de dólares em outubro de 2010. Aumentaram sete vezes mais do que no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Tais números representam uma enorme redução da vulnerabilidade do Brasil.

É bom recordar que, logo após o presidente Fernando Henrique Cardoso inaugurar seu segundo mandato, em apenas seis dias, entre 6 e 12 de janeiro de 1999, o Brasil perdeu mais de 2 bilhões de dólares para os especuladores e investidores, que intensificaram o câmbio de reais por dólares, aproveitando ainda a taxa elevada, e suas reservas caíram mais de 4,8 bilhões bilhões, em apenas dois dias, ou seja, de 13 para 14 de janeiro. 

Os capitais, em torno de 500 milhões de dólares por dia, continuaram a fugir ante o medo de que o governo congelasse as contas bancárias e decretasse a moratória. E os bancos estrangeiros cortaram 1/3 dos US$ 60 bilhões em linhas de crédito interbancário a curto prazo, que haviam fornecido ao Brasil desde agosto de 1998. A fim de não mais perder reservas, com a intensa fuga de capitais, não restou ao governo de Fernando Henrique Cardoso alternativa senão abandonar as desvalorizações controladas do real e deixá-lo flutuar, com a implantação do câmbio livre.

CM: O sr. poderia apontar uma diferença que considera fundamental entre os governos Lula e FHC?

MB: Comparar os dois governo ocuparia muito espaço na entrevista. Porém apenas um fato mostra a diferença: o chanceler Celso Amorim esteve nos Estados Unidos inúmeras vezes e nunca tirou os sapatos, ao chegar no aeroporto, para ser vistoriado pelos policiais do serviço de controle. O professor Celso Lafer, chanceler no governo de Fernando Henrique Cardoso, submeteu-se a esse vexame, humilhando-se, degradando sua função de ministro de Estados e o próprio país, o Brasil, que representava. E é este homem que ataca a política exterior do presidente Lula e é um mentores de José Serra, cujo governo, aliás, seria muito pior do que o de Fernando Henrique Cardoso.










Nota da Associação dos Peritos Criminais Federais (APCF)

repassando....


O código de processo penal determina a realização de exame pericial, por peritos oficiais, em todos os crimes que deixam vestígios. No caso, o candidato José Serra deveria ter registrado a ocorrência e ser submetido a exame de corpo de delito, por peritos oficiais, para verificação de suposta  lesão.



A imprensa noticiou que o PSDB entraria com uma representação junto ao Ministério  Público Federal para que a Polícia Federal investigasse as supostas agressões. Dessa forma, a perícia oficial, que tem autonomia para realização dos exames periciais, poderá se pronunciar no caso através do laudo pericial.

A partir das imagens reproduzidas pela mídia não há condições de se afirmar categoricamente a natureza e a massa do segundo objeto supostamente arremessado  contra o candidato José Serra, nem que o mesmo tenha causado alguma lesão na cabeça do referido candidato. Somente a realização de perícia no vídeo original,a ser realizada por peritos oficiais especialistas na matéria, poderá fornecer informações conclusivas sobre o caso e os fatos ocorridos.

Assim, é temerário que se tome como fato real a conclusão de profissionais que não pertençam aos órgãos oficiais de perícia criminal, pois esses profissionais não necessariamente possuem compromisso com a verdade.

Octávio Brandão Caldas Netto e Hélio Buchmüller LimaPresidente e vice-presidente da APCF
Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais

 Minha experiência de trabalho com o ministro José Serra

Sou Helvécio Bueno, 57 anos, nascido em São Gotardo – MG, morei em Belo Horizonte de 1961 a 1971 e, desde 1972 moro em Brasília. Formei em medicina pela Universidade de Brasília – UnB, fiz especialização em saúde pública e administração de sistemas de saúde e sou mestre em saúde coletiva.

Entrei para a Secretaria de Saúde do DF em 1982. Na SES-DF fui médico sanitarista do Centro de Saúde n° 4 de Taguatinga – CST4, depois da Coordenação de Saúde da Comunidade, em seguida Chefe do CST4 e vice diretor do Hospital Regional de Taguatinga – HRT.

Em 1985 fui convidado para trabalhar no Ministério da Saúde - MS como técnico do Grupo de Trabalho para a Erradicação da Poliomielite no Brasil – GT Pólio. Trabalhei no MS de 1985 a 1999. Foram quase 15 anos e nesse período convivi com os seguintes ministros da saúde:

1 Carlos Corrêa de Menezes Sant'anna     15 de março de 1985           13 de fevereiro de 1986            José Sarney
2 Roberto Figueira Santos                          14 de fevereiro de 1986       23 de novembro de 1987
3 Luiz Carlos Borges da Silveira                 23 de novembro de 1987     15 de janeiro de 1989
4 Seigo Tsuzuki                                           16 de janeiro de 1989           14 de março de 1990
5 Alceni Guerra                                           15 de março de 1990            23 de janeiro de 1992           F.  Collor de Mello
6 José Goldemberg                                      24 de janeiro de 1992          12 de fevereiro de 1992
7 Adib Jatene                                               12 de fevereiro de 1992        2 de outubro de 1992
                                                                       8 de outubro de 1992         29 de dezembro de 1992
8 Jamil Haddad                                             29 de dezembro de 1992      18 de agosto de 1993           Itamar Franco
9 Saulo Moreira                                            19 de agosto de 1993           30 de agosto de 1993
10 Henrique Santillo                                     30 de agosto de 1993              1 de janeiro de 1995
11 Adib Jatene                                              1 de janeiro de 1995               6 de novembro de 1996           FHC
12 José Carlos Seixas                                   6 de novembro de 1996       13 de dezembro de 1996
13 Carlos Albuquerque                                13 de dezembro de 1996       31 de março de 1998
14 José Serra                                              31 de março de 1998             20 de fevereiro de 2002
Nesses anos tive a oportunidade de ser o Coordenador do GTPólio e acompanhar o último caso desta doença ocorrido no Brasil; a seguir, como 1º diretor do Departamento de Operações da Fundação Nacional de Saúde – DEOPE/FUNASA pude coordenar a criação do Programa Nacional de Agentes Comunitários de Saúde – PNACS (depois mudado para PACS) e, do Programa Nacional de Parteiras Tradicionais – PNPT (descontinuado na gestão seguinte). Em 1991/1992 participei da reestrutração, por meio de empréstimos junto ao Banco Mundial, do Programa Nacional de Controle das DST/Aids – PN DST/Aids onde fui o 1° Chefe da Unidade de Controle das DST e posteriormente Chefe da Unidade de Assistência à Aids (o PN DST/Aids foi criado em 1985 na gestão do ministro  Carlos Santana).

Em 1996 foi criada, no MS, a Secretaria de Políticas de Saúde da qual fui convidado para ser o 1º diretor do Departamento de Avaliação de Políticas de Saúde e depois, em 1998, diretor do Departamento de Informação em Saúde. Nesse período, participei da criação, em conjunto com a Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS e fui o 1° coordenador da secretaria técnica da Rede Interagencial de Informações para a Saúde – RIPSA e, junto com o DATASUS, da Rede Nacional de Informações em Saúde – RNIS. 

Aí assumiu o MS o ministro José Serra.

Meu 1º contato com o então ministro José Serra ocorreu da seguinte maneira: eu estava participando de uma reunião com todo o 1º escalão do MS na sala de reunião, ao lado do gabinete do ministro, que não se encontrava. A reunião era conduzida pelo Chefe de Gabinete. Depois de uma hora e meia de reunião, no momento em que falava o Secretário de Políticas de Saúde, o ministro Serra entrou na sala, não cumprimentou ninguém, interrompendo o palestrante, sem pedir licença, perguntou ao Chefe de Gabinete o  que ele, Serra, precisava saber do que já havia ocorrido naquela reunião. Pegou o Chefe de Gabinete pelo braço e levou-o para seu gabinete deixando seu 1° escalão e alguns convidados sem dirigir-lhes uma única palavra. Essa era a forma com que tratava seus subordinados, o sorriso só aparecia na presença da mídia.
 
Porém, o mais importante e demonstrativo de seu caráter, foi quando, após 1 ano de sua posse, o ministro Serra solicitou uma avaliação da situação de saúde do país e, quando apresentei, entre outros dados, o aumento da mortalidade infantil na região nordeste ele simplesmente disse: “esta informação não pode sair deste ministério”. Foi quando, em setembro de 1999, pedi demissão do cargo que ocupava no MS.
Além disso, o candidato Serra diz, em sua propagando política, que criou o Programa de Aids e o medicamento genérico. O programa de Aids foi criado pelo ministro Carlos Santana em 1985 e reestruturado, ganhando dimensão internacional, em 1992, na gestão do ministro Adib Jatene; 
já o genérico foi criado em abril de 1993 pelo ministro Jamil Haddad, durante o governo de Itamar Franco.

Destes 14 ministros, com os quais convivi, destaco pela relevância do trabalho em prol da saúde da população brasileira o ministro Adib Jatene, Henrique Santillo e Carlos Albuquerque.

Se trago este depoimento é unicamente pela preocupação com o destino da maior parte da população brasileira que necessita continuar a melhorar sua qualidade de vida, não só de sobrevivência, mas de cidadania. Toda minha vida profissional, como médico sanitarista, foi dedicada à saúde pública, mas nunca me filiei a nenhum partido político, pois isso me dá a independência necessária para criticar quem precisa e elogiar só quem merece.

Brasília – DF, 20 de outubro de 2010.
Helvécio Bueno

A propósito de Néstor Kirchner ("Kirchner en diarios hoy")

repassando importante material recolhido por Hany Schabib e enviado ao blog do Myltainho&Amancio ...

Estimado(a)s Amigo(a)s,
Diante do súbito falecimento do ex-presidente argentino Néstor Kirchner, presidente da UNASUL (União dos Países da América do Sul), envio uma seleção de análises, comentários e notas da imprensa latinoamericana (em espanhol) sobre o legado político de um dos mais expressivos líderes latinoamericanos contrários à onda (nefasta) do neoliberalismo e suas sequelas na vida do cidadão anônimo deste nada generoso início de milênio em uma das regiões mais ricas em recursos naturais e de maior concentração de renda do planeta.
Indiscutivelmente, depois da eleição do presidente Lula, no Brasil; de Néstor Kirchner, na Argentina; de Michele Bachellet, no Chile; de Evo Morales, na Bolívia; de Fernando Lugo, no Paraguai; de Rafael Correa, no Equador, e de Tabaré Vasquez e José Mujica no Uruguai, a América Latina passou a viver novos tempos de emancipação popular e reafirmação de sua soberania. Independentemente da posição político-partidária do analista, esses ganhos são inegáveis, gostemos ou não da performance pessoal de cada um dos dirigentes em questão, porém todos eles galgados pelo voto soberano, democrático e à luz do dia -- livre de golpes ou conchavos com grupelhos encastelados no poder, antes ou depois do nefasto período de ditaduras entreguistas que varreram o continente.
A história em breve, aliás, mostrará os erros e os acertos de cada um dos personagens envolvidos neste embate: se os entreguistas que se submeteram perante o sabujo Carlos Saúl Menem e sua quadrilha ou a ousada postura de Néstor Kirchner e seu companheiros de aventra cidadã, que promoveram, ao seu estilo, a emancipação da soberania popular argentina.
Quanto à (vergonhosa) imprensa argentina, que, a exemplo dos demais cartéis das comunicações espalhados por nossa trágica América Latina, promovia uma campanha oposicionista às necesárias transformações socioeconômicas naquele país, ninguém melhor que o cidadão consciente para fazer seu juízo: a indisfarçável queda da venda em banca e por assinatura não é um "fenômeno mercadológico", mas a resposta do leitor indignado com a desinteligência de pseudoprofissionais que agridem a dignidade das pessoas e sobretudo dos cidadãos que constróem o novo tempo de nossa latinoamericanidade desde os tempos de nossa eterna e terna Mercedes Sosa, de saudosa memória.
Fraternalmente,
Schabib

Nota: Si bien los opositores de Kirchner criticaban algunas de las acciones de gobierno, reconocían sus méritos en algunos temas fundamentales:
a)      Los gobierno de Alfonsín y Menen crearon una maraña jurídica mediante la cual, los responsables y autores del genocidio que padeció Argentina (1975-1983) quedaron impunes. No era poca cosa deshacer esa maraña La decidida acción de Kirchner lo hizo, logrando a su vez la renuncia o el sometimiento a juicio de los magistrados que su única virtud era su subordinación a Menen. Los reemplazó con auténticos juristas insobornables. De esa manera se logró que luego de 30 años los represores estén siendo juzgados.
b)      Logró liberar al país de su dependencia con el FMI y poner orden en la cuantiosa deuda eterna que los gobiernos anteriores habían contraído. Eso posibilitó volver a poner en marcha el aparato productivo de un país que, hace 100 años, era uno de los que mayor intercambio comercial en el mundo.
c)      Logró que las FFAA se subordinaran a las instituciones de la República, y siguieran identificados con lo realizado por los genocidas.


ARGENTINA
Luto en Argentina
Kirchner sacó de la debacle a su país y marcó la historia regional
Seguidores del ex mandatario y analistas lo comparaban ayer con Perón y Roosevelt
Se fue alguien indispensable, señala la presidenta de las Abuelas de Plaza de Mayo
por Stella Calloni

Buenos Aires, 27 de octubre. El ex presidente argentino Néstor Kirchner murió hoy a la edad de 60 años, después de sufrir por la mañana un infarto masivo en su casa de Calafate, en el extremo sur del país, donde estaba acompañado por su esposa, la presidenta Cristina Fernández de Kirchner. El hecho provocó una profunda conmoción social y política, en un día feriado por la realización del censo nacional.
Kirchner, quien gobernó de mayo de 2003 a diciembre de 2007, sufrió un paro cardiorrespiratorio a las 9:15 horas, poco después de que fue internado en el hospital de Calafate por una descompensación, informó la Unidad Médica Presidencial.
Seguidores, observadores e incluso opositores reconocieron al abogado, ex diputado y presidente del Partido Justicialista (PJ, peronista) como un hombre que marcó la historia argentina y regional en los últimos años, que sacó adelante al país tras la debacle de 2001.
Kirchner, quien se autodenominaba Pingüino, nació el 25 de febrero de 1950 en la ciudad de Río Gallegos. En febrero y septiembre pasados fue sometido a sendas cirugías por problemas cardiacos, pero se reincorporó rápidamente a su trabajo en la política local y luego como secretario general de la Unión de Naciones Sudamericanas (Unasur). También medió en los conflictos entre Venezuela y Colombia.
Se fue alguien indispensable. Nuestro país necesitaba tanto a este hombre, dijo la presidenta de las Abuelas de Plaza de Mayo, Estela de Carlotto, al conocer el inesperado deceso del ex presidente, cuya sucesora fue su esposa, la ex senadora Cristina Fernández de Kirchner.

Después de Perón y Eva, están los Kirchner, afirmó el secretario general de la Central General de Trabajadores, Hugo Moyano, al resumir el nivel de la pérdida para el peronismo y el país.
La mandataria, también abogada, no sólo pierde al hombre con quien estaba casada desde 1975, cuando ambos militaban en la Juventud Universitaria Peronista, y al padre de sus dos hijos, Máximo y Florencia, sino también a su consejero y compañero político más próximo.
Durante su militancia universitaria en la ciudad de La Plata sufrieron persecución política, por lo cual se mudaron a la patagónica provincia de Santa Cruz. Mantenían amistad con los viejos militantes de la resistencia peronista a la dictadura que se instaló en 1955, cuando fue derrocado Perón. También fueron reconocidos por chilenos a los que ayudaron cuando huían de la dictadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
En 1982, Néstor Kirchner retornó más formalmente a la militancia y creó el Ateneo Teniente General Juan Domingo Perón, y en 1987 fue elegido intendente de Río Gallegos. En diciembre de 1991 conquistó la gobernación de Santa Cruz, siendo relecto en 1995 y en 1999. Era gobernador de esa provincia cuando llegó a la presidencia, en mayo de 2003, en momentos en que el país atravesaba una de las más graves crisis de su historia, tras el estallido de 2001 y en medio del cese de pago de la deuda.
El ex presidente Néstor Kirchner abraza a su esposa, Cristina Fernández, luego de que ésta ganara la presidencia, en 2007Foto Ap
En sus cuatro años de gobierno logró cambios sustanciales y que nadie esperaba en un país que parecía desintegrarse: reformó el Poder Judicial, impulsó a magistrados independientes en la Corte Suprema, democratizó las fuerzas armadas, impulsó reformas educativas y acordó restructurar la deuda externa con el Fondo Monetario Internacional (FMI).
¡Nos sacamos de encima al FMI!, exclamó eufórico cuando a mediados de la década pasada consiguió cancelar toda la deuda con el organismo internacional, por unos 9 mil 500 millones de dólares, y en un solo pago.
Además de pactar una negociación del débito por el que pocos apostaban, y recuperar credibilidad internacional, entregó a la siguiente administración un país capaz de sortear la recesión mundial de 2008. Analistas internacionales lo comparaban este día con Perón e incluso con el estadunidense Franklin Roosevelt, por su capacidad para enfrentar un período crítico de tal envergadura.
Ordenó descolgar del colegio militar retratos de ex dictadores
Tocó el poder a fondo: uno de sus actos más recordados fue la orden de descolgar del colegio militar –en marzo de 2004– los retratos de los ex dictadores Jorge Rafael Videla y Reynaldo Bignone.
Mostró su independencia en política exterior y la voluntad de cambio, cuando entre los invitados a su toma de posesión estuvo el cubano Fidel Castro. En oportunidad, salió a caminar con el pueblo, entre el Congreso y la Casa Rosada, desdeñando la custodia.
Sentó las bases de un modelo político, económico y social, en lo que destacó la política de defensa de los derechos humanos, la reducción de la pobreza y la reactivación económica.
Otros de sus logros fueron reducir la desocupación, los índices de pobreza e indigencia y apoyar la reconstitución del mercado interno, devastado por la ola neoliberal impulsada por la gestión de Carlos Menem.
Encontré un infierno. Salir del infierno será muy difícil, pero debemos hacerlo, solía decir.
Además, llevó al Congreso el proyecto de derogación de las leyes de Punto Final y Obediencia Debida, así como los indultos que dieron impunidad a los responsables de la más cruenta dictadura que vivió el país, y que entre 1976 y 1983 dejó más de 30 mil desaparecidos.

Recuperó la Escuela de Mecánica de la Armada, organismo de la marina donde funcionó uno de los más temibles centros clandestinos de detención y exterminio de la dictadura, para convertirlo en un Espacio para la Memoria, en manos de los organismos de derechos humanos.
Rompió la relación carnal que estableció Menem con Estados Unidos y fortaleció los lazos con los países latinoamericanos, al rechazar el Área para el Libre Comercio de las Américas impulsada por Washington.

Al conocer la noticia, el Presidente de Venezuela recordó cuando lo llamó para decirle Chávez, necesito que me ayudes, me quiere chantajear la burguesía, sobre todo las transnacionales petroleras”, el bolivariano luego agregó “Aquel hombre se agigantó entre nosotros allá en Mar del Plata, en pleno debate donde Bush quería imponernos el ALCA”, era “un líder muy hábil y astuto…Me llamó a un costado y me dijo: `Cuando yo necesite que hables para desgastarlos, te voy a dar la palabra’. [y así lo hizo. Como] Bush no aguantaba que hablara entonces se paraba y se iba”, dijo. En esa cumbre, Estados Unidos pretendía que se votara con mayoría el proyecto del ALCA, en lugar de por consenso. “Aquí no vengan a patotearnos –dijo Kirchner–. Esa reunión terminó con la derrota del imperialismo” [y el entierro del ALCA], apuntó el caribeño, que describió a Kirchner como “un gran hombre, heredero de Bolívar, Perón y San Martín. Un luchador, un inventor, un gran líder y un gran ser humano”, indicó.

Sus seguidores apuestan a la fortaleza de las instituciones y a la capacidad de Cristina Fernández de Kirchner, que ya enfrentó movimientos que buscaban desestabilizarla, cuando se acercan las presidenciales de 2011. 


+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

Después de las ocho de la noche la Plaza se llenó para decir adiós y respaldar a la Presidenta
El día en que compartir el dolor fue necesarioEn una convocatoria espontánea y sin la presencia de aparatos políticos, decenas de miles de personas ocuparon la Plaza de Mayo para rendir homenaje al ex presidente y dejar claro el apoyo a Cristina Fernández.Por Marta Dillon
Como un peso que se arrastra entre muchas manos, el dolor que se comparte también se hace más liviano. O se convierte en fortaleza. Así está escrito en cada baldosa de la Plaza de Mayo y en la historia argentina desde que un grupo de mujeres convirtió su dolor en movimiento y consiguió nombrar lo que estaba destinado al silencio: la desaparición de sus hijos. Así lo volvieron a escribir con su presencia y con mensajes apurados en marcador sobre papel, en flores atadas a las vallas policiales, en abrazos repetidos e interminables, decenas de miles de personas que no quisieron estar solas con el dolor que generó la muerte del ex presidente Néstor Kirchner.
Nadie podía precisar cómo había surgido la convocatoria, quién había fijado la hora, qué sería lo que iba a suceder allí, frente a la Casa Rosada a las ocho de la noche. Pero el mensaje circuló por teléfonos y computadoras, de boca en boca, a medio camino entre la congoja y un optimismo militante e inorgánico que indicaba que era necesario poner el cuerpo en la calle, tomar la calle, ocupar la Plaza. Congoja por la muerte inesperada de un hombre al que, según las distintas voces, se le debe desde el fin de las leyes de impunidad sobre los perpetradores del terrorismo de Estado hasta el “derecho a una jubilación”. Y optimismo, sí, porque “el proceso que se abrió en 2003 –decía Gastón Gonçalves, bajo la bandera de HIJOS– ya no depende sólo de una persona”. O porque “ahora más que nunca la Presidenta va a saber que no está sola, que estamos los trabajadores para cuidarla”, como argumentaba Jacinto Vila, un hombre que llevaba la bandera del gremio de Canillitas.
Fue en ese vaivén que se acunó anoche la Plaza de Mayo. Entre el abrazo espontáneo para ofrecer consuelo y la mirada en derredor para confirmar que eso que se coreaba podía convertirse en verdad: “El hombre muere, el movimiento es inmortal”. Canto bien dedicado a “los gorilas”, es cierto, “para avisarles que se les va a atragantar el festejo”, como decía un joven de La Cámpora.
De improviso los aplausos tomaban la plaza. Tal vez porque el minuto de silencio que suele ofrecerse a los difuntos era imposible, tal vez porque a pesar de la muerte había algo que festejar: una huella por la que seguir andando.
“Le pegaste al chancho, saltó el dueño, lo demás es chamuyo”, escribía una mujer que podría tener la misma edad que el ex presidente arrodillada sobre un tapiz de papeles y flores en el centro de la Plaza, un círculo bien custodiado por jóvenes militantes de la Juventud Peronista. Ese espacio vacío parecía representar mejor que cualquier otra cosa la ausencia, casi una capilla ardiente improvisada a cuyo borde se llegaba para estar en silencio, prender velas, anotar los nombres de las familias que se despedían tanto como agradecían y, sobre todo, sellaban un compromiso que atravesaba la Plaza con la fuerza de un juramento: “Estamos con vos, Cristina”, “Fuerza presidenta, vamos por la reelección”, “Perdimos un candidato, pero tenemos nuestra candidata”. ¿Quién sería el “dueño del chancho” para la mujer que dejó su sentencia bien acompañada por un ramo de jazmines? “Jueces corruptos, milicos asesinos, la Iglesia, el campo, algunos medios”, describió haciendo un recuento de los distintos poderes a los que Néstor Kirchner primero y Cristina Fernández después le habían rasgado las vestiduras.
“Yo estoy acá porque estoy harta de quedarme callada, ¿sabés lo que me costó aguantarme todo el quilombo con el campo? Lo escuchaba a mi jefe todo el día diciendo que había que sacar a Cristina y yo me tenía que quedar muda. Pero hoy no la puedo caretear, tenía que venir”, dijo Mariela, secretaria y recepcionista en una inmobiliaria. Los relatos del silencio, valga la paradoja, no eran aislados en la plaza del duelo. Al contrario, se desplegaban en historias diversas que dan cuenta de cierto punto de inflexión que la mayoría reconocía a partir de 2003, cuando Néstor Kirchner asumió la presidencia. “Yo nunca había sentido pasión política como la que vengo sintiendo en estos años y eso lo agradezco, era como que antes no tenía nada que decir sobre lo que pasaba a mi alrededor y ahora necesito estar acá, en la Plaza. Y mañana voy a volver”, se enorgulleció el actor Javier Lorenzo. “Me lo decía mi hija esta mañana: ‘Mamá, antes decía que tenía a mis abuelos desaparecidos y tenías que explicar de qué se trataba, ahora todo el mundo entiende. Y la mayoría respeta’. Lo que cambió a partir de Néstor Kirchner es un modo de escuchar nuestros relatos como familiares de desaparecidos; ahora se escuchan en los juzgados en busca de condenas. Ahora se escuchan y eso cambia la vida de personas concretas, personas como nosotras”, reflexionó Ana cerca de la Pirámide de Mayo, ahí donde la imagen de un ex presidente convertido en Eternauta convocaba tantas lágrimas como abrazos, tantos cantos de apoyo a la Presidenta como expresiones de rechazo al vicepresidente.
“Andate Cobos”, seguido del insulto argentino más popular era el canto mejor aprendido por una multitud inorgánica pero con evidentes deseos de encontrar consignas en las que coincidir. Y esa demanda para que Cobos se desprenda de su puesto tenía tantos adherentes como los aplausos que unificaban a la Plaza intermitentemente. “Es que es injusto, Videla entra caminando a los juicios que se le siguen por haber matado miles de personas, Cobos está tan tranquilo sentado en el Senado y Kirchner muerto ¿cómo mierda voy a creer en Dios?”, clamaba un joven gremialista, motoquero, desolado. “Yo me siento huérfana otra vez”, sintetizaba Lucila mientras a su alrededor asentían otras hijas de desparecidos como ella, que hacían ronda en torno de sus propios hijos sentados sobre el asfalto, compartiendo un picnic de papas fritas y gaseosa. Algo de esa orfandad podía respirarse en una Plaza que se mostraba convencida de poder ofrecerle a Cristina Férnandez la fuerza necesaria para seguir adelante después de perder a su compañero de toda la vida. Aun a sabiendas de que ese mandato de “apuntalar, no abandonar la calle” –como se escuchó más de una vez– necesita expresar el dolor, aunque más no sea para compartirlo. Para que duela menos.

“Después de Perón y Eva Perón viene Néstor Kirchner”
La CGT apoyó al Gobierno
El Consejo Directivo de la central obrera, encabezado por Hugo Moyano, expresó que “acompañará la gestión de la Presidenta”.
Por Tomás Lukin
“Después de Perón y Eva Perón viene Néstor Kirchner. El devolvió parte de la dignidad que habíamos perdido los trabajadores”, expresó el secretario general de la Confederación General de los Trabajadores, Hugo Moyano. El Consejo Directivo de la central sindical expresó su apoyo a la política económica y laboral del gobierno nacional y convocó a partir del mediodía a Plaza de Mayo a despedir los restos del ex presidente. “La CGT va a acompañar con todos los trabajadores la gestión de la Presidenta hasta el último momento para que siga profundizando este modelo económico”, sostuvo Moyano desde el Salón Felipe Vallese del emblemático edificio de Azopardo al 800.
“Cómo no vamos a reconocer los trabajadores la figura trascendental de Kirchner si él posibilitó que volvamos a discutir salarios y llevó adelante una política de ampliación del consumo masivo. Los trabajadores no sólo recuperaron las conquistas sociales, sino también los derechos naturales del movimiento obrero”, afirmó el titular de la CGT y vicepresidente del PJ. El Consejo Directivo se reunió ayer, sin la presencia de los denominados Gordos, a las tres de la tarde. Una hora y media después, Moyano brindó un breve discurso: “La Presidenta tiene que tener la confianza de que los millones de trabajadores la van a apoyar”, apuntó Moyano frente a un auditorio poblado por delegados gremiales de distintos sindicatos y empresas. El titular de Camioneros también resaltó la política de desendeudamiento, la acumulación de reservas y el rol del ex presidente en la Unasur.
“Lo primero que hizo Néstor Kirchner sin que nadie se lo haya pedido fue romper la vergonzosa y bochornosa reforma laboral, que no sólo se votó y la votó algún sector del peronismo, sino que también hubo coimas”, recordó el líder sindical en referencia a la derogación de la Ley de Flexibilización Laboral, o Ley Banelco, aprobada durante el gobierno de De la Rúa. Esa decisión del gobierno de Kirchner permitió reimpulsar las negociaciones salariales por rama de actividad, acortar el extendido período de prueba, recuperó el derecho de los trabajadores para cobrar su salario hasta el último día del mes en que son despedidos y eliminó la posibilidad de rebaja de las indemnizaciones por despido a través de los convenios colectivos de trabajo.
Al mismo tiempo, la derogación de esa legislación permitió a la cartera laboral que encabezaba el actual ministro de Trabajo, Carlos Tomada, recuperar el poder de policía para realizar inspecciones en todo el país y multar a los empresarios que emplean a trabajadores en forma precaria. “Yo recuerdo que en la década del ’90, a las organizaciones gremiales prácticamente las obligaban a firmar por 12 horas de trabajo, dejando de lado el derecho conquistado que le costó la vida a muchísima gente y por eso en agradecimiento, como a Perón y a Eva Perón, no lo vamos a olvidar nunca”, expresó Moyano.
Entre el lamento y las declaraciones de apoyo a CFK de los líderes sindicales, algunos dejaban ver su incomodidad frente a los cambios en el escenario de construcción política dentro del peronismo bonaerense y nacional que produce la muerte de Kirchner. “Ahora el horizonte es diferente, pero todavía estamos en un momento de profunda tristeza y reflexión. En un segundo momento realizaremos la evaluación política del nuevo escenario en vistas de las elecciones de 2011”, comentaban en el entorno del titular de la CGT.
El titular del sindicato de Camioneros estuvo acompañado por algunos de sus colaboradores más cercanos como el del gremio de Judiciales, Julio Piumato; el representante de los metalúrgicos, Antonio Caló; el responsable del sindicato de Taxistas, Omar Viviani, y el secretario general de Dragado y Balizamiento, Juan Carlos Schmid.
La convocatoria que realizaron para hoy al mediodía a Plaza de Mayo “no es una movilización de ningún aparato ni un cese de actividades, es un llamado al pueblo trabajador a que se acerque para despedir a Kirchner”, enfatizaba ayer un colaborador cercano a Moyano. Del breve encuentro del Consejo Directivo también participaron el titular de Obras Sanitarias, José Lingeri; el de los estatales (UPCN), Andrés Rodríguez; el secretario del sindicato de Canillitas, Omar Plaini, y el diputado nacional del Frente para la Victoria Héctor Recalde. Por la mañana el titular del gremio de Camioneros se había contactado con el ministro de Planificación Federal, Julio De Vido, antes de que el funcionario partiera hacia El Calafate, mientras que algunos dirigentes sindicales dialogaron brevemente con el secretario general de la Presidencia, Oscar Parrilli.

++++++++++++++++++
El legado que deja Néstor KirchnerEl Presidente que cambió el paradigmaIntendente, gobernador, presidente, su proyecto siempre fue reelecto. En el gobierno puso en discusión temas que los demás esquivaban.Por Mario WainfeldEl ex presidente Néstor Kirchner murió ayer, en El Calafate que tanto amaba y tanto lo sedaba, en pleno protagonismo, cuando tenía apenas sesenta años. Es difícil encontrar un parangón histórico con la desaparición de un líder de su porte, en tales circunstancias. Raúl Alfonsín falleció hace poco; el impacto y la emoción fueron grandes, tanto como el reconocimiento. Pero al líder radical todo le llegó cuando estaba en el ocaso de su carrera, cuando ya no era un protagonista de primer nivel. Tal vez el parangón más cercano sea la desaparición de Juan Domingo Perón durante su tercer mandato: una figura central, en torno del cual constelaba la política, que ordenaba (por así decir) amores, odios y alineamientos. Pero hay una diferencia sideral con esos días, que alude al legado que deja Kirchner. Sin Perón, era evidente que la Argentina se encaminaba, irremisiblemente, a una situación peor y su fuerza a una crisis fenomenal. Kirchner deja el centro de la escena en un país gobernado y gobernable. Con una economía y una situación social sustentables, con previsibilidad política. En el ’74 la política era colonizada por la violencia; en 2010 se cumplen varios años de paz social muy grande (para los parámetros argentinos) y con un rumbo mejorable (como todo) pero racional. Kirchner llegó a la Casa Rosada en un país devastado, se fue en otro, aún cargado de deudas sociales y contradicciones pero indeciblemente mejor.
- - -
Gobernante ante todo: Fue un político hasta su última hora. La noche del martes se pasó mirando números, encuestas, datos económicos, fatigando su celular. Antes que nada, fue un hombre de gobierno: recorrió todo el escalafón de cargos ejecutivos, su lugar en el mundo. Intendente de Río Gallegos, ganando su primera vez por un pelito. Después, gobernador de Santa Cruz. Siempre fue reelecto, dato digno de mención. Llegó a la presidencia cuatro años antes de lo que indicaban su ambición y su férrea voluntad, por uno de esos raros azares felices de nuestra historia. Accedió con votos prestados, con mínima legitimidad, en una nación devastada y acomplejada que apenas empezaba a levantar cabeza. Figura dominante de este siglo, captó como nadie el significado de la catástrofe de 2001, su génesis, el arduo y escarpado modo de irla repechando. El “que se vayan todos” expresaba el descrédito de la política pero no le ofrecía salida. Sin gobierno, sin Estado, sin conducción, sin dinero en caja, con casi tantas monedas como provincias, sin poder político, nada sería posible. Una población abatida, con millones de desempleados, hogares destrozados por la falta de trabajo, falta de fe individual y colectiva lo recibían. Casi nadie lo conocía, lo que incluía a muchos que lo habían votado, por descarte.
“Que se vayan todos” era un síntoma de la imperiosidad del cambio, un rechazo al pasado cercano pero no un programa de salida. Kirchner captó ese doble mensaje: supo (o mejor, decidió) que era acuciante reparar los daños causados por la dictadura, por el entreguismo desaprensivo de los ’90, la anomia del gobierno aliancista, la sumisión a los organismos internacionales de crédito. Reconstruyó el Estado, compensó los poderes fácticos acrecentando el del gobierno popular, designó a los culpables de la caída. Los fustigó con su palabra, atropellada pero clara al designar adversarios y enemigos. Polarizó y politizó, son virtudes, quedando para la polémica las dosis o las proporciones.
Pero, además, edificó un paradigma distinto. A su modo, con vectores claros y simples, eventualmente esquemáticos. Como un maestro mayor de obras, que erige una casa sencilla, eventualmente con paredes algo chingadas, pero habitable.
Había que reparar, había que compensar a las víctimas del terrorismo de Estado y de la desolación económica. No era ése el menú de moda en la Argentina, fue el que eligió, al que apostó con pocas barajas en la mano y no tantas fichas. Lo marcó asimismo la sangre derramada en los finales de los gobiernos del radical Fernando de la Rúa y Eduardo Duhalde también: debía cesar la violencia represiva, que minimizó a niveles únicos en la historia y mantuvo permitiendo un grado de movilización altísimo, que a menudo le jugó en contra.
- - -
Giro: Se le reprocha haber cambiado su postura respecto del terrorismo de Estado, de las políticas económicas precedentes. La supuesta incoherencia fue uno de sus mayores méritos, pues (como Alfonsín en sus primeros tramos) recorrió la parábola inversa a lo que predicaba la cartilla de los gobernantes, la que observaron el menemismo, la Alianza, el propio Frepaso. La que indujo a Carlos Reutemann a aterrarse ante la perspectiva de ganar lo que, parecía, equivaldría a reprimir, bajar salarios, endeudar al fisco. Kirchner viró a izquierda, hacia un creciente protagonismo estatal, porque comprendió que se atravesaba una nueva etapa.
Combinó lo concreto con lo simbólico, seguro que con trazos gruesos. La remoción de la Corte Suprema menemista por una de mayor calidad, la derogación de las leyes de la impunidad, la bajada del cuadro de Videla, la reapertura de la ESMA, la relación más estrecha que jamás tuvo gobierno alguno con los organismos de derechos humanos vienen en combo.
También, en otro carril, el desendeudamiento (acordado en simultáneo con el presidente brasileño Lula da Silva), la virtual ruptura con el Fondo Monetario Internacional (FMI), la decisión de poner el acelerador a fondo en la economía, la creación de puestos de trabajo, la ampliación de la masa de jubilados. Todas esas acciones enfrentaron críticas lapidarias, anuncios de catástrofes, aplazos desde academias del saber o desde grupos de interés.
Los grandes humillados del cuarto de siglo que precedió su desembarco en la Rosada fueron su centro de atención: los trabajadores, las víctimas del terrorismo de Estado, los argentinos en su conjunto privados de autoestima y de conchabo.
- - -
Economía política: Su concepción económica, que signó la etapa, es acendradamente política y uno de sus más claros lazos de parentesco con el primer peronismo. El crecimiento a todo trapo, el acelerador siempre a fondo, la promoción del consumo y del empleo conllevan un objetivo político y democrático. Estaba compelido a conseguir consenso, en parte para su proyecto político pero, especialmente, para recuperar gobernabilidad y estabilidad. La satisfacción de necesidades primarias, la posibilidad de acceder a bienes necesarios o algo suntuarios y al trabajo fueron su camino hacia la popularidad. Seguro que faltó equilibrio con otras variables, sobre todo en los últimos años, pero mete miedo pensar qué hubiera pasado sin un gobierno valorado, sin un Estado sólido, sin reservas financieras. Se cortó la continuidad decadente que destruyó la trama social entre (por lo menos) 1987 y 2002.
Pasar del desempleo al trabajo, tener unos pesos en el bolsillo y menos miedo sobre el porvenir acrecienta la autoestima, desbaratada en décadas de desvaríos.
Contaba que siendo joven, cuando salía de noche, su padre le preguntaba si tenía dinero y le daba unos pesos más, no para gastarlos sino para estar seguro. Cifraba así su propia economía política. En pocos años la Argentina disminuyó su deuda externa a niveles manejables (que aliviará a gobiernos futuros), solidificó a la AFIP y la Anses.
La puja distributiva volvió a estar en agenda, con avances institucionales que desde otras banderías se subestiman, se niegan o se detestan. Las convenciones colectivas anuales, siempre en alza, las reformas laborales progresivas sí que insuficientes, la consolidación del sistema jubilatorio forman un haz de aportes innegables. Ahora, en el purgatorio, se debate en detalle cómo cualificar esos logros, cómo redistribuir mejor, cómo elevar el piso. Cuando se estaba en el sótano, unos cuantos discutían el rumbo.
- - -
Las cifras, el consenso, la derecha: Las cifras que enunciaba a granel (PBI, reservas, índices de crecimiento y de empleo en especial) fueron su obsesión y su fuerza. Gobernante de una crisis a la que apodó, sin mayor exageración, “el infierno” centró en ellas su atención, su gestión y una fracción relevante de su deseo. Timonel vigoroso, derivó hacia “el Purgatorio”, en un tránsito que no fue pacífico. Una derecha sin referencias políticas lo acechó siempre. Se olvida a menudo, pero la emergencia de Juan Carlos Blumberg sucedió pocos días después del inolvidable 24 de marzo de 2004. El crecimiento general, el renacimiento de las economías regionales, los costados virtuosos del “modelo” con paridad cambiaria competitiva, creación de puestos de trabajo, obra pública y acumulación de reservas le fueron ganando, si no apoyos militantes, consensos muy extendidos. En la emergencia, casi todos se aferraron al capitán de tormentas, incluyendo a las patronales, que mayormente se la llevaron con pala. Rabiaban por el ascenso de los trabajadores, por tener que pulsear en las paritarias pero acompañaban.
De un presidente ignoto, sin caudal propio, pasó, en dos elecciones seguidas, a una mayoría holgada, propia. En ese devenir, descuidó el armado político y desnudó limitaciones para ciertas destrezas políticas: contener a los propios, acariciar a los dudosos, formar nuevos cuadros, movilizar. Así, llegó en auto a las victorias de 2005 y 2007, tras redondear la mejor presidencia habida desde la primera de Perón.
En pos de la gobernabilidad se fue arrimando al peronismo y al movimiento obrero, dejando de lado su proyecto de transversalidad, que incluía una etapa superadora del bipartidismo. En parte fue porque el ensayo encontró límites fuertes, algunos derivados de impericia, otros de falta de peso de los nuevos aliados. En cualquier caso, afrontó un dilema complejo, con soluciones imperfectas en ambos casos. Hombre de gobierno, se inclinó por la que remachaba la continuidad y la estabilidad. Siempre será polémico el saldo, nunca será redondo. En la galaxia peronista, su aliado más fiel y rendidor fue la CGT conducida por Hugo Moyano, en una relación que mejoró a ambos socios, dejando heridos y asignaturas injustamente pendientes, como el reconocimiento de la Central de Trabajadores Argentinos (CTA).
- - -
De la desconfianza a Unasur: Patagónico, desconfiado, formateado en una provincia donde todo se hace con esfuerzo propio, la política internacional le resultaba distante y hasta la sospechaba de distractiva. Supo cambiar de parecer al internalizar la necesidad de una política regional, que diera carnadura a su relato antiimperialista, irrealizable desde un solo país. También, acierto fundante, se percató de que Brasil y Lula (el mejor colega que podía tener allí) eran aliados estratégicos de la Argentina. En la Cumbre de las Américas de Mar del Plata le tomó el gustito al juego político. La vulgata dominante narra que Argentina se “aisló del mundo”, un disparate de aquellos. Jamás comerció con tantos países, jamás se ligó a tantos mercados. Y, además, jamás jugó un rol de equilibrio y pacificación en América del Sur. Argentina y Brasil primaron con activismo y compromiso para que Evo Morales fuera presidente, para que la rosca de derecha no lo derrocara, para evitar la guerra entre Colombia y Ecuador, para intentar frenar el golpismo en Honduras y para frenarlo en Ecuador.
La mejor relación que haya existido jamás con Brasil, con Chile, con Bolivia, con Venezuela, con Paraguay. El conflicto con Uruguay fue un retroceso en ese avance global, felizmente remendado bajo la gestión de Cristina Kirchner y el presidente uruguayo José Mujica.
También hubo trato privilegiado con España y una relación sensata, sí que gratamente autónoma, con Estados Unidos.
La presidencia de Unasur es otro vacío difícil de llenar. Lograda con unanimidad expresa una verdad negada por la conjura de los necios: la valoración de Kirchner trasciende las fronteras. Para Lula, para Hugo Chávez, para Michelle Bachelet, para Evo Morales, para Correa, fue un aliado de fierro y un compañero. Los demás presidentes, de otras pertenencias, reconocieron a una figura de primer nivel, a despecho de las diferencias.
- - -
Cambio de roles: Desde el vamos, desde cuando su revalidación parecía una quimera, predicó que no iría por la reelección. Recelaba del desgaste, de la fatiga ciudadana, hablaba de una necesidad de mayor institucionalidad y menos combate. Cristina Fernández, de cualquier forma, llegó en tono de reelección que los escasos cambios de su gabinete convalidaron. El color peronista del apoyo electoral signó esa decisión.
El mandato de la Presidenta fue mucho más tormentoso que el de su predecesor. Es en parte lógico: superada la malaria y recobradas las fuerzas, muchos actores incrementaron sus demandas. En parte hubo descuidos del Gobierno. En parte, muy sustancial, la agenda institucional fue mucho más ambiciosa y fundante que la de Kirchner.
Cristina y Néstor Kirchner siempre actuaron en tándem desde 2003. Pensaban muy parecido, acordaban en casi todo. Pero el cambio de roles le costó al ex presidente, que perdió muñeca política y capacidad de negociación. Fue más intransigente y menos dúctil frente “al campo” que contra Blumberg o que negociando con los vecinalistas entrerrianos o que en las tratativas con el FMI.
Las retenciones móviles y la derrota electoral de 2009 dieron la impresión de final de ciclo. Los vaivenes del electorado son siempre dignos de atención, máxime para una fuerza populista. La reacción de la Presidenta combinó un temple enorme con la sagacidad de ampliar la agenda propia. Siempre politizando y polarizando pero buscando apoyos externos, consagró cambios institucionales notables, ajenos a su imaginario años atrás. La Ley de Servicios de Comunicación Audiovisual hasta la demasiado demorada Asignación Universal por Hijo, pasando por la reestatización del sistema previsional fueron jugadas tremendas, arriesgadas, progresistas que importan (en los hechos más que en el discurso) autocríticas y correcciones de gran nivel.
En su sube y baja, el kirchnerismo quedó con menos apoyos difusos y más consistencia ideológica. También congregó militantes, en especial jóvenes, promovió organización y se consagró más a disputar el debate mediático.
En trance de mayor debilidad, jugó doble contra sencillo. En eso está ahora, siendo por lejos la primera minoría política, la que saldría puntera en la primera vuelta electoral, la que tiene mayor capacidad de movilización y de “calle”, la que imanta más adhesiones de artistas, trabajadores de la cultura y bloggers.
Con ese patrimonio, importante y aún no suficiente para lograr la proeza de tres mandatos consecutivos, llega la muerte de Néstor Kirchner.
- - -
Desafíos: El inventario se hace interminable, acaso por impericia del cronista pero también porque hablar de Kirchner es sumirse en todas las controversias de ayer, de los próximos meses o años. Sin agotar la enumeración, cabe consignar entre los aciertos el aumento del presupuesto educativo y el matrimonio igualitario. Y entre los errores, la erosión del Indec, tan contradictoria con la tendencia general de defensa del Estado y lo público.
Un líder como Kirchner es irreemplazable y, al unísono, no tiene reposo. No sólo porque el hombre era poco afecto a parar sino porque los grandes referentes siguen batallando después de muertos.
Su lugar vacante potencia la ambición de sus adversarios, la barbarie gorila que ya empezó aflorar, el odio de una derecha recalcitrante que esta nota prefiere apenas mentar. En ese aspecto el adiós de Kirchner parece, por ahora, más semejante al de Evita, por el odio de “los otros”, que al de Perón.
La Presidenta, en un momento cruel de su vida, afronta el enorme desafío de proseguir sin su compañero de vida y de luchas. También pierde a un político fundamental, a quien todos respetaban o temían o valoraban. A un alquimista que sabía contener, motivar y conducir a dirigentes, militantes y personas de a pie.
El tándem funcionó con dificultades pero era un bastión, que en los últimos tiempos había logrado el ascenso muy parejo de ambos (con leve supremacía de la Presidenta) en imagen positiva e intención de voto.
Sobreponerse al dolor personal y a la pérdida política, mantener la gobernabilidad, contener a la fuerza propia y sumar parecen retos gigantescos. En más de tres años la Presidenta ha combinado, más vale, aciertos y falencias, aunque siempre demostró aptitud para remontar las cuestas más adversas.
Cuando Kirchner advino al poder, lo informó Horacio Verbitsky en este diario, José Claudio Escribano le dio un ultimátum y un programa, que el entonces presidente rechazó de volea. Ayer, en La Nación comenzaron a pasarle letra a la presidenta Cristina para que desista de su proyecto. La primera vez creían lo que hacían, ahora es pura parada. Todos saben que ella sostendrá sus principios y su norte.
Cuando las corporaciones, sus adversarios políticos y algunas personas vulgares festejan, el cronista recuerda a uno de ellos, el ex presidente Eduardo Duhalde. En 2003, dos periodistas de Página/12 le preguntamos si Kirchner sería su Chirolita. Duhalde respondió “los que dicen eso no lo conocen. Y menos la conocen a Cristina”. Ahora, hay menos motivos para dudar de su templanza y su vocación de militante y dirigente.
- - -
Dolor: Es una sandez hablar de un potencial veredicto de “la historia”. La historia es política: en la Argentina no se han saldado debates sobre Rosas o Perón, menos se llegará a la unanimidad sobre Kirchner.
Confrontativo, por vocación, por estilo y porque gobernar es definir conflictos y aún atizarlos, Kirchner fue llorado ayer y seguirá siendo llorado por muchos pero no por todos. Ayer una muchedumbre colmó la Plaza de Mayo, espontánea y sufriente, en esa Capital de la que desconfiaba y que jamás lo apoyó.
Entre los que lo lloran la mayoría son humildes, muchos son jóvenes que recuperaron la sed por militar. Lo lloran las Madres de Plaza de Mayo, las Abuelas, los integrantes de la comunidad gay, cantidad de artistas y trovadores populares.
Su nombre será bandera y todos ellos tratarán de llevarla a la victoria, a la continuidad, a la coherencia.
Se lo llora y ya se lo añora en la redacción de este diario, que clamó desde su primer día por banderas que en su gobierno se plasmaron en conquistas, leyes, procesos y condenas a genocidas.
Ya lo extraña este cronista, que lo conoció en su labor profesional, lo respetó y quiso más de lo que marca la regla de la ortodoxia del “periodismo independiente”. Lo que nunca impidió discusiones, críticas o señalamientos que forman parte de la lógica del trabajo y de la política.
A la Presidenta, a su familia, a sus compañeros y a los que lo lloran van el abrazo y el saludo en un cierre tan heterodoxo como sentido.
++++++++++++
Los muertos que vos matáis
Por Eduardo AlivertiNo quiero escribir desde el resentimiento, aunque siento que, en realidad, el verdadero rencor es el de aquellos a cuyo cinismo apuntará. Algunas cosas hay que sacarlas bien de adentro bajo pena de traicionarse a sí mismo si acaso, por razones de ¿elegancia? periodística, de ser modesto con los conceptos en horas de dolor y de respeto, se las guarda. Supongo, además, que varios de los conceptos a verter serán parecidos y hasta idénticos a muchos de los que acompañan las opiniones de esta edición. Mejor. Uno se sentirá reforzado con la gente, los colegas de este diario, y otros, que piensan igual o muy parecido y habrán escrito en consecuencia. En momentos como éstos, lo que justamente hace falta es juntarse más que nunca con la gente que piensa y dice y pregona como uno. Ayer, a muy poco de conocerse la noticia, me tocó encabezar la transmisión especial de AM 750. Muchos testimonios, mucho oyente, mucho correo, muchas sensaciones. Uno tiene en esto demasiados años de entrenamiento auditivo, de saber reconocer las entrelíneas de las declaraciones, de descubrir qué hay detrás de los tonos de voz y hasta de cada inflexión. Y entonces percibe, registra enseguida, no se le escapan ni las respiraciones. Percató en consecuencia la angustia auténtica de la gente común que llamaba a la radio; la que conforma lo definible desde hace un tiempo como la “minoría intensa” de la sociedad, contra la presunta mayoría invertebrada que está festejando la muerte de Kirchner. Sin embargo, a la par llamó la atención de quien firma la cantidad de llamados del tipo “no soy peronista, no soy kirchnerista, no quiero a este gobierno, pero...”. Ese pero. Ay, ese pero. Cuánto que hay en ese pero de “me parece que me di cuenta ahora, con la muerte, de que no hay nada real mejor que esto, por más que no me guste”.
Sea así o más o menos así, esa gente, esos peros, se sintieron legítimos, audaces, compungidos. Atención con esa tomada de nota de que ahora se corre peligro de retroceder, tanto que lo putearon. No tengo cómo justificar la elevación de los llamados a una radio a la categoría de sondeo representativo... salvo por eso del oído entrenado, de la medición automática de percepciones. Y también como quiera que sea, en cualquier caso es mucha gente con una honestidad intelectual, o sentimental, infinitamente mayores que las disfrazadas por los temporarios acomodaticios de las condolencias. Cobos, traidor, capaz de decir que se nos fue un gran líder. Andate Cobos, por favor. Andate. Pero no del Gobierno del que formás parte a la vez de denostarlo. Andate a tu casa, directamente. Por un instante de tu vida tené mínima conciencia del ridículo. Sólo eso, Cobos. Sólo eso. Vos y todos los demás que ahora descubrieron en Kirchner al tipo que llevaba la política en la sangre, al militante tiempo completo, al apasionado que deja un vacío enorme, al hombre de convicciones. Vos y todos los demás que hasta las 10 de la mañana de ayer definían esos flamantes méritos del muerto como la expresión del crispado que violentó a este país, del autoritario que nos volvió a las catacumbas de los ’70, del enajenado que nos lleva al caos institucional. Y vos, Van der Kooy, que a los veinte minutos de la muerte ya tenías subida tu columna gozosamente mal disimulada. Y vos, Fraga, Rosendo Fraga, asesor de Viola, del general Viola, del asesino Viola, que te permitiste elevar, con el muerto fresco, las condiciones a las que debe sumirse Cristina ahora que puede ejercer el Poder. Vos, Fraga, venís a cerrar el circuito que inauguró José Claudio Escribano, el mandamás de La Nación, cuando apenas asumido Kirchner en 2003 le puso en tapa el pliego de bajezas a que debía rendirse si quería completar el primer año de mandato: reacomodar las relaciones con el FMI, amnistiar a los milicos, romper con Cuba. Con Kirchner inaugurado, primer pliego. Con Kirchner muerto, también enseguida, el segundo: que Cristina se saque de encima a Moyano, a Moreno y a quien haga falta para demostrar que no es igual que el marido. Hasta un tipo de derechas como Federico Pinedo, pero con sensibilidad perceptiva –digamos que un caballero– le dijo al aire al suscripto “y, sí, es un poco apresurado el análisis”.
Pero no, no es apresurado. Son sus instintos más bajos, más pornográficos, de intereses de clase. Cabe reconocerles su impudicia explícita. E incluso prodigarles el reconocimiento de que además de ser así son inhábiles para solaparlo. Dejan todo más claro. Ese es, quizás y no importa si por convencimiento o por lectura especulativa de la realidad al cabo de 2001/2002, el legado más interesante y efectivo que deja Kirchner. Por las razones íntimas que fueran, partió aguas. Obligó a ponerse de un lado o de otro, cuando ya parecía imposible que la pasión política se reinstalara en la Argentina devastada de la rata. Más aun, por estas horas también se desnudan como de cocodrilo feroz las lágrimas y lamentos de quienes se allanaron a hacerle el juego a la derecha con chamuyo de izquierda cinematográfico-nacionalista. ¿Y por qué eso también es símbolo? Porque esa partida de aguas que significó y significa esta rara pero apasionante experiencia también compelió a que cada quien mostrara su vocación de poder. Algunos de la derecha explícita sacaron los tanques mediáticos, pero otros de la izquierda piripipí copiaron a Carrió, compararon a Kirchner con Menem y hace unas horas se manifiestan condolidos ¿de qué? ¿No es que eran iguales?
Por unas semanas como muchísimo, si es que se aguantan, el establishment más concentrado, el gorilaje recalcitrante y sus funcionales nac&pop se llamarán a silencio de expectación. Concluido el duelo de las buenas formas, medirán cuánto tiempo se requiere para que seguir atacando no se les vuelva boomerang. Tensarán que Cristina puede usufructuar, o que le serviría, la imagen de mujer enhiesta en medio de un drama de todo tipo, sola contra todos. Y encima, en medio de ese karma que los sigue regenteando: sus candidatos son horribles, no se les cae una idea alternativa convincente y están a años luz de potenciar a algún referente que demuestre capacidad de mando.
Si lo piensa bien, la derecha atraviesa un problema con la muerte de Kirchner: él venía a ser una suerte de reaseguro para continuar insistiendo contra el “aplastamiento de las instituciones”, el “clima de confrontación”, la “división de la sociedad” y todo el resto de pelotudeces tras cuyo parche se oculta, pésimamente, que no aguantan la afectación de emblemas con que sintieron tocados su alma y su culo. Y la de ciertos privilegios que manotearon sus bolsillos.
Ayer a la noche, el clima de congoja cedía lugar a una efervescencia, tan contenida como callejera, que detrás del dolor avisaba lo siguiente: si hay lugar de retrocesos en lo recuperado para los intereses populares, no les va a resultar fácil. La potencia política de Kirchner ya no estará, Cristina es candidata única y habrá que comprobar si su estoicismo aguanta la presión. Pero es irrebatible que queda una fuerza muy considerable que, cualesquiera sean los avatares electorales, no permitirá así nomás que se vuelva para atrás en ciertas conquistas que a la vuelta de la esquina eran extravíos utópicos.
En síntesis, eleven neo-pliegos de condiciones, festejen, gorileen, viven a las coronarias de Kirchner como antes a sus carótidas y al cáncer de Eva, supongan que se acabaron la ley de medios y que la yegua no debería soportar semejante tensión. Pero, por las dudas, uno les aconsejaría que adviertan la ya masa de gente joven politizada y movilizada y el número de los que se plantean lo que hay enfrente de lo que putean.

+++++++++++++++++++++
 
Hugo Chávez recordó a Kirchner, cómo se conocieron, las experiencias que compartieron“Ha muerto un patriota, se fue un baluarte”El presidente venezolano, que llegará hoy al país, elogió la figura de Néstor Kirchner como “un gran sanmartiniano y un gran peronista”. Destacó su rol en la reconstrucción de los lazos latinoamericanos y en la relación entre Venezuela y Argentina.“Ay mi querida Cristina, cuánto dolor!”, escribió Chávez en Twitter, al conocer la noticia.“Ha muerto un patriota, se nos ha ido un baluarte, cuando tenía aún mucho que dar”, fueron las primeras palabras del presidente venezolano, Hugo Chávez, apenas enterado ayer del fallecimiento del ex presidente Néstor Kirchner. En una extensa entrevista telefónica con la señal de noticias Telesur, el mandatario caribeño recordó no sólo cómo conoció al entonces presidente argentino y las anécdotas que compartieron, sino también la intensa labor que los unió en el proceso de unión de América latina. “Néstor ha sido un gran resucitador de la patria; ha sido siempre una voluntad tendida; un gran sanmartiniano y un gran peronista”, expresó Chávez, que arribará hoy al país para acompañar a la presidenta Cristina Fernández y a sus familiares.
“Estamos impactados desde la mañana, por la sorpresiva y muy dura noticia”, dijo Chávez, que mantuvo los primeros contactos con el asesor de la Secretaría General de la Unasur, Rafael Follonier, para confirmar el deceso. Kirchner “fue un gran defensor de la paz verdadera y más que defensor, un creador de la paz verdadera”, expresó el venezolano, al tiempo que apuntó que su par argentino entendía que “la paz sin justicia social no es paz”. “Recuerdo cómo luchó Néstor por su pueblo y cómo lo sacó de la situación de profunda miseria”, subrayó, tras citar que en el país, antes del 2003, la mayoría de las empresas estaban privatizadas y los sectores sociales, en abandono.
Apenas enterado de la noticia, Chávez publicó a través de Twitter un mensaje: “Ay mi querida Cristina, cuánto dolor! Qué gran pérdida sufre la Argentina y nuestra América. Viva Kirchner para siempre!!”.
El bolivariano hizo un racconto de las anécdotas personales que vivió con el ex presidente y los hitos que los unieron. “Es una pérdida incalculable. Muere Néstor, un gran resucitador de la patria.” Luego recordó la llegada del ex mandatario al poder en 2003, cuando antes “toda Sudamérica estaba rendida al poder imperialista”: “Surgió más bien de lo desconocido. No conocíamos su nombre. ¿Néstor qué?, preguntaban algunos. ¿Cómo se pronuncia? ¿Quién es?”, evocó Chávez, que hizo un repaso por los hechos políticos que antecedieron la llegada del santacruceño al poder. “En medio de la larga noche neoliberal, en 2001, explotó Buenos Aires y Néstor fue hijo de esa rebelión, formada en el horno de esa juventud que siguió al gran Perón.”
También recordó su viaje al país para el acto de toma del poder de Kirchner en 2003, donde junto al presidente cubano Fidel Castro “conocí a Cristina, a sus hijos y su pasión peronista, argentina y por Sudamérica. Allí comenzó una relación que en lo humano fue intensa, y en lo político, estratégica. Logramos abrir el camino Caracas-Buenos Aires, y abierto quedó”, afirmó. “Yo todavía no me hacía ilusiones. Era un desconocido. Todavía era una incógnita el rumbo que le iba a dar a la Argentina”, confesó el caribeño.
Meses más tarde, contó Chávez, recibió el llamado del entonces presidente argentino en medio de una crisis con las empresas petroleras. “Chávez, necesito que me ayudes, me quiere chantajear la burguesía, sobre todo las transnacionales petroleras”, le dijo Kirchner en esa conversación que fue el puntapié para que ambos países comenzaran a relacionarse a través de la exportación de crudo. “Aquel hombre se agigantó entre nosotros allá en Mar del Plata, en pleno debate donde Bush quería imponernos el ALCA”, continuó el bolivariano, que graficó que su par era “un líder muy hábil y astuto” a través de una jugosa anécdota. “Me llamó a un costado y me dijo: `Cuando yo necesite que hables para desgastarlos, te voy a dar la palabra’. Bush no aguantaba que hablara entonces se paraba y se iba”, dijo. En esa cumbre, Estados Unidos pretendía que se votara con mayoría el proyecto del ALCA, en lugar de por consenso. “Aquí no vengan a patotearnos –dijo Kirchner–. Esa reunión terminó con la derrota del imperialismo”, apuntó el caribeño, que describió a Kirchner como “un gran hombre, heredero de Bolívar, Perón y San Martín. Un luchador, un inventor, un gran líder y un gran ser humano”, indicó.
“Se ha ido un gran defensor de la Argentina, un gran sanmartiniano, un gran peronista”, acotó Chávez, que contó cuando el santacruceño pasó Año Nuevo en el intento de liberación de Ingrid Betancourt, secuestrada por las FARC, y cómo desde la Secretaría General de la Unasur colaboró para encauzar las relaciones diplomáticas entre Colombia y Venezuela. Luego del acuerdo entre ambos países, Chávez recordó que Kirchner le pidió la “chaqueta tricolor” que llevaba puesta ese día, para dársela a su hijo Máximo. Días más tarde el bolivariano se la envió junto a una tarjeta de agradecimiento por su gestión con una posdata que hacía referencia a una broma de la Presidenta por la vestimenta de ambos. “Así terminó la chaqueta que con tu corbata bonaerense llevó a Cristina a la distancia a darse cuenta que somos dos locos. Somos los locos que se atrevieron a esto. Los locos que nos atrevimos”, le escribió Chávez.
También evocó su último encuentro con Kirchner en Buenos Aires, la noche del intento de golpe de Estado en Ecuador, y el abrazo en el que se confundieron cuando la situación fue controlada. “El pueblo lo recordará como uno de los grandes pilares de esta nueva hora de Latinoamérica. La partida física de Néstor se lleva a uno de los que todavía tenían que seguir aportando mucha fuerza a la integración para no volver nunca atrás a ser la colonia”, concluyó Chávez, que dispuso tres días de duelo en Venezuela.

+++++++++++++++++

Néstor Kirchner, el presidente transgresor y progresista que cambió a Argentina
Oscar González*

Mientras 60 mil agentes del gobierno recorrían todos los rincones de Argentina recabando los datos para elaborar el nuevo censo nacional, para diseñar las políticas públicas, el líder de este proceso progresista, Néstor Kirchner, moría ayer en su residencia de El Calafate, un idílico rincón de la Patagonia que él y su esposa, la presidenta Cristina Fernández, llamaron nuestro lugar en el mundo.

El frágil corazón de Néstor Carlos Kirchner no se detuvo en el sosiego del retiro, sino en el ojo del vendaval político argentino, en momentos en que el establishment financiero y mediático, actuando como verdadero estado mayor de la oposición política, hostiga hasta el paroxismo al gobierno que hoy encabeza su esposa y compañera de siempre.

El último discurso de Kirchner, la semana pasada en un remoto pueblo de la vasta pampa llamado Lamadrid, se contrapuso con las afirmaciones insidiosas de los medios, que inventaron el mito de un hombre usualmente crispado y ganado por la ira: su arenga postrera fue un llamado a la convivencia democrática, con invocaciones al amor y la concordia. Premonitorio, aquel discurso concluyó con una mención que, evocada hoy, impresiona: parafraseando, sin mencionar a Salvador Allende, convocó a recorrer juntos las alamedas de la patria.

Arribado al gobierno con un módico respaldo, tras la crisis que hizo descender a Argentina al infierno de la recesión más grave de su historia y las sucesivas defecciones de los presidentes Fernando de la Rúa, primero, y Eduardo Duhalde, después, Kirchner sorprendió inmediatamente por el giro progresista que impuso a su gestión, que incluyó la renovación de la desprestigiada Corte Suprema, la anulación del perdón a los responsables del terrorismo de Estado, la restauración de la legislación laboral y la recuperación de la soberanía económica del país, desatando todos los lazos de sumisión con el Fondo Monetario Internacional y demás organismos financieros mundiales.

Aunque la radicalidad de sus medidas no produjo una reacción inmediata de la derecha, sumida en la estupefacción y el descrédito público, ésta sí se manifestó beligerantemente al asumir Cristina la continuidad del proceso de cambios, en 2007. Vapuleado por los medios hegemónicos por su rol de supuesto manipulador político desde las sombras, Kirchner no dejó la acción ni un minuto y se convirtió en el organizador de la resistencia al embate reaccionario iniciado en junio de 2008, cuando la gran burguesía agraria se negó a distribuir impositivamente sus rentas extraordinarias, logrando el apoyo de la vasta clase media, confundida por el discurso amañado de los monopolios de la comunicación.

Tras ese traumático episodio, que operó como verdadero parteaguas y desató una inusitada ofensiva de medidas reformistas de la presidenta –restatización de la aerolínea de bandera, recuperación del sistema previsional, asignación universal por hijo y sanción del matrimonio igualitario, entre otras–, Kirchner redobló su actividad política.

Ajeno a las interesadas demandas del poder hegemónico que lo urgía a apartarse de la vida pública, el ex presidente no sólo desatendió ese reclamo, sino que intensificó su impetuosa actividad, aceptando la presidencia del partido peronista, convertido en columna vertebral del apoyo al gobierno; una banca en la Cámara de Diputados y, además, la secretaría general de la Unasur. En ese último carácter, fue protagonista principal de impactantes episodios, como la negociación con la guerrilla colombiana para el rescate de los secuestrados en la selva, los conflictos entre Bogotá y Quito, y entre Caracas y Bogotá, el terremoto en Haití y, últimamente, la articulación de la resistencia continental al golpe contra el presidente Rafael Correa.

Obsesionado porque la política de redistribución no se limite al ingreso, su último embate fue para que ésta incluya también los bienes simbólicos. Así, su acción fue esencial en la sanción de la ley de democratización de la comunicación audiovisual, que los grupos mediáticos concentrados vienen resistiendo desde entonces, apelando a todo tipo de ardides judiciales.

Si hay que enunciar en un párrafo su mensaje póstumo, podemos recordar las palabras que dijera hace muy poco, en una actividad del Foro Social Mundial que sesionó en Buenos Aires. Allí convocó, para el pasmo de alguno, a dejar de ser políticamente correcto, a ser transgresores y a exigir del gobierno cada vez más.

La desaparición de Kirchner, cuya revalorización como el más progresista de los presidentes argentinos del último medio siglo probablemente no tardará en generalizarse, abre una etapa de natural incertidumbre. Sin embargo, la firme personalidad de la presidenta Cristina Fernández, su entereza cívica, su trayectoria y perfil político, y el hecho de que las medidas de gobierno más avanzadas fueron tomadas precisamente durante su mandato, permiten alentar la esperanza cierta de que el proceso de reformas progresistas que vive Argentina seguirá adelante y las pretensiones de restauración conservadora no pasarán.

* Dirigente socialista argentino, secretario de Relaciones Parlamentarias de la Jefatura de Gabinete de Ministros.

Néstor Kirchner: legados y desafíos

Atilio Boron

Es indiscutible que la inesperada y prematura desaparición de Néstor Kirchner tendrá un enorme impacto sobre la vida política argentina. Sucintamente podría decirse, primero, que con él desaparece el político más influyente de la Argentina, el que marcaba la agenda de la discusión pública y el ritmo de la vida política nacional.

Segundo, que durante su gestión como presidente cambió el rumbo por el que venía transitando la Argentina -muy especialmente en materia de derechos humanos y política internacional, pero también con una ejemplar renovación de la Corte Suprema, reparando las vejaciones que en este rubro, como en tantos otros, había cometido el menemismo.

Tercero: desaparece con su muerte el único que reunía las condiciones requeridas para contener, como ningún otro, la compleja y turbulenta realidad del peronismo, cuyas pugnas internas en épocas pasadas sumieron al país en gravísimas crisis institucionales. Este tal vez sea el más serio desafío con el que tendrá que lidiar la presidenta.

Cuarto, su muerte la priva de una compañía irreemplazable: durante décadas Néstor Kirchner no sólo militó codo a codo con ella sino que también fue su consejero, aliado y confidente.

Su desaparición deja un vacío muy grande en la Casa Rosada. Pero, contrariamente a muchas malintencionadas especulaciones expresadas en estas horas, la presidenta es una política hecha y derecha y, además, una mujer de mucho temple y carácter y que seguramente sabrá sobreponerse a su inmenso dolor y honrar la memoria del ex –presidente manteniendo con firmeza en sus manos el timón del Estado y evitando que al interior del PJ se desencadene una feroz pelea por la sucesión.

Nada autoriza a pensar en un paralelismo entre su situación y la de Isabel Martínez de Perón ante la muerte de su esposo, en 1974. Esta no reunía las menores condiciones para gobernar la Argentina, no tenía trayectoria política alguna y el país se hallaba en una situación incomparablemente distinta a la actual, donde la presencia de militares fascistas era el dato más significativo de aquella coyuntura. La de hoy es completamente distinta en todas y cada una de aquellas dimensiones.

De todos modos, para responder a los desafíos del momento Cristina Fernández tendrá que contar con mucho apoyo, reforzar su articulación con las clases y capas populares mediante la rápida implementación de políticas sociales y económicas más efectivas (y, en algunos casos, largamente demoradas) y, sobre todo, mantener a raya a los aparatos que se arrogan una representación popular que en realidad no tienen y que pueden interferir negativamente en el crucial último año de su mandato y en sus perspectivas electorales.

La Argentina se asoma a una nueva etapa signada por la ausencia del ex -presidente: el asesinato de Mariano Ferreyra ya había iniciado este proceso; la muerte de Néstor Kirchner lo acelera y profundiza aún más.

- Dr. Atilio A. Boron (www.atilioboron.com), Director del Programa Latinoamericano de Educación a Distancia en Ciencias Sociales (PLED) en Buenos Aires, Argentina www.centrocultural.coop/pled



 
ARGENTINA: Muerte de Kirchner abre preguntas sobre Fernández
Por Marcela Valente
BUENOS AIRES, oct - Con la muerte del ex mandatario argentino Néstor Kirchner (2003-2007), se acabó el binomio político que conformaba con su esposa, la presidenta Cristina Fernández. Y ahora todas las miradas están sobre ella. 
Ver más >>

BRASIL: Electorado del PT despierta para asegurar triunfo
Por Fabiana Frayssinet
RÍO DE JANEIRO, oct - Voto a voto disputan el favor del electorado los dos candidatos a la Presidencia de Brasil en la segunda vuelta del domingo 31 y, por ello, el gobernante Partido de los Trabajadores (PT) moviliza en las calles a su base electoral, adormecida tras ocho años en el poder. 
Ver más >>

Medicinas falsas matan a un millón de personas al año
Por Pavol Stracansky
BUCAREST, oct - La región de Europa central y oriental afronta "significativos desafíos" para combatir un multimillonario y muchas veces letal tráfico de medicinas adulteradas, alertaron expertos. 
Ver más >>

MINERÍA-PERÚ: Reclamos opuestos ante derrame tóxico
Por Milagros Salazar
LIMA, 28 oct - Cuatro meses atrás se produjo el mayor derrame de residuos mineros peligrosos en Perú. Hoy los trabajadores de la empresa Caudalosa reclaman que ésta vuelva a funcionar, y los pobladores de la zona que se limpien los ríos contaminados, de los que dependen. 
Ver más >>

AMÉRICA LATINA: Ayunos alimentados por sordera institucional
Por Daniela Estrada*
SANTIAGO, 28 oct - De prisioneros a gobernantes han recurrido desde el año pasado a huelgas de hambre para defender sus posiciones y demandas en América Latina. Detrás del uso cada vez más intenso de la radical protesta, está para los expertos la falta de respuestas institucionales. 
Ver más >>

Plantando oasis en la tierra de las hamburguesas
Por Matthew O. Berger
WASHINGTON, 28 oct - Mientras 1.000 millones de personas sufren hambre en todo el mundo, uno de cada tres niños y niñas en Estados Unidos presentan sobrepeso, algo que preocupa cada vez más a la Casa Blanca. 
Ver más >>

Cómo desandar el camino a la extinción de los vertebrados
Por Stephen Leahy, enviado especial
NAGOYA, Japón, 28 oct - La quinta parte de los vertebrados del mundo --seis millones de formas de vida irreemplazables-- están amenazados de extinción, según un estudio presentado en la 10 Conferencia de las Partes del Convenio sobre la Diversidad Biológica (COP 10). 
Ver más >>

Los desafíos de la próxima alcaldesa de Lima
Por Ángel Páez
LIMA, 28 oct - Cuando Susana Villarán asuma la alcaldía de la capital de Perú el 1 de enero, tendrá ante sí durísimos desafíos, como un escaso presupuesto para obras públicas, 1,5 millones de habitantes sin agua potable y el deficiente manejo del programa de distribución de leche. 
Ver más >>

DESARME: Camboya comparte experiencia de años
Por Irwin Loy
KAMPONG CHHNANG, Camboya, oct - Especialistas de Camboya, uno de los países más contaminados con armas sin explotar, están dispuestos a compartir con otras naciones sus conocimientos y la experiencia acumulada tras casi dos décadas de limpiar su territorio. 
Ver más >>

AMBIENTE-MÉXICO: Conflicto de Apaxco sin solución a la vista
Por Emilio Godoy
MÉXICO, oct - Una empresa procesadora de residuos y una comunidad se mantienen en pugna por la operación de una planta de combustible alternativo para la industria mexicana del cemento. 
Ver más >>

Sobre zancos la economía de Paraguay
Por Natalia Ruiz Díaz
ASUNCIÓN, 27 oct - La economía de Paraguay crece a un ritmo inusitado que la coloca a la cabeza de América Latina, gracias al repunte en la demanda y los precios de los rubros agrícolas y en particular de la soja, su mayor motor. Pero la duda es si esa bonanza goteará hasta la mayoría pobre de la población. 
Ver más >>

Mujeres son clave en misiones de paz
Por Fatima Asmal
DURBAN, Sudáfrica, 27 oct - Capacitar a las mujeres para operaciones de paz "no es algo que se puede hacer dos semanas antes" de desplegarlas en las zonas de conflicto, dijo Florence Butegwa, representante de UNIFEM ante la Unión Africana y la Comisión Económica de la ONU para África. 
Ver más >>

La boyante China desvela a sus vecinos
Análisis de Antoaneta Becker
BEIJING, oct - La ansiedad por la actitud prepotente de China ante las disputas territoriales con sus vecinos domina los días previos a la quinta Cumbre de Asia Oriental, que el 30 de este mes reunirá a gobernantes de 16 naciones en Hanoi. 
Ver más >>

SUDÁN: Violación no es adulterio
Por Reem Abbas
JARTUM, oct - Las violaciones a mujeres en la occidental región sudanesa de Darfur han sido sistemáticas desde el inicio de la guerra civil en 2003. La no gubernamental Alianza 149 lleva adelante una campaña para reformar la norma que confunde ese delito con el de adulterio. 
Ver más >>

Cambiar el desarrollo para salvar biodiversidad
Por Stephen Leahy, enviado especial
NAGOYA, Japón, 26 oct - Un cambio drástico en el rumbo del desarrollo económico es esencial para evitar la desaparición de los ecosistemas planetarios, que son la base de la vida, sostiene un estudio publicado esta semana en la revista científica estadounidense Science. 
Ver más >>

Masivo rechazo a premio humanitario a Álvaro Uribe
Por Tito Drago
MADRID, 26 oct - Decenas de organizaciones no gubernamentales y personalidades locales e internacionales convocan a manifestarse este miércoles en el centro de la capital española, para expresar su rechazo a la entrega al ex presidente colombiano Álvaro Uribe de una distinción por labor humanitaria. 
Ver más >>

Arranca el trabajo privado en Cuba
Por Patricia Grogg
LA HABANA, 26 oct - La difusión del régimen tributario que se aplicará al trabajo privado en Cuba puso oficialmente en marcha una de las alternativas planteadas por el gobierno de Raúl Castro, en la reforma para recortar medio millón de empleos estatales. 
Ver más >>

Economía de Portugal, ¿en un callejón sin salida?
Por Mario de Queiroz
LISBOA, 25 oct - "Duelen en el corazón", reconoció el primer ministro de Portugal, el socialista José Sócrates, sobre las draconianas medidas económicas decididas por su gobierno, en un intento, de dudosos efectos, por calmar los mercados financieros y recuperar la credibilidad perdida. 
Ver más >>