domingo, 25 de julho de 2010

DE ROSE NOGUEIRA PARA DILMA ROUSSEF

Sem a hipocrisia de
isenção: sou Dilma
Por Mylton Severiano
Publicamos recém o bilhete da nossa querida Rose Nogueira, sobre quando conheceu Dilma Roussef no Presídio Tiradentes, em São Paulo. Elas foram presas e torturadas, porque, corajosas, agiam contra a facistoide e facinorosa ditadura militar que nos desgovernou entre 1964 e 1985. Foi em 1970 que as duas conviveram na prisão. Comento o poema que Rose enviou junto:

Era mais jovem e ensinava a cantar.
Era mais moça e encantava com tanta lógica,
Como se fosse lógico encantar.

Era menina e enxergava lá longe.
(Tinha a vantagem de ser mais alta, é verdade)
Mas sabia olhar, sabia pra onde.

Essa Dilma boa, a Dilma nossa
É a mesma garota do bordado colorido
onde a professora dona Ivone 
ensinava que cada mágoa se amarra em cada nó.
Assim fazem as mulheres.

Dilma continua seu trabalho lindo
Vai fazer tudo em ponto alto e caseado
Pra não deixar aquele pano desfiar
Põe verde de esperança aqui, vermelho de tijolo lá
Cria ponte, une caminho, bota o Brasil pra funcionar.

E eu, aqui, que sou só mãe, poeta e jornalista,
Por profissão olhando o mundo e registrando,
Sei que essa vida foi, sim, uma conquista
ponto por ponto, do país de tantos nós,
que nunca mais será como antes depois dela.


Rose


Foto Amancio Chiodi












Eis o comentário

Pois então, a mídia gorda faz de conta que é “isenta” mas, quando você lê seus colunistas, seus repórteres, a quem “sabe ler” eles não enganam. O cocô-boy Índio da Costa fala besteira? Eles dão um tratamento “isento”, ficam propagando a besteira como se fosse uma “briga entre o vice do Serra e o PT”. Ah, um engenheiro Leonel Brizola aqui hoje!
A quem não se lembra eu recordo, a quem não viu eu conto. Nas eleições de 1982, as primeiras para governador depois da ditadura antinacional (1964-1985), Brizola era candidato a governador do Rio de Janeiro e despontou um adversário forte, sustentado especialmente pela classe média desavisada, aquela que João Antônio chamava “classe mérdia”, e gente obscurantista. Era um Índio da Costa da época, tão ridículo e inexpressivo quanto, tanto é que sumiu na poeira, um tal Rubens Medina, do PFL – por sinal, partido antecessor do Demo, desse índio cara-pálida que aí está agora. Brizola o abateu com uma tirada só, que ainda divertiu a todos. Foram perguntar a Brizola o que achava do crescimento do adversário Medina, ele respondeu:
“Mas, meus amigos. Este é um bundinha!”
O Medina despencou que nem balão furado.
Com convicção, votarei Dilma, e mais ainda depois do cara-pálida Serra escolher para seu vice um corrupto filmado como o Arruda, desculpe, um pomba-lesa como Álvaro Dias, perdão, um bundinha como Índio da Costa.
Mas, que não fosse isso, seria definitivo saber que Rose está com Dilma. Se Rose está com Dilma, com quem eu poderia estar?

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