PAU NO NOVE DE JULHO
Por Mylton Severiano
Quem diz que não há vida inteligente na nova geração? Reproduzo o blog do Sakamoto, de hoje 9 de julho, a data “mater” dos paulistas, por que nesta data fizeram a “revolução constitucionalista”. Eu sou paulista de Marília e me fiz na maior cidade do hemisfério sul, trabalhando em todos – TODOS – os principais veículos de tv e imprensa dali.
Me orgulho de ser paulista tanto quanto me orgulho de ser brasileiro e cidadão do mundo. Nunca entrei nessa de MMDC, “revolução constitucionalista” (golpezinho armado antigetulista, conduzida por Mesquitas e outras forças da elite paulista, portanto antipopular e a favor do atraso). Vamos ao blog do rapaz.
Leonardo Sakamoto é jornalista e doutor em Ciência Política. Cobriu conflitos armados e o desrespeito aos direitos humanos em Timor Leste, Angola e no Paquistão. Já foi professor de jornalismo na USP e, hoje, ministra aulas na pós-graduação da PUC-SP. Trabalhou em diversos veículos de comunicação, cobrindo os problemas sociais brasileiros. É coordenador da ONG Repórter Brasil e seu representante na Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo.
Foto Amancio Chiodi
9 de julho: São Paulo deveria
lutar contra o “paulistanismo”
09/07/2010 - 7:51
Para quem leu meu post sobre o aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932 no ano passado, jogue o dado de novo e avance uma casinha. Vou repetir a dose. Não pelo fato do assunto ter gerado repercussão – xô, populismo na web! – mas porque acredito que o “paulistanismo”, o nacionalismo paulista, funciona como uma espécie de seita radical para os seus adeptos. Mesmo as pessoas mais calmas viram feras, libertando uma fúria bandeirante que parecia, historicamente, reprimida dentro do peito.
E vamos começar por esse ponto mesmo. Domingos Jorge Velho, Antônio Raposo Tavares, Fernão Dias Paes Leme, Manuel Preto, Bartolomeu Bueno. Esse pessoal que virou rodovia, escola, rua, praça, escultura, Palácio de Governo. Não quero fazer uma análise do passado considerando apenas as luzes do presente. Mas o fato de São Paulo ter escolhido os desprezíveis bandeirantes como seus heróis diz muito sobre o espírito do estado. Afinal de contas, séculos depois, muitos empreendimentos paulistas ainda se sentem acima do restante do país e seguem pilhando recursos naturais de outras regiões. Quem sabia que o maior consumidor de madeira da Amazônia é a contrução civil de são Paulo ganha um doce. Ou superexplorando trabalhadores por aí – vale lembrar que boa parte dos fazendeiros flagrados com trabalho escravo nos dias de hoje em Estados como o Pará são paulistas que “compraram” terras por lá.
Bem, convenhamos, o presidente Lula acha que os usineiros da cana-de-açúcar são heróis, tem muita gente que acha que jogador de futebol e piloto de fórmula 1 é herói. Cada povo, ou melhor dizendo, cada elite constrói os mitos que mais lhe apetecem e lhe convém. Mas o Brasil é craque, São Paulo à frente, de escolher cada figurinha para seu panteão.
Os presidentes Lula, brasileiro, e Abdoulaye Wade, do Senegal, acenam em frente à Casa dos Escravos na Ilha de Gorée / Foto Ricardo Stuckert/PRES.
Quando critiquei isso no ano passado, recebi pancada de tudo o que é lado. Por sorte, sou masoquista, tomar porrada mais me diverte do que me irrita. Mas o naipe das críticas realmente foi bem mirim, para dizer o mínimo: “Os bandeirantes eram guerreiros que domaram esta nação”, “Seria maravilhoso se todos os estados brasileiros tivessem a mesma condição de ter exemplos para conduzir e ser carro chefe dessa nação”, “Não poderíamos esperar uma opinião diferente de um mestiço”, “Considero um desrespeito aos que morreram por uma causa!”). O grifo meu, é claro.
Isso me leva à conclusão de que as escolas particulares e públicas realmente têm sido tenazes em repassar um conteúdo sobre a história brasileira sem promover o devido espírito crítico entre os alunos. Para que Enem para avaliar? O dia-a-dia é o melhor termômetro. Melhor seria manter as disciplinas de Educação Moral e Cívica e Organização Social e Política Brasileira, orgulhos dos verde-oliva, em vigor. E, por fim, tome publicidade estatal, sempre enaltecendo os feitos dos bandeirantes para reforçar os “fundadores” do estado.
Esta sexta-feira, é dia de celebrar o espírito bandeirante. Um Estado que tem orgulho de se dizer a “locomotiva do país”, reserva moral, guia econômico, enfim, que acredita piamente que exerce uma liderança natural, quase divina, sobre o restante do Brasil. Faltou só ter combinado com os russos antes, como diria Garrincha.
Há exato um ano, eu havia escrito que um amigo me ligara de Porto Alegre para falar de trabalho. Ao explicar que, aqui em São Paulo, as coisas estavam modorrentas por conta do feriado, pediu para lembrá-lo o que comemorávamos em 9 de julho, uma vez que Sul não desfrutava do mesmo dia livre. Achou graça ao ouvir que era o início da Revolução Constitucionalista de 1932 e prontamente retrucou: “Ah, meu amigo paulista, você quer dizer a Contra-Revolução de 1932, não é?”.
Ele não é getulista, bem pelo contrário, descartando qualquer defesa de seu conterrâneo que chegou ao poder na Revolução/Golpe de 1930, mudando a política do café com leite vigente até então. Mas, ficou claro que ele tem uma visão diferente sobre a guerra que São Paulo empreendeu, menos por uma Constituição e mais para tentar retomar o poder, e fracassou. Quem crê que gaúchos são os únicos a pensar dessa forma está enganado – muitos outros têm um ponto de vista diferente sobre esse capítulo da história nacional. O que é natural, afinal de contas, daqui temos o lado dos “derrotados”.
Criticar a (Contra) Revolução de 1932 é terreno minado por aqui. O processo de mitificação daqueles acontecimentos foi forte ao longo do século 20, forjando um elemento de identidade, reforçado a cada 9 de julho com paradas militares, crianças agitando bandeirinhas pintadas no rosto com o vermelho, o preto e o branco das cores de São Paulo, autoridades emplumadas passando as tropas em revista.
Juscelino Kubitschek também atuou no front da batalha como soldado, e, como médico da Força Pública deMminas Gerais, atendia tants a mineiros como a paulistas
Mostrar que as coisas não foram bem assim gera grandes ressentimentos. Porque as pessoas não entendem como um neto de imigrantes, paulistano com sotaque carregado e que foi estudante da USP pode escrever uma coisa dessas. Os comentários que recebi no ano passado foram ótimos: “Pelo seu título de doutor, eu esperava mais de você” – muitos acham que o acesso ao conhecimento técnico leva à iluminação – e que a iluminação significa concordar com eles… “Quem não está satisfeito, que mude de cidade!” – se você gosta de algo e vê problemas nele, tem duas opções: a) ignora tudo e cria um mundo de fantasia na cabeça; b) critica e atua para construir alternativas. Mas, cuidado ao escolher “b”, pois quem chama para o enfrentamento de idéias e propõe mudança no status quo é taxado como baderneiro. “Nós, paulistas, sempre fomos os bastiões na luta pela democracia deste país” – Onde é que foi mesmo a primeira e grande Marcha da Famíl ia com Deus pela Liberdade?
Eu disse e reafirmo que a esperança de São Paulo é que uma nova geração, liberal em costumes, progressista politicamente, consciente com relação ao meio ambiente e aos direitos sociais e civis, menos arrogante e com uma atuação realmente federalista, consiga emergir com força em meio à decadência quatrocentona, travestida de modernidade ao longo do século 20, que ainda reina por aqui.
Postado por Leonardo Sakamoto em 9 de julho de 2010
ESTES SÃO OS COMENTÁRIOS RECEBIDOS POR SAKAMOTO ATÉ AS 11H12...
MAIS, ENTRE EM http://blogdosakamoto.uol.com.br/
O CARIOQUISMO É MUITO PIOR
parabens voce disse tudo que eu sempre achei e falei pros meus amigos, espero que outras pessoas tenham esta mesma clareza dos fatos, por que acham que tudo que sai na folha ou na tv é verdadeiro e nao descem do trono onde se acham reis e rainhas para ver a verdade das ruas. parabens um artigo fantastico.
Como eu, um típico paulistando mau-humorado… Vai dançar samba e estudar história, ô Sakamoto!!!
Alguém lhe fez críticas negativas?!?!?!?!?!?! Não sou paulista, moro em São Paulo, adoro o estado e… concordo com tudo que escreveu. Visão brilhante, lúcida, clara e impacial. E que não quer dizer que o Estado e o povo daqui sejam ruins.
Parabéns. Você está a caminho de um Prêmio Nobel.. Poucos conseguem distorcer os fatos criando uma auréola de credibilidade como você. Pena que não esteve vivendo na ditadura getulista. Estaríamos agora, aproveitando esse espaço, para lembrar de um certo Sakamoto, perseguido , preso e eliminado por um certo Presidente Getúlio…..
Texto ótimo e claro. Não devemos nos esquecer que a história é escrita pelos vencedores das batalhas, portanto a narrativa sempre vai ser maniqueista. Infelizmente os donos da nossa educação formal e acadêmica não tem interesse em revisar o que foi escrito e colocar as informações sob a luz da imparcialidade, por isto, continuamos com as informações distorcidas da verdade.
“Alguma coisa acontece no meu coração…quando piso na Avenida Paulista”.
São Paulo é SÃO PAULO!!! não se trata de populismo, é HISTÓRIA.
E estamos conversados!
E Viva o 9 de Julho!!!
São Paulo é SÃO PAULO!!! não se trata de populismo, é HISTÓRIA.
E estamos conversados!
E Viva o 9 de Julho!!!
nunca vi tanta besteira juntas. perdi meu tempo e o site perdeu seu espaço. não sei como publicam tanta besteira, ainda mais em um dia tão importante para o estado.
O que dizer quando o simbolo da capital do estado é um monumento escravista? Será que não se nota que a estátua em frente a assembléia legislativa do estado retrata bandeirantes a frente de escravos – negros e indios – que empurram a barca? Bem ao lado do monumento aos combatentes de 1932.
- Você esqueceu que existe patrão e empregado? Que existe quem paga e quem recebe?
O que faz sua doméstica (que você paga) ? Porque vc não faz o serviço dela?
Assim acaba o mascarado escravismo doméstico, não é mesmo?
Deixa de ser falso e para com essas besteiras…
Leonardo,
Historicamente, seus argumentos são cristalinos e verdadeiros.
Só quero lembrar que hoje ocorre uma “desforra” do resto do país em relação à São Paulo: o voto de um paulista para eleger um representante em Brasília vale proporcionalmente menos do que o de qualquer outro brasileiro e os investimentos per capta do Governo Federal em S. Paulo são menores do que em quase todos os outros estados (não só durante o Governo Lula).
Abraços,
Mauro
Aí Japa fedido, e seus parentes que matam milhares de baleias e golfinhos. Povo nojento. Viva Hiroshima e Nagazaki. Deveriam ter sido muitas outras.
- Sr. Marcelo….se sua cultura esta no mesmo nivel de sua educação …seria bom o Sr. ficar quieto e guardar sua grosseria para si mesmo. O Sr. sabe que crime de racismo dá cadeia? pois é….pessoas irracionais e racistas merecem ir para a cadeia.
Ainda bem que em SP não existam só pessoas grosseiras como o Sr.
Pobre USP… Diplomando analfabetos….
Concordo com seu post, adorei o texto, mas usar o gaucho como exemplo foi pessimo. Sou paulista morando no RS a dois anos, aqui o dia do gaucho eh 20 de setembro (revolucao farroupilha), na maioria das cidades gauchas em desfile e nestes desfiles sempre aparece um carro com um animal (de verdade) morto sendo “carneado”. Bem a explicacao para a “cara de enterro” do povo no desfile e para o animal carneado eh a seguinte: estamos representando a guerra e como eram aqueles tempos. Depois de viver aqui descobri que hospitaleiro, gentil, bonito educado talvez seja o gaucho de Porto alegre e da Serra, pq o resto do estado eh quase um lugar esquecido por deus.
Que saudade de Sao Paulo.
Que saudade de Sao Paulo.
[...] This post was mentioned on Twitter by Willians Santos and Marcos Brandão. Marcos Brandão said: Artigo consciente sobre o 9jul/SP. RT @blogdosakamoto Neste 9 de julho,São Paulo deveria lutar contra o "paulistanismo": http://is.gd/dlm4U [...]
Sakamoto seguindo sua lógica dos bandeirantes, é a mesma coisa acontece aqui no nordeste, as pessoas tem Lampião como um herói, um libertador da tirania do estado, mesmo que ele por onde passou,pintou barbaridades.
Daqui alguns anos, vamos ter camisetas com estampas de Fernandinho beira-mar.
Daqui alguns anos, vamos ter camisetas com estampas de Fernandinho beira-mar.
São Paulo não é e nem representa o país.
Sabe, o que revolta em São Paulo ou devia revoltar a classe média brasileira ( B e C). É que você trabalha, estuda, não tem tempo para fazer passeatas com sindicalistas pelegos petistas, para ficar sambando o ano todo como certas regiões (sem preconceito mas está errado este comportamento), você entra na USP sem cotas, por capacidade, passa num concurso público sem INDICAÇÕES políticas e o filho do nosso presidente ganha em menos de 2 anos de governo LULA o que nossos filhos que estudaram no Colégio Bandeirantes e outros do mesmo gabarito nunca vão ganhar durante os 40 anos de trabalho.Será porque a gente lê os jornais e toma conhecimento de todos ss escândalos e r o u b alheira dos coronéis do Maranhão, Amapá, Alagoas, São Paulo do tempo ademarista, malufista e Pitta, do Pará de Jader Barbalho e outros que recebemos a pecha de arrogantes.
- Myrna, é isso mesmo! Gostei.
Meu abraço.
Aqui em Minas temos a mesma impressão dos paulistas. Até parece que são melhores dos nós outros. Gauchos, Mineiros, Cariocas ou Paulistas deveriam entender de uma vez por todas que somos todos Brasileiros e que temos as mesmas virtudes e defeitos, nossas particularidades deveriam ser apenas algo que nos diferencia, criando a divercidade que fortalece a todos. Moro em Uberlândia, triangulo mineiro, mas tem características de São Paulo e de Goiás, por aqui passaram os bandeirantes, mas não deixaram nenhum legado ou saudade. Fico mais feliz em viver no tempo em que um presidente pernambucano que foi operário em São Paulo, faz sucesso em todo o pais, isso é Brasil de verdade.
Se perguntar ao “DR” o significado de MMDC com certeza nao sabera responde lo. Lastimavel que o cidadao dê aulas. Um desserviço a Naçao.
a distorção dos fatos é um fator de heredetariedade, sua mãe distorceu os fatos quando pensou que estivesse gerando uma pessoa de bom senso e carater, mas infelismente veio voce, voce é uma pistolera que da tiro para todos os lados sem nunca sequer ter participado da nossa historia, a de são paulo é muito séria e historica para ser comentada por voce…………….
Sakamoto, leio muito pouco seu blog, mas neste post, em específico, concordo plenamente c/ vc. Minha avó, morava em Areias, divisa c/ o RJ qdo estourou a revolução. Ela sempre contou histórias à respeito e um dia sentei c/ ela e resolví ir à fundo. P/ meu espanto, a fazenda de meu bisavô foi invadida e pilhada pelas tropas Paulistas. Expulsos de sua casa, indo em direção a lugar nenhum, um “cumpadre” de meu bisavô, recrutado na marra pelas tropas de SP, disse mais tarde que na fuga da família, qdo eles estavam numa parte mais baixa do vale, o oficial deu ordem de atirar neles p/ treinamento de tiro. Graças à Deus, ninguém se feriu pq a tropa foi iluminada e acabaram por atirar ao alto, enganando ao seu comandante. Minha avó e toda sua família foram recebidos mais tarde carinhosamente pelos Cariocas, que lhes deram abrigo e comida até que a coisa esfriasse.
Não havia nada de nobre nesta “Revolução” e sim interesses egoístas pela perda do poder por parte dos donos de fazendas no estado e que usaram de desculpa o enfrentamento e morte de alguns estudantes que manifestaram contrário ao golpe de Getúlio na época. “A história é escrita pelos vencedores”, dizia um professor de história, “mas tbm é desvirtuada pelos perdedores ?”, eu me pergunto.
Não havia nada de nobre nesta “Revolução” e sim interesses egoístas pela perda do poder por parte dos donos de fazendas no estado e que usaram de desculpa o enfrentamento e morte de alguns estudantes que manifestaram contrário ao golpe de Getúlio na época. “A história é escrita pelos vencedores”, dizia um professor de história, “mas tbm é desvirtuada pelos perdedores ?”, eu me pergunto.
Eu sou paulista, não paulistano, e como você descendentes de imigrantes que pro Brasil vieram reconstruir suas vidas. Eu concordo com seus argumentos até o ponto em que não há generalizações. É preciso tomar cuidado pra não taxar o Paulista(no) que no final das contas não existe. O que ainda existe é uma parcela destes quatrocentões caçadores de índios que defendem os argumentos atacados por voce. Mas acho que de modo geral somos todos uma grande mistura de idéias, conceitos e que com um pouco de pensamento crítico iremos longe. Não como estado, mas como parte de algo maior.
Caro Sakamoo:
Paulista atualmente em Salvador, soh recentemente descobri a profundidade do “2 de Julho” e anteriores (como 25 de Junho em Cachoeira).
Cada região tem seu motivo de orgulho. O país inteiro admira São Paulo, mas tem suas convicções regionais. Acredito que qualquer consenso nacional fica dificultado de novo pelas dimensões territoriais.`Parabéns pela atualidade e história do post.
- Lamentável a sua visão e falta de
respeito pelo passado, o qual
garantiu muitos benefícios do
presente. Seu texto e digno de
um servo lulo petista regado a
alergia a verdade e a vontade de
reescrever a história de acordo
as vontades presentes.
Enfim alguém que pensa como brasileiro. Parabéns pelo seu texto.
…Renato Russo, da Legião Urbana, já havia feito referência em sua música sobre o nosso “passado de absurdos gloriosos”, no qual a(contra) Revolução se enquadra perfeitamente. Quanto a escolha dos bandeirantes como heróis não devemos esquecer que o país foi colonizado por ladrões, estupradores de indias e tudo quanto é tipo e espécie de oportunistas, malfeitores e parasitas, que não poderiam deixar uma herança cultural diferente dessa que aí está.
Sei que o tema aqui é São Paulo, por causa do 9 de julho. Mas esse seu discurso se encaixa a todo os estados brasileiros. Temos os “coronéis” no nordeste, os “fazendeiros” do norte (independentemente de serem fazendeiros de outros estados, se compram e desmatam por lá, tem o “aval” dos governos locais), os pecuaristas no centro-oeste, os “europeus civilizados” do sul, cada qual com suas “revoluções”, seus “heróis”. Não são apenas os paulistas que precisam mudar… os brasileiros precisam, urgentemente.
Caro Sakamoto, você relatou com um olhar crítico e imparcial a Rev. de Constitucionalista de 32. Agora ao dizer que “…a esperança de São Paulo é que uma nova geração, liberal em costumes, progressista politicamente, consciente com relação ao meio ambiente e aos direitos sociais e civis, menos arrogante e com uma atuação realmente federalista”. é um desrespeito ao nosso Estado. O que você diria do sentimento sulista, parafraseando você “gauchismo”? É comum encontrar nos automóveis em Porto Alegre bandeiras do Estado. Ou você desconhece que no RS existe no dia 20 de setembro o feriado da Revolução Farroupilha. E que recentemente esta em tramitação em uma das muitas comissões da Câmara Federal uma proposta para dividir o Estado do Pará em 3.
Vale lembrar que eles, RS e SC em menor escala o PR, tiveram um “Q” de separação no governo do então Presidente Itamar Franco. Concordo que nos dias de hoje não há espaço para uma divisão da União pois o Brasil foi unido ao de sua história, por paulistas, gaúchos, cariocas, amazonenses, baianos, etc.
Não foi uma crítica ao seu post mas tentei mostrar que nesse imenso Brasil existem inúmeros exemplos de “paulistanismo”.
Vale lembrar que eles, RS e SC em menor escala o PR, tiveram um “Q” de separação no governo do então Presidente Itamar Franco. Concordo que nos dias de hoje não há espaço para uma divisão da União pois o Brasil foi unido ao de sua história, por paulistas, gaúchos, cariocas, amazonenses, baianos, etc.
Não foi uma crítica ao seu post mas tentei mostrar que nesse imenso Brasil existem inúmeros exemplos de “paulistanismo”.
Caro amigo, o título me chamou a atenção e não poderia deixar de ler o artigo porque sou um paulista nato, e paulista nato sente no coração e na alma o que é ser paulista. Concordo que temos um sentimento “patriota” pelo estado como se o estado fosse uma nação. Quem sabe um dia, a historia tome um outro rumo e isto realmente aconteça. Acharia ótimo. O povo norte-americano é o povo mais patriota do mundo. Acho maravilhoso isso. Mas o norte-americano tem do que se orgulhar e é um país unido. Talvez falte isto para nós paulista… ver um futuro, uma união, uma força na federação como um todo. Por isso, suprimos essa falta de patriotismo das demais regiões do país com um todo (e não partes), tendo um sentimento patriota por São Paulo, onde achamos que ainda, poderemos ter um futuro… quem sabe um dia nos tornemos um país independente. PS: concordo com seu direito de dizer o que pensa e acho que tudo que escreveu é verdadeiro, acontece na prática mesmo. Porém, me defendo desta forma, apontando que temos esse sentimento por não vermos no restante do país algo que possamos confiar e lutar…
Muitas idéias que nos são introduzidas pela “história” não representam fielmente a realidade dos fatos. O Estado de São Paulo possui muitos problemas, mas não há como negar que é um dos melhores Estados para se viver. Falo como paulista que mora em Mato Grosso do Sul… este Estado em que resido é de “sentar e chorar”. Não existe pensamento ambiental, como muitos se iludem ao achar. Querem é desenvolvimento a todo custo. A cidade de Três Lagoas (4ª Cidade do Estado, com quase 100 mil habitantes) é um exemplo do desrespeito a todos os direitos que existem! Orgulham-se por ser a cidade apelidada de “nova São Paulo”! São inúmeras indústrias que são instaladas devido a isenção fiscal, trabalhadores vindos de todos os Estados do Brasil, e mesmo assim, nem existe asfalto em toda cidade! Até 1 ano atrás ruas perto do centro da cidade eram de terra! Um absurdo! Saneamento básico aqui também é luxo! Redes de esgoto estão sendo implantadas agora, pois estão – FINALMENTE – desistindo de usar fossas! O único aterro sanitário do Estado todo, construído com o amparo da legislação ambiental é daqui… pasmem, O ÚNICO DO ESTADO! A população não respeita qualquer lei de trânsito, ciclistas invadem as ruas sem qualquer respeito para com os motoristas, e o inverso também! É mais fácil dirigir na cidade de São Paulo do que em Três Lagoas… é deprimente. Educação da população é outro ítem que é ignorado! Atendentes lhe tratam como se você fosse um cachorro que está “enchendo o saco” ao entrar na loja… chegando ao absurdo de você ter que pedir para ser atendido. Os educados deste Estado que me perdoem, mas infelizmente, em 2 anos de residência aqui, nunca os encontrei!
Apesar de todos os pesares de São Paulo, não o trocaria por outro, jamais.
Apesar de todos os pesares de São Paulo, não o trocaria por outro, jamais.
Voc^e n~ao sabe o que ‘e bairrismo at’e morar em MG.
impressionante vc falar dos gaúchos esses caras vivem querendo separar o rio grande do sul do resto do país e vc vem falar que os paulistas é que se sentem superiores… não vou lhe dar porrada porque vc disse que gosta de apanhar então não vou lhe satisfazer, mas acho que como vc ainda é jovem e tem muito o que aprender, com o tempo saberá a verdadeira história do Getulio Vargas, o assassino. Se a maioria dos brasileiros entendesse um pouco da verdadeira história da revolução de 32 não colocariam o nome deste facínora em nenhuma rua, ponte, avenida, etc….
sakamoto vai prá pqp seu fp esperto, com essas polêmicas vc vai ganhando dinheiro escrevendo besteiras e a folha te pagando prá isso vc não está sozinho nesse meio,nem leio mais jornal é tanta besteira que vcs ganham prá escrever, e os jornais televisionados então, além das besteiras que falam ainda temos de ver as “caras e bocas de assombro” é mole? só leio o macaco simão, que tira sarro de todos os brasileiros, paulistas e não paulistas, todos f…nesta terra de ninguém, vivendo com salário de fome, enquanto outros como vc ganham dinheiro fazendo “antijornalismo” vai a m…. tomá no c…. sem vaselina e com areia.
E a casa do bandeirantes, ao lado da USP…
Um manifesto asqueroso, contra a “imposição cultural nordestina”. mas, hein???
Abs
POR CAUSA DE UMA ANTA COMO VOCE É QUE TEMOS UMA MUMA NA PRESIDENCIA
Olá, Sakamoto. Excelente artigo. Parabéns, você disse tudo! Eu sou casado com uma paulista e a gente já discutiu muito sobre o assunto que você trata no seu artigo. O problema é que as pessoas não aceitam a verdade preferem se iludir.
Criou-se um costume entre doutores e pessoas de outros estados de querer fazer o paulista sentir vergonha de seu estado, de suas conquistas e de si próprio. Parece errado ter orgulho de ser paulista, como se fosse algo para se esconder.
Ao mesmo tempo, são essas pessoas que empurram para nós o dever de apreciar a bela cultura baiana, a beleza natural do Rio de Janeiro, a imponência das tradições gaúchas, a rica história de Minas Gerais…todos estados com suas sujeiras no passado e no presente, mas que ainda assim escapam do rigoroso filtro do dono deste blog e seus semelhantes.
Sinto muito: tenho extremo orgulho do meu estado, de ser paulistano e de ter um avô que lutou em 1932. Não vou sentir vergonha deste lugar jamais, por mais que queiram me impor isso.
POR CAUSA DE UMA ANTA COMO VOCE É QUE TEMOS UMA MUlA NA PRESIDENCIA
1 – as pessoas acham os Bandeirantes heróis por culpa do sistema de ensino que diz isso até hoje, e em TODO o País. Não culpe as pessoas.
Escreva aqui no seu blog sobre as mitificações que acontecem com VÁRIOS capítulos da História do Brasil (Tiradentes vem rápido à mente);
2 – experimente falar mal da Revolução pras famílias que tiveram parentes que lutaram nela e morrreram ou mesmo voltaram pra casa. Ouça as histórias que eu já ouvi. Aí pense um pouco
3 – você acha mesmo que não tem sentido o paulista UM DIA do ano sentir orgulho do estado onde nasceu e mora? UM DIA?? Porque nos outros dias te garanto que 99% nem fica com a cabeça nisso. Alguém aí põe a bandeira de SP na porta? Alguém aqui é um ufanista por SP? NUNCA vi ninguém assim na vida!
4 – Acho seu texto exagerado, acho que você dedica pelo visto muito tempo da sua vida a criticar em sua mente algo tão desimportante quanto esse assunto e acho que, para alguém que tem um blog bastante lido como esse, talvezvocê devesse usá-lo para algo que contribua mais à sociedade (e que seja mais plausível e possível de ssr modificado, mais do que o jeito que milhões de pessoas pensam), como p. ex., o sistema educacional que perpetua mitos ao invés de fatos históricos. Que tal?
Porque, se você fala simplesmente algo que vcê acha, se você simplesmente vem e “desabafa” no seu blog (ainda que com a falsa esperança de mudar o pensamento de milhões com um texto), sempre fica vulnerável àquela resposta: “Ah, essa é sua opinião? Pois ninguém perguntou.”
Escreva aqui no seu blog sobre as mitificações que acontecem com VÁRIOS capítulos da História do Brasil (Tiradentes vem rápido à mente);
2 – experimente falar mal da Revolução pras famílias que tiveram parentes que lutaram nela e morrreram ou mesmo voltaram pra casa. Ouça as histórias que eu já ouvi. Aí pense um pouco
3 – você acha mesmo que não tem sentido o paulista UM DIA do ano sentir orgulho do estado onde nasceu e mora? UM DIA?? Porque nos outros dias te garanto que 99% nem fica com a cabeça nisso. Alguém aí põe a bandeira de SP na porta? Alguém aqui é um ufanista por SP? NUNCA vi ninguém assim na vida!
4 – Acho seu texto exagerado, acho que você dedica pelo visto muito tempo da sua vida a criticar em sua mente algo tão desimportante quanto esse assunto e acho que, para alguém que tem um blog bastante lido como esse, talvezvocê devesse usá-lo para algo que contribua mais à sociedade (e que seja mais plausível e possível de ssr modificado, mais do que o jeito que milhões de pessoas pensam), como p. ex., o sistema educacional que perpetua mitos ao invés de fatos históricos. Que tal?
Porque, se você fala simplesmente algo que vcê acha, se você simplesmente vem e “desabafa” no seu blog (ainda que com a falsa esperança de mudar o pensamento de milhões com um texto), sempre fica vulnerável àquela resposta: “Ah, essa é sua opinião? Pois ninguém perguntou.”
Sou professor de História, há 18 anos. Concordo e assino em baixo de tudo que está escrito nesse artigo. Os comentários ofensivos que alguns ignorantes postam aqui mostram, claramente, o racismo existente na elite paulista e o seu caráter conservador e mentiroso. Não é distorcendo os fatos da História como lemos nos antigos livros (isso mesmo já estão revistos há duas décadas) sobre bandeirantes; simples caçadores de escravos que atacavam aldeias indígenas e missões jesuíticas massacrando mulheres e crianças; e muito menos mentindo e manipulando os fatos e a História da contra revolução de 32 (que, na verdade, retardou a convocação da constituinte) que vamos melhorar o Brasil. Vou usar o seu artigo em minhas aulas.
Parabéns!
Parabéns!
- Desculpas, meu caro, Você quer falar de Bandeirantes ou de 9 de julho?
Peço licença para lembrar que nenhum fato histórico pode ser analisado ou siquer comentado sem uma visão maior da época em que ocorreram – costumes, práticas, cultura, enfim.
O comportamento social se altera (sempre para melhor, ainda que não pareça)
e, sob um ohar contemporâneo, tudo o que é antigo, ou anterior, nos parece errado ou mesmo bárbaro…
Fatos que se resolveram com forca, esquartejamento, fuzilamento (aceitos com naturalidade à época pois era a praxis) – para não falar em crucificação e lapidação há pouco mais de 2.000 anos – hoje são tratados com julgamentos, advogados, ampla defesa, prisão temporária com assist medica, diversões, encontros conjugais, telefonia celular, visitação , etc.
Veja quanta coisa mudou , caro colega, fazendo referência a uma mínima fração de apenas um aspecto histórico-social dentro de milhares. Não vamos abordar aspectos médicos, de pesquisa, de militarismo, de religiões, etc etc etc…
Permito-me lembrar que sempre houve castas (leia-se classes) sociais , cada qual com seus usos e costumes, dentro da mesma sociedade. dentro de uma época.
Ocorre aqui também em S.Paulo (Quatrocentão sim senhor!)
Saka, porque você escolheu a USP, a PUC-SP e a UOL? Se pensa assim, melhor seria trabalhar na República das Alagou-as, não acha? Lá tá cheio de gente andando de jet ski e com um sorriso no rosto até de 9 de julho de 2032.
Sakamoto, acho realmente arrogante a maneira como vc decidiu o que de fato aconteceu a época dos bandeirantes; “desprezíveis” e não se fala mais nisso.
Vc adora criar monstrinhos como “Criticar a (Contra) Revolução de 1932 é terreno minado por aqui.” Infelizmente a maioria arrebatadora não tem a mais vaga idéia do que foi Revolução de 1932 nem para ser contra nem a a favor. O pessoal sabe que é feriado e ponto
Fora que dados como “vale lembrar que boa parte dos fazendeiros flagrados com trabalho escravo nos dias de hoje em Estados como o Pará são paulistas que “compraram” terras por lá.”
Boa parte quantos por cento, por favor cite a fonte.
Vc adora criar monstrinhos como “Criticar a (Contra) Revolução de 1932 é terreno minado por aqui.” Infelizmente a maioria arrebatadora não tem a mais vaga idéia do que foi Revolução de 1932 nem para ser contra nem a a favor. O pessoal sabe que é feriado e ponto
Fora que dados como “vale lembrar que boa parte dos fazendeiros flagrados com trabalho escravo nos dias de hoje em Estados como o Pará são paulistas que “compraram” terras por lá.”
Boa parte quantos por cento, por favor cite a fonte.
Bom Sakamoto a intenção foi boa mas acho que pela vontade de criar polêmica, o texto saiu perdendo.
abraços Luiz
Caro Sakamoto,
acredito no seu seu direito de divulgar sua opinião, e de muitos outros o seguirem. Apenas não acho que radicalismos sejam benéficos (de nenhuma das partes da discussão).
acredito no seu seu direito de divulgar sua opinião, e de muitos outros o seguirem. Apenas não acho que radicalismos sejam benéficos (de nenhuma das partes da discussão).
Sou paulista, estudei em uma universidade pública paulista e (mais uma vez) sem ser radical, acho quase inevitável que em nosso país, tão grande e tão diferente culturalmente, não existam ufanismos regionais. Isso não acontece só em SP, mas em muitos outros estados da Federação.
No caso especial de SP, um estado que ainda tem muitas deficiências, mas que produz aproximadamente 32% do PIB (do país inteiro), que tem algumas das melhores universidades do país, a maior máquina administrativa, a maior corte judicial recursal do mundo (Tribunal de Justiça de SP, com suas centenas de desembargadores), a cidade com o (ainda) maior porto do Brasil, estado com maior número de academias militares das Forças Armadas, a maior cidade do Brasil, entre outras peculiaridades, acho que há alguns motivos para os paulistas se orgulharem de seu estado no dia de hoje.
Se a história paulista não lhe parece bonita, devemos concordar que o Brasil não tem uma história das mais belas, e a história paulista não deve ser vista apenas como a história isolada deste estado. Se fose assim, deveríamos lembrar que, se hoje o Brasil é a 8a economia do mundo, o estado de SP tem sua participação. Sem ele o Brasil seria 14a. economia do mundo, e só o estado de SP seria a 18a.
Desta forma, feliz 9 de julho a todos, e não apenas aos paulistas.
Concordo contigo. O problema é que ensinam essas bobagens nas escolas. Os politicos vendem esse lance de SP ser locomotiva e o povo “abraça”. Conheço gente que nem é paulista e repete essa baboseira. Sou paulistano e gosto muito de morar aqui. Mas antes de mais nada sou Brasileiro e gostaria de ver o meu pais inteiro melhor. não só São Paulo.
Abraço
Abraço
Olá, Seu Sakamoto
Excelente seu post. Com muito menos categoria e conhecimento de causa, também fico de saco cheio dessa pataquada “constitucionalista”, “locomotiva do país” e demais boçalidades. Até parece que somos heróis contemporâneos num país tribal, essa estória é tão simplória que dói.
Você faria a gentileza de indicar alguma obra que me ajude a ficar menos ignorante no assunto? Para que meu mal-estar de morar à beira da Anhangüera pelo menos tenha alguma substância. Porque para saber que esses caras foram facínoras, não é preciso muito conhecimento, algum desconfiômetro basta. Se puder me indicar alguma direção, agradeço. Um abraço cordial nesse feriado ensolarado,
Marcos
Excelente seu post. Com muito menos categoria e conhecimento de causa, também fico de saco cheio dessa pataquada “constitucionalista”, “locomotiva do país” e demais boçalidades. Até parece que somos heróis contemporâneos num país tribal, essa estória é tão simplória que dói.
Você faria a gentileza de indicar alguma obra que me ajude a ficar menos ignorante no assunto? Para que meu mal-estar de morar à beira da Anhangüera pelo menos tenha alguma substância. Porque para saber que esses caras foram facínoras, não é preciso muito conhecimento, algum desconfiômetro basta. Se puder me indicar alguma direção, agradeço. Um abraço cordial nesse feriado ensolarado,
Marcos
Sakamoto, gosto da lucidez do seu texto. Parabéns!
O que dizer dessas Minas Gerais, terra de Tiradentes mas também de ruralistas atrasados (pleonasmo?), reflorestadoras devastadoras do Cerrado, Magalhães Pinto, TFM, TFP, Opus Dei, Mourão Filho, Tancredo, Aecinhos e Anastasias????, pra falar somente nessas pragas…
Ó, tristes tempos…
O que dizer dessas Minas Gerais, terra de Tiradentes mas também de ruralistas atrasados (pleonasmo?), reflorestadoras devastadoras do Cerrado, Magalhães Pinto, TFM, TFP, Opus Dei, Mourão Filho, Tancredo, Aecinhos e Anastasias????, pra falar somente nessas pragas…
Ó, tristes tempos…
ZÉ SAKAMOTO PARABENS. VC JA CONSEGUIU SEUS MINUTOS DE FAMA.
VOLTA PRA SALA DE AULA, SE É QUE VC ESTEVE EM ALGUMA.
APROVEITA O FERIADO E VAI FUMAR MAIS UM ZINHO, QUEM SABE SUA CABECINHA FUNCIONA MELHOR COM A FUMACINHA DO CAPETA QUE VC TANTO GOSTA.
VIVA 9 DE JULHO, VIVA O POVO DE SAO PAULO QUE TANTO TRABALHA E VIVA TODOS OS BRASILEIROS QUE LUTAM PELA LIBERDADE PLENA NESTE PAIS, MESMO QUE COM ISSO TENHAMOS QUE NOS DEPARAR COM INUTEIS E DESPRESIVEIS COMO VC.
VOLTA PRA SALA DE AULA, SE É QUE VC ESTEVE EM ALGUMA.
APROVEITA O FERIADO E VAI FUMAR MAIS UM ZINHO, QUEM SABE SUA CABECINHA FUNCIONA MELHOR COM A FUMACINHA DO CAPETA QUE VC TANTO GOSTA.
VIVA 9 DE JULHO, VIVA O POVO DE SAO PAULO QUE TANTO TRABALHA E VIVA TODOS OS BRASILEIROS QUE LUTAM PELA LIBERDADE PLENA NESTE PAIS, MESMO QUE COM ISSO TENHAMOS QUE NOS DEPARAR COM INUTEIS E DESPRESIVEIS COMO VC.
V A I T R A B A L H A R V A G A B U N D O.
Parabéns pelo blog e pelo post.
Desde já aviso que sou “paulistana da gema” e atualmente tenho esta porçao muito aflorada e sensível em mim: moro em Barcelona e já há quase um ano nao piso na minha querida selva de pedra. Distanciar-me dela foi uma decisao pessoal, e só com essa distância percebi o quanto SP é importante pra mim. Feia, cruel e caótica, o bom e o ruim dela fazem parte de quem sou. Nestes tempos fora, percebi que cada cultura e cada povo tem suas próprias polêmicas internas: isso pra mim fez verdade aquela máxima de “se você conhecer os problemas dos outros, vai querer os seus de volta”. Concordo que essa postura média e arrogante existe em Sao Paulo – e quem é daí, eu incluída, precisa se conscientizar e ver que o Brasil nao é Sao Paulo, e que a gente nao é melhor do que ninguém (se algum dia fomos carro chefe da naçao, acho que já nao nos cabe o título). Da mesma forma, acho que nossa cidade tem seus méritos e o 9 de julho precisa, sim, ser celebrado, nao como uma vitória ou exaltaçao da paulistanidade, mas como uma data importante da nossa história. O feio, para mim, é escudar-se atrás de radicalismos e criticismos exacerbados, tanto a favor como contra. Especialmente se junto vem a falta de respeito (assustei-me em ler alguns dos comentários).
Sao Paulo, com seus prós e muitos contras: respeito e amo essa cidade simplesmente por ser parte de quem sou.
Desde já aviso que sou “paulistana da gema” e atualmente tenho esta porçao muito aflorada e sensível em mim: moro em Barcelona e já há quase um ano nao piso na minha querida selva de pedra. Distanciar-me dela foi uma decisao pessoal, e só com essa distância percebi o quanto SP é importante pra mim. Feia, cruel e caótica, o bom e o ruim dela fazem parte de quem sou. Nestes tempos fora, percebi que cada cultura e cada povo tem suas próprias polêmicas internas: isso pra mim fez verdade aquela máxima de “se você conhecer os problemas dos outros, vai querer os seus de volta”. Concordo que essa postura média e arrogante existe em Sao Paulo – e quem é daí, eu incluída, precisa se conscientizar e ver que o Brasil nao é Sao Paulo, e que a gente nao é melhor do que ninguém (se algum dia fomos carro chefe da naçao, acho que já nao nos cabe o título). Da mesma forma, acho que nossa cidade tem seus méritos e o 9 de julho precisa, sim, ser celebrado, nao como uma vitória ou exaltaçao da paulistanidade, mas como uma data importante da nossa história. O feio, para mim, é escudar-se atrás de radicalismos e criticismos exacerbados, tanto a favor como contra. Especialmente se junto vem a falta de respeito (assustei-me em ler alguns dos comentários).
Sao Paulo, com seus prós e muitos contras: respeito e amo essa cidade simplesmente por ser parte de quem sou.
Caro Sr. Sakamoto.
Sou paulistano, nascido na travessa Vicente Praso no Bixiga. Adoro minha cidade porque ela recebe brasileiros de todas as partes, assim como estrangeiros de diferentes partes do mundo, como é o caso de seus ancestrasi, assim como, dos meus.
O Sr. tem razão quando levanta essas questõs, mas devo lembrar que essas pessoas são minoria, embora com acesso aos meios de comunicação e assim fazer parecer que são maioria. Quero lembrar que em São Paulo nasceu a CUT que organizou trabalhadores de todo o País na perspectiva de um projeto nacional. Da mesma forma, goste-se ou não, em São Paul nasceu o Partido dos Trabalhadores que organizou-se em todo o País e foi o governo do PT que e do Presidente Lula que investiu no norte , no nordeste e no centroeste. gerando em prego e renda em todas essas regiões, valorizando seu povo. Aliás, o Presidente Lula tem suas origens no nordeste e migrou em pau-de-arara para São Paulo. Pode-se dizer que sua geração que inclui inúmeros migrantes como ele trouxeram para São Paulo uma nova maneira de se enxergar o País e também o mundo.
A burguesia paulista, essa sim, não consegue enxergar além de seu próprio umbigo. Isto vale para a burguesia de qualquer estado brasileiro.
Sou paulistano, nascido na travessa Vicente Praso no Bixiga. Adoro minha cidade porque ela recebe brasileiros de todas as partes, assim como estrangeiros de diferentes partes do mundo, como é o caso de seus ancestrasi, assim como, dos meus.
O Sr. tem razão quando levanta essas questõs, mas devo lembrar que essas pessoas são minoria, embora com acesso aos meios de comunicação e assim fazer parecer que são maioria. Quero lembrar que em São Paulo nasceu a CUT que organizou trabalhadores de todo o País na perspectiva de um projeto nacional. Da mesma forma, goste-se ou não, em São Paul nasceu o Partido dos Trabalhadores que organizou-se em todo o País e foi o governo do PT que e do Presidente Lula que investiu no norte , no nordeste e no centroeste. gerando em prego e renda em todas essas regiões, valorizando seu povo. Aliás, o Presidente Lula tem suas origens no nordeste e migrou em pau-de-arara para São Paulo. Pode-se dizer que sua geração que inclui inúmeros migrantes como ele trouxeram para São Paulo uma nova maneira de se enxergar o País e também o mundo.
A burguesia paulista, essa sim, não consegue enxergar além de seu próprio umbigo. Isto vale para a burguesia de qualquer estado brasileiro.
Acabei de ler seu “magnífico tratado”. Com licença: Vou vomitar.
Os comentários preconceituosos, racistas e ofensivos ao seu artigo acabam por confirmar boa parte do que você escreveu. Parabéns pelo texto, mas o bairrismo não é exclusividade dos paulistas.
Não há um único estado brasileiro que não tenha sua história irreal, equivocadamente heróica como símbolo local. Citar o R.G.do Sul é até curioso em razão das inúmeras datas históricas fundamentadas no heroismo gaúcho. Há um certo exagero na nossa paulistanidade, um orgulho soberbo e até compreensível, mas, ao que parece, você não conhece a Bahia, o Rio de Janeiro, o Rio Grande do Sul, Minas Gerais. Claro que a história dos bandeirantes e da revolução constitucionalista foi fundamentada em interesses econômicos da época, mas são esses fatos que chamamos Historia, que criam um estado e uma sociedade. Bem ou mal, somos este estado, com virtudes e defeitos, que desconhece os detalhes históricos como, aliás, todo o Brasil desconhece sua própria história, recheada de equívocos e informações distorcidas. Mas isso não nos faz piores e nem melhores.Sobre os problemas que vc cita, qual o estado brasileiro que não os tem? Proporcionalmente S.Paulo, possivelmente é o menos problemático.
De fato os bandeirantes foram bandidos da pior espécie, no entanto, recorrendo-se do clássico adágio “os fins justificam-se os meios”, está justificado que os bandeirantes foram os heróis dessa nação chamada São Paulo (Estado e não somente cidade). O mesmo acontece da região nordeste com o cangaceiro Lampião e seu bando. Realmente somos conduzidos a acreditar que a inversão de valores morais e outros, é um fenômeno natural. Outra coisa, o brasileiro é bairrista, sem patriotismo (exceto na copa do mundo) e por estas e outras razões adora criticar seus irmãos brasileiros dos outros Estados da República, é o que acontece frequentemente com os nordestinos, gaúchos, cariocas e mineiros, cada um com um esteriótipo pejorativo. Embora muita gente goste de criticar os paulistas, todos concordam que o Estado de São Paulo é o Estado mais desenvolvido da nação, mesmo tendo os bandeirantes como heróis. Tenho orgulho de ser paulista, descedente de italianos, e viva o dia 9 de julho! NASCIDO DA BRAVURA DOS PAULISTAS.
O Getulio era super legal, pergunta pro pessoal do PCdB e da ALN.
vai sakamoto acorda campeao e para de falar bobagem.
criancinhas com bandeirinha no desfile, por favor tem 20 velhinhos de fralda.
- digo ANL
Oi insignificante, já passou seu porre? Experimenta ganhar dinheiro ou fazer a melhor faculdade do País fora de S.Paulo…Sabia que foram necessários vários Estados se unirem ( inclusive um aqui bem perto virar a casaca e nos trair ) pra vencer S.Paulo nesse tempo que Vc pretende que esqueçamos?
Esquecer paulistanismo para que? Me surpreende e me aborrece que um descendente de um povo tão respeitador, tão educado, tão preso a tradições como o povo japonês (lembre-se, ao menos, das comemorações das tradições japonesas na Liberdade) tenha produzido um verme que prega “esquecimento de paulistanismo” . Afinal, quem é Você , seu moleque, na ordem das coisas… Só mesmo São Paulo com sua TRADICIONAL hospitalidade deixa vc continuar aqui cuspindo no prato que come…
Esquecer paulistanismo para que? Me surpreende e me aborrece que um descendente de um povo tão respeitador, tão educado, tão preso a tradições como o povo japonês (lembre-se, ao menos, das comemorações das tradições japonesas na Liberdade) tenha produzido um verme que prega “esquecimento de paulistanismo” . Afinal, quem é Você , seu moleque, na ordem das coisas… Só mesmo São Paulo com sua TRADICIONAL hospitalidade deixa vc continuar aqui cuspindo no prato que come…
Todo país tem coisa do passado para se “envergonhar”. Uma bobagem essa coluna.
Caro Sakamoto, concordo com seu texto e sinto que esta é uma realidade que afeta o estado Paulista. Sou mineiro, mas tenho grande admiração por são paulo. Acho as minas paulistas muito mais interessantes que as mineiras (exceto, as atleticanas. rs). Admiro a diversidade que a cidade e o estado adotaram. Mas é realmente impactante a re-releitura que as pessoas ainda tem dos bandeirantes. Mas mais revoltante é ver como não suportam que a estória criada da revolução de 32 não possa ser debatida e observada por outros olhares.
São Paulo teme o resto do país. Nós somos o povo a espreita para retirar proveito de São Paulo. Somos, o restante do país, os afegãos dos americanos. Os sem história, os destituídos de perspectivas próprias, os alijados do progresso e aproveitadores do progresso promovido pela locomotiva.
Comparar o sentimento sulista (gauchismo, como disseram alguns) com a ideia bandeirante paulista é rasteiro e sem propósito. Os gauchos (lembrem-se: uma minoria de gauchos desejam um país próprio) orgulham de tradições assim como os nordestinos se orgulham das festas de são joão. Nenhum problema nessas festividades, nessas manifestações. Duro é ver o povo se orgulhar daqueles que pilharam e mataram pela vontade de acumulação. A sociedade quatrocentona de sampa é vergonhosa.
São Paulo teme o resto do país. Nós somos o povo a espreita para retirar proveito de São Paulo. Somos, o restante do país, os afegãos dos americanos. Os sem história, os destituídos de perspectivas próprias, os alijados do progresso e aproveitadores do progresso promovido pela locomotiva.
Comparar o sentimento sulista (gauchismo, como disseram alguns) com a ideia bandeirante paulista é rasteiro e sem propósito. Os gauchos (lembrem-se: uma minoria de gauchos desejam um país próprio) orgulham de tradições assim como os nordestinos se orgulham das festas de são joão. Nenhum problema nessas festividades, nessas manifestações. Duro é ver o povo se orgulhar daqueles que pilharam e mataram pela vontade de acumulação. A sociedade quatrocentona de sampa é vergonhosa.
Ps.: de uma coisa já tenho certeza: você é masoquista! Como aguenta que tanta baixeza lhe seja direcionada e que tantos asnos o xingue sem perder a paciência e ainda publicando os comentários?
O estudo pode nao lhe ter trazido iluminação, mas lhe proporcionou uma baita compreensão da falta de limites que as mentes fechadas e reacionárias extrapolam e vomitam em textos raivosos.
parabéns!
O estudo pode nao lhe ter trazido iluminação, mas lhe proporcionou uma baita compreensão da falta de limites que as mentes fechadas e reacionárias extrapolam e vomitam em textos raivosos.
parabéns!
Sakamoto,
Há uma diferença clara entre “patriotismo” e “nacionalismo”
(ver “A Última Guerra Européia – Setembro-1939-Dezembro-1941″,
do historiador britânico John Lukacs, Editora Nova Fronteira,
Rio de Janeiro, 1980): patriotismo é preferir, comedidamente,
de certo modo e sem exageros irracionais a sua terra,
as coisas da sua terra e os JUSTOS interesses da sua própria comunidade.
Nacionalismo é bem mais do que isto, é considerar a sua terra INERENTEMENTE SUPERIOR às outras em que seriam INFERIORES a ela também em tudo,
independentemente de qualquer comparação racional.
Nacionalismo é sempre uma forma de RACISMO.
O infeliz adágio “minha pátria, certa ou errada”
(que, não por acaso, corresponde ao nefasto “Deutschland über alles”)
não é, destarte, exemplo de patriotismo, mas sim de nacionalismo.
Em suma, patriotismo é, como gostar da sua mãe,
e defendê-la quando injustamente prejudicada.
Sempre agindo, porém, de maneira racional e ponderada, pois
não há, por exemplo, defender uma megera assassina
– uma Lady Macbeth, por exemplo- que infelizmente calhe de ser mãe.
Nem tampouco deve-se defender os evidentes equívocos da pátria,
que ocorrem, por exemplo, quando ela se dedica à exploração
imperialista e a opressão de outros povos ou, até mesmo, propugna interesses
de grupos econômicos poderosos contra povos pobres (vide a INCONDICIONAL
defesa americana das patentes das multinacionais produtoras
de fármacos contra a AIDS).
Os exemplos de conduta deletéria – PAULISTIMO
(COMO GAUCHISMO, PERNAMBUCANISMO etc.)
que você cita no seu “post” e no anterior de um ano atrás
e de mistificação e distorção dos fatos históricos,
além de muitas perigososas bobagens ditas
nos comentários de outros acima, que declino,
por educação e por óbvias, de especificar,
são evidentemente manifestações de nacionalismo,
que, ao contrário do patriotismo, e, como todas as manifestações do escabroso,
PRECONCEITUOSO E RACISTA nacionalismo
(a História toda do Século XX explica o porquê de tal
necessidade) deve ser combatido sempre.
Eu mesmo, na minha qualidade de pernambucano,
ouvi muita vez aí em São Paulo, as seguintes e “belíssimas” palavras:
— Apesar de nordestino, o senhor é muito culto” (sic).
É ocioso dizer mais nada.
(ver “A Última Guerra Européia – Setembro-1939-Dezembro-1941″,
do historiador britânico John Lukacs, Editora Nova Fronteira,
Rio de Janeiro, 1980): patriotismo é preferir, comedidamente,
de certo modo e sem exageros irracionais a sua terra,
as coisas da sua terra e os JUSTOS interesses da sua própria comunidade.
Nacionalismo é bem mais do que isto, é considerar a sua terra INERENTEMENTE SUPERIOR às outras em que seriam INFERIORES a ela também em tudo,
independentemente de qualquer comparação racional.
Nacionalismo é sempre uma forma de RACISMO.
O infeliz adágio “minha pátria, certa ou errada”
(que, não por acaso, corresponde ao nefasto “Deutschland über alles”)
não é, destarte, exemplo de patriotismo, mas sim de nacionalismo.
Em suma, patriotismo é, como gostar da sua mãe,
e defendê-la quando injustamente prejudicada.
Sempre agindo, porém, de maneira racional e ponderada, pois
não há, por exemplo, defender uma megera assassina
– uma Lady Macbeth, por exemplo- que infelizmente calhe de ser mãe.
Nem tampouco deve-se defender os evidentes equívocos da pátria,
que ocorrem, por exemplo, quando ela se dedica à exploração
imperialista e a opressão de outros povos ou, até mesmo, propugna interesses
de grupos econômicos poderosos contra povos pobres (vide a INCONDICIONAL
defesa americana das patentes das multinacionais produtoras
de fármacos contra a AIDS).
Os exemplos de conduta deletéria – PAULISTIMO
(COMO GAUCHISMO, PERNAMBUCANISMO etc.)
que você cita no seu “post” e no anterior de um ano atrás
e de mistificação e distorção dos fatos históricos,
além de muitas perigososas bobagens ditas
nos comentários de outros acima, que declino,
por educação e por óbvias, de especificar,
são evidentemente manifestações de nacionalismo,
que, ao contrário do patriotismo, e, como todas as manifestações do escabroso,
PRECONCEITUOSO E RACISTA nacionalismo
(a História toda do Século XX explica o porquê de tal
necessidade) deve ser combatido sempre.
Eu mesmo, na minha qualidade de pernambucano,
ouvi muita vez aí em São Paulo, as seguintes e “belíssimas” palavras:
— Apesar de nordestino, o senhor é muito culto” (sic).
É ocioso dizer mais nada.
Atenciosamente,
Joaquim Dantas.
Gostaria de saber por que se opõem ao Sakamoto? Os bandeirantes, embora tenham tido papel fundamental na formação territorial brasileira, isto se deu às custas das riquezas do nosso solo que tinham a metrópole lusitana como destino e ao aprisionamento indígena, que serviram como escravos nos primórdios da nossa colonização. Qual é a nobreza nisso? O sul do Pará, estado onde vivo atualmente, é um exemplo do “empreendedorismo” paulista, goiano, mineiro, etc. que arrasa a Amazônia com a derrubada da mata para criar gado bovino e, ainda, em nome de uma falsa luta pelo desenvolvimento daquela região querem desmembrar essa porção do território paraense, algo que acredito que deva realmente ser feito, contudo, nunca para atender a determinados interesses que sobrepõem-se ao da coletividade – o povo. Sou de origem nordestina, já vivi em São Paulo por quase 4 anos e conheço de perto o jeito arrogante que muitos paulistas tratam os que não são nativos. E aos que vão esbravejar que eu estaria “cuspindo no prato que comi”, vou logo dizendo que em momento algum passou pela minha cabeça de fazer tal coisa, apenas não concordo com a maioria que apedreja o nobre professor em defesa de algo que deveria ser repudiado. São paulo certamente tem a sua notável importância econômica para o país, todavia faz-se necessário saber que modelo econômico quer se adotar e qual será a participação da sociedade como um todo nesse processo. A “colonização” paulista pelo território brasileiro não me parece a melhor alternativa. Pergunta-se: o que fazer para diminuir a pobreza e as desigualdades não somente na minha região, mas também no Sul, no Norte, no Centro-Oeste e aí, no Sudeste? O que o “Coração econômico” do País tem a propor para toda a nação? Quando um paulista ou outro qualquer resolver essas questões, certamente teremos o que comemorar; teremos um verdadeiro herói!
- Gostei muito de seu raciocinio, parabens Sady
Sakamoto,
Confesso que minha primeira reação foi ser grosseira com você e extravasar meu repúdio à sua visão. Depois conclui que todos os argumentos e contra-argumentos que eu pudesse colocar já foram abordados e continuarão à sê-lo por muitos (pelo o que você mesmo disse “desde o ano passado”).
Observo que de fato você é masoquista, o que explica a falta de respeito que você demonstra com um povo em uma data de referência histórica ao seu caráter. Espanta quando vê-se quão incomodado você é com o “nacionalismo paulistano”… qual o problema de termos uma identidade que diverge do todo? não é justamente isso que você pede às novas gerações? Chama-nos de “velhos” arrogantes e prega que uma nova geração liberal seria a salvação deste povo….”Doutor Takamoto”, meu caro, realmente só quero dizer-lhe algo em meu discurso contido – à duras penas – VIVA 9 DE JULHO E VIVA SÃO PAULO HOJE E SEMPRE…lhe asseguro que meus filhos (nova geração) já ostentam orgulho em serem paulistanos.
Ah! e procure ajuda, o masoquismo não é saudável e felizmente tem cura.
Confesso que minha primeira reação foi ser grosseira com você e extravasar meu repúdio à sua visão. Depois conclui que todos os argumentos e contra-argumentos que eu pudesse colocar já foram abordados e continuarão à sê-lo por muitos (pelo o que você mesmo disse “desde o ano passado”).
Observo que de fato você é masoquista, o que explica a falta de respeito que você demonstra com um povo em uma data de referência histórica ao seu caráter. Espanta quando vê-se quão incomodado você é com o “nacionalismo paulistano”… qual o problema de termos uma identidade que diverge do todo? não é justamente isso que você pede às novas gerações? Chama-nos de “velhos” arrogantes e prega que uma nova geração liberal seria a salvação deste povo….”Doutor Takamoto”, meu caro, realmente só quero dizer-lhe algo em meu discurso contido – à duras penas – VIVA 9 DE JULHO E VIVA SÃO PAULO HOJE E SEMPRE…lhe asseguro que meus filhos (nova geração) já ostentam orgulho em serem paulistanos.
Ah! e procure ajuda, o masoquismo não é saudável e felizmente tem cura.
Mais algumas considerações que julgo necessárias para explicar esse sentimento patriota dos paulistas pelo estado.
1) São Paulo contribui com uma imensa parcela da arrecadação de impostos do governo federal, porém somente uma pequena parcela, em torno de 5%, pouco mais pouco menos, volta para o estado em forma de investimentos. Com o que sobra pra nós, mais a arrecadação estadual, mantemos a USP e demais estaduais que atendem qualquer cidadão do país, sem distinção. Hospitais que só temos aqui, ou que temos em maior abundância e atendem demais estados… etc.
2) Em relação à historia que foi contada aos paulistas sobre seus heróis bandeirantes ou revolucionários de 32, cada povo precisa de um herói, e para nós a história foi contada desta forma. Alguém acredita que a princesa Isabel libertou escravos porque era bondosa? Ou que D. Pedro proclamou a independência porque achava que o povo da colônia merecia este prêmio após anos de exploração. Não creio nisto. Cada povo precisa de um herói… e a história do Brasil colocou na cabeça dos brasileiros alguns heróis que bons historiadores até contestam este heroísmo, dizendo que todos esses heróis agiram por interesse próprio ou de outrem… e para nós paulistas a história foi contada assim. Quem escreveu essa história? Não sei, talvez seja preciso discutir o conteúdo didático das escolas…
3) A mídia, principalmente a TV Globo que domina a audiência, acaba criando uma rixa entre paulistas e cariocas, e isso se estende as demais regiões do país. Por exemplo, a Globo transmite o campeonato estadual do Rio para todo o país, menos para São Paulo, onde transmite o campeonato paulista porque sabe que queremos ver o que é nosso. Temos uma ampla grade regional aqui em São Paulo, enquanto o resto do país, acompanha toda uma programação que valoriza o Rio, pois a emissora é de lá. Ela sabe que seu maior mercado e metade de seu faturamento vem de SP, por isto cria uma programação exclusiva para São Paulo. Acho que a mídia intensifica nós paulistas sermos patriotas e demais regiões do Brasil sentirem um certo ódio por nós.
4) Todo mundo quer ganhar a vida em São Paulo. O Estado teve todo um processo histórico-econômico que favoreceu o progresso aqui, enquanto as demais regiões não acompanharam o mesmo crescimento. São Paulo é o maior mercado para as empresas. Isto cria um certo movimento de pessoas que vem pra cá. Isso é um fenômeno mundial, a atração pelos polos mais ricos das pessoas dos polos mais pobres. Então, muitas pessoas, ora vem pra cá e tem sorte e consegue um padrão de vida melhor do que tinham em suas regiões de origem, ora vem pra cá e acabam numa situação pior do que chegaram. Mas pergunte para a maioria (bem especificado, a maioria, não o total) de pessoas de fora de São Paulo que estão aqui, se eles querem voltar para suas terras natal. A maioria responde que não e que o pouco que tem aqui seria considerado muito lá. Então, sentem saudade de sua terra, mas muitos não querem voltar, porque sabem que aqui usufruem de melhor condição de vida. É uma pena, acho que isto é uma realidade brasileira que precisa ser mudada.
5) Grupos de paulistas fanáticos (tem até comunidades no Orkut que pelas discussões de seus membros nos foruns parecem até novos movimentos de neo-nazistas, fazendo uma semelhança dos alemães aos paulistas e dos judeus aos nordestinos que vivem em São Paulo). Este preconceito é real aqui em São Paulo, isto existe na realidade. Acho que defender um ideal, de forma sadia, é valido, agora tudo o que parte para o fanatismo vira caso de preocupação, tome por exemplo os fanáticos religiosos. E vemos muitos fanáticos pelo fenômeno “São Paulo superior” se manisfestando na internet.
6) Sobre o preconceito: aproveito e saio um pouco da linha de discussão para falar sobre o preconceito que escrevi no item 5 pois acho que faz parte da formação psicológica-moral-cidadã brasileira. O que quero dizer, é que o preconceito está na raiz da formação do cidadão brasileiro. Vemos o preconceito quanto a cor de pele, opção sexual, rico, pobre, bonito e feio, gordo e sarado. Isso faz parte da formação de um pais que perdeu valores ao longo do tempo, e que agora está sendo imposto através de leis, dos tipos de leis de cota, de preconceito contra negro ou homossexual. Está sendo feita uma imposição legal na mente das pessoas para que elas aceitem tais coisas que julgam “erradas” mas temos que aceitar senão dá processo… Um país que perde valores como família, Deus, respeito ao próximo, vida em sociedade etc… permite situações como estas que sofrem os nordestinos em São Paulo.
7) Que São Paulo foi privilegiado por Deus, ou sei lá eu quem, isto é fato. Observa-se uma certa realidade aqui no Estado que não vemos em muitos lugares do Brasil, salvo algumas regiões que também se desenvolveram de forma semelhante a de SP. Vale lembrar que o Estado cresceu mais em termos populacionais e essa grandeza populacional é responsável por parte da riqueza aqui construída. A concentração de riqueza em São Paulo é tema de muitos estudos acadêmicos que explicam esse o porque isto aconteceu aqui e não de forma intensa em outras regiões. Aliás, concentrações industriais, financeiras etc são fenômenos verificados em vários países. O que agrava no Brasil é que aqui as coisas são mais intensas no sentido de distanciamento que verifica-se entre os mais ricos e os mais pobres.
1) São Paulo contribui com uma imensa parcela da arrecadação de impostos do governo federal, porém somente uma pequena parcela, em torno de 5%, pouco mais pouco menos, volta para o estado em forma de investimentos. Com o que sobra pra nós, mais a arrecadação estadual, mantemos a USP e demais estaduais que atendem qualquer cidadão do país, sem distinção. Hospitais que só temos aqui, ou que temos em maior abundância e atendem demais estados… etc.
2) Em relação à historia que foi contada aos paulistas sobre seus heróis bandeirantes ou revolucionários de 32, cada povo precisa de um herói, e para nós a história foi contada desta forma. Alguém acredita que a princesa Isabel libertou escravos porque era bondosa? Ou que D. Pedro proclamou a independência porque achava que o povo da colônia merecia este prêmio após anos de exploração. Não creio nisto. Cada povo precisa de um herói… e a história do Brasil colocou na cabeça dos brasileiros alguns heróis que bons historiadores até contestam este heroísmo, dizendo que todos esses heróis agiram por interesse próprio ou de outrem… e para nós paulistas a história foi contada assim. Quem escreveu essa história? Não sei, talvez seja preciso discutir o conteúdo didático das escolas…
3) A mídia, principalmente a TV Globo que domina a audiência, acaba criando uma rixa entre paulistas e cariocas, e isso se estende as demais regiões do país. Por exemplo, a Globo transmite o campeonato estadual do Rio para todo o país, menos para São Paulo, onde transmite o campeonato paulista porque sabe que queremos ver o que é nosso. Temos uma ampla grade regional aqui em São Paulo, enquanto o resto do país, acompanha toda uma programação que valoriza o Rio, pois a emissora é de lá. Ela sabe que seu maior mercado e metade de seu faturamento vem de SP, por isto cria uma programação exclusiva para São Paulo. Acho que a mídia intensifica nós paulistas sermos patriotas e demais regiões do Brasil sentirem um certo ódio por nós.
4) Todo mundo quer ganhar a vida em São Paulo. O Estado teve todo um processo histórico-econômico que favoreceu o progresso aqui, enquanto as demais regiões não acompanharam o mesmo crescimento. São Paulo é o maior mercado para as empresas. Isto cria um certo movimento de pessoas que vem pra cá. Isso é um fenômeno mundial, a atração pelos polos mais ricos das pessoas dos polos mais pobres. Então, muitas pessoas, ora vem pra cá e tem sorte e consegue um padrão de vida melhor do que tinham em suas regiões de origem, ora vem pra cá e acabam numa situação pior do que chegaram. Mas pergunte para a maioria (bem especificado, a maioria, não o total) de pessoas de fora de São Paulo que estão aqui, se eles querem voltar para suas terras natal. A maioria responde que não e que o pouco que tem aqui seria considerado muito lá. Então, sentem saudade de sua terra, mas muitos não querem voltar, porque sabem que aqui usufruem de melhor condição de vida. É uma pena, acho que isto é uma realidade brasileira que precisa ser mudada.
5) Grupos de paulistas fanáticos (tem até comunidades no Orkut que pelas discussões de seus membros nos foruns parecem até novos movimentos de neo-nazistas, fazendo uma semelhança dos alemães aos paulistas e dos judeus aos nordestinos que vivem em São Paulo). Este preconceito é real aqui em São Paulo, isto existe na realidade. Acho que defender um ideal, de forma sadia, é valido, agora tudo o que parte para o fanatismo vira caso de preocupação, tome por exemplo os fanáticos religiosos. E vemos muitos fanáticos pelo fenômeno “São Paulo superior” se manisfestando na internet.
6) Sobre o preconceito: aproveito e saio um pouco da linha de discussão para falar sobre o preconceito que escrevi no item 5 pois acho que faz parte da formação psicológica-moral-cidadã brasileira. O que quero dizer, é que o preconceito está na raiz da formação do cidadão brasileiro. Vemos o preconceito quanto a cor de pele, opção sexual, rico, pobre, bonito e feio, gordo e sarado. Isso faz parte da formação de um pais que perdeu valores ao longo do tempo, e que agora está sendo imposto através de leis, dos tipos de leis de cota, de preconceito contra negro ou homossexual. Está sendo feita uma imposição legal na mente das pessoas para que elas aceitem tais coisas que julgam “erradas” mas temos que aceitar senão dá processo… Um país que perde valores como família, Deus, respeito ao próximo, vida em sociedade etc… permite situações como estas que sofrem os nordestinos em São Paulo.
7) Que São Paulo foi privilegiado por Deus, ou sei lá eu quem, isto é fato. Observa-se uma certa realidade aqui no Estado que não vemos em muitos lugares do Brasil, salvo algumas regiões que também se desenvolveram de forma semelhante a de SP. Vale lembrar que o Estado cresceu mais em termos populacionais e essa grandeza populacional é responsável por parte da riqueza aqui construída. A concentração de riqueza em São Paulo é tema de muitos estudos acadêmicos que explicam esse o porque isto aconteceu aqui e não de forma intensa em outras regiões. Aliás, concentrações industriais, financeiras etc são fenômenos verificados em vários países. O que agrava no Brasil é que aqui as coisas são mais intensas no sentido de distanciamento que verifica-se entre os mais ricos e os mais pobres.
Não sou paulistano, mas sou paulista com muito orgulho.
As pessoas acreditam que podem mudar as coisas com flores, poemas e músicas, mas a história humana mostra o oposto. A história foi forjada por espadas e lanças, por tompson e springfield 1908. Roma teve seu tempo, hoje USA. Usaram armas para moldar seu destino, se isso é correto ou não é outra história, cada uma tem seu ponto de vista, o que não é certo é, deixar de lutar pelo que acredita, mesmo que o ambate seja uma ideologia elitista, já que nunca ouve revolução popular e, ainda que alguns morram por isso.
Recomendo que os outros da federação leiam o que diz nossa bandeira e entenderão um pouco como realmente pensamos.
As pessoas acreditam que podem mudar as coisas com flores, poemas e músicas, mas a história humana mostra o oposto. A história foi forjada por espadas e lanças, por tompson e springfield 1908. Roma teve seu tempo, hoje USA. Usaram armas para moldar seu destino, se isso é correto ou não é outra história, cada uma tem seu ponto de vista, o que não é certo é, deixar de lutar pelo que acredita, mesmo que o ambate seja uma ideologia elitista, já que nunca ouve revolução popular e, ainda que alguns morram por isso.
Recomendo que os outros da federação leiam o que diz nossa bandeira e entenderão um pouco como realmente pensamos.
Concordo com seu texto…paulista e paulistanos acham-se superiores à outros brasileiros e sentem um certo prazer em desqualificar os outros estados brasileiros. Pois é….somos um estado bastante conservador e em boa parte ignorante de seu proprio passado.
Mas esta caracteristica de arrogancia, misturada à ignorancia não é privilegio so do estado de São Paulo….este “bairrismo infeliz” existe por todo o Brasil.
Da mesma forma que existe por todo o mundo, afinal não é esse nacionalismo burro que cria e comete genocidios?
Parabens, muito bom seu texto.
Mas esta caracteristica de arrogancia, misturada à ignorancia não é privilegio so do estado de São Paulo….este “bairrismo infeliz” existe por todo o Brasil.
Da mesma forma que existe por todo o mundo, afinal não é esse nacionalismo burro que cria e comete genocidios?
Parabens, muito bom seu texto.
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Sakamoto, para a classe dominante,provavelemnte a luta fosse para retormar o poder. Mas a sua opnião infeliz insulta a memória daqueles que lutaram sinceramente por um ideal. Reduzir a luta de uma população a uma visão simplista de “retorno ao poder” é irritante, quando observado sob a luz dos seus títulos.
Meus avós contribuiram, dentro de suas limitadas condições, por que acreditaram lutar por valores que você poderia ser mais cuidadoso ao tratar. Eu não conheço a história oficial, eu conheço aquela contada pelos meus avós, e posso garantir que eles não tramavam um retorno ao poder quando juntaram seus esforços a contra-revolução.
Por isso, e por eles, me sinto a vontade pra dizer: Cala a Boca.
Meus avós contribuiram, dentro de suas limitadas condições, por que acreditaram lutar por valores que você poderia ser mais cuidadoso ao tratar. Eu não conheço a história oficial, eu conheço aquela contada pelos meus avós, e posso garantir que eles não tramavam um retorno ao poder quando juntaram seus esforços a contra-revolução.
Por isso, e por eles, me sinto a vontade pra dizer: Cala a Boca.
Foto Divulgação
Enquanto isso lá no Japão...