Raridade na tevê: documentário sobre NELSON MANDELA. O líder negro sul-africano foi libertado em 1994 aos 76 anos, após 27 anos de cadeia por pregar o fim do APARTHEID, regime racista que para vergonha humana persistia às bordas do século 21.
Um fato marcante se dá quando Mandela, eleito presidente, cria a
Comissão da Verdade e da Reconciliação. Note o lance além da nossa Comissão da Verdade, criada para, em última instância, punir torturadores da ditadura militar. Mandela acrescentou “e Reconciliação”.
Muito louco esse Mandela. Vemos um negro face a face com seu algoz do tempo do Apartheid, perguntando como pôde submetê-lo à Tortura Do Saco – semelhante ao que fizeram nos Dois-Codis das nossas Forças Armadas, a pessoa encapuzada com pano embebido em amoníaco apanha, indefesa e com sensação de sufocamento e morte iminente. O algoz branco tapa os olhos, não tem coragem de encarar o negro.
Outros negros se defrontam com malfeitores brancos e surpresa!
Um branco pergunta a um ativista negro por que matou sua mulher que nada tinha a ver com nada.
Imagine nossa Comissão da Verdade “e da Reconciliação”. Centenas de torturados encarando algozes e, ao mesmo tempo, algum gato pingado, descendente de repressor, cobrando de ex-guerrilheiro o sacrifício de seu ente querido. Que catarse, não?
Quanto a mim, não perdoo os milicos usurpadores, debilóides, aloprados de 1964, lambe-botas dos ianques, não perdoo enquanto os generais de hoje não criarem vergonha na cara e se desculparem:
“Pedimos perdão ao povo brasileiro por 1964, fomos mal, pisamos na bola ao derrubar um governo legítimo e, especialmente, ao montar centros de tortura, para ao final entregarmos o país em pior estado do que encontramos, juramos que não fazemos mais.”
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