terça-feira, 20 de abril de 2010


Tinha pinto pequeno o golpista de 1964
Por Mylton Severiano

OUTRO DIA, Palmerio alertou pruma crônica do Marcelo Coelho da Folhona, sobre o filme argentino O Segredo de Seus Olhos, Oscar de melhor filme estrangeiro. Terminava Marcelo dizendo que nosso cinema tinha uma diferença com o argentino: nosso cinema não é adulto.
Eis que o filme em questão punha o enredo sobre o pano de fundo da ditadura militar lá deles.
Quando escrevo, 20 de abril de 2010, o último general torturador, Reynaldo Bignone, foi condenado a 25 anos de prisão, octogenário, vai morrer atrás das grades, e é pouco.

E POR AQUI? Esse Nini, Newton Cruz, o Leônidas, o Calandra, e todos quantos militares ou civis tenham participado da “farra do terror” (terroristas foram eles), deveriam sentar no banco dos reus.

NOSSO CINEMA não é adulto, como outras artes, porque os torturadores de 64 ficam se bancando de bonitos, como os facinorosos Guararapes (bando de viúvos da tortura), e ninguém toca neles.

EL SECRETO DE SUS OJOS, O Segredo de Seus Olhos, melhor filme estrangeiro no Oscar de 2010, erige os argentinos como adultos, mulheres gostosudas, homens pauzudos, enquanto ficamos adolescentes paus-moles em cinema, e se em cinema somos bimbinhos, também o somos noutras artes, inclusive sexuais.

É POR ISSO QUE ESTE BLOG se põe como antiditadura, contra aqueles bimbinhos que se masturbavam na frente da “vaca terrorista”, os Fleurys, os Trallis, os capitães Ubirajaras (que o diabo os tenha).
Um tanto quanto sexista está esta postagem, mas é isso: milicos e civis que deram o golpe em 1964 eram uns tarados, pedófilos, onanistas, sodomitas, estupradores. Eis uma vertente para os punir.

AH, E COMO FIZERAM COM TIRADENTES, que até a sétima geração fiquem de sobreaviso os descendentes dos torturadores. Publique-se os sobrenomes, que filho de peixe peixinho é.

A NOTÍCIA DE 20 DE ABRIL DE 2010
Ditador argentino
é condenado a
25 anos de prisão
BUENOS AIRES (AFP) — O último ditador argentino, general Reynaldo Bignone (1982-1983), de 82 anos, foi condenado nesta terça-feira a 25 anos de prisão por detenção ilegal e tortura de presos políticos, entre outros crimes de lesa humanidade.
Outros seis ex-comandantes durante a ditadura militar (1976-1983), cúmplices de Bignone nos crimes cometidos no Campo de Mayo, o maior quartel do Exército, na periferia de Buenos Aires, receberam distintas penas de prisão.
Os crimes ocorreram entre 1976 e 1978, quando Bignone chefiava a guarnição do Campo de Mayo, cujas masmorras chegaram a manter 4.000 opositores ao regime, incluindo muitos desaparecidos.
O Campo de Mayo também abrigou uma maternidade clandestina que permitiu o roubo de bebês e a mudança de suas identidades para que as crianças fossem entregues a outras famílias.
Bignone assumiu o poder em 1982, após a derrota militar contra a Grã-Bretanha nas Ilhas Malvinas, e entregou o governo em dezembro de 1983, a Raúl Alfonsín, primeiro presidente eleito após o retorno à democracia.

MEU COMENTÁRIO
Na Argentina, a democracia voltou, aqui ainda não.

E aguarde, ROSE NOGUEIRA VEM AÍ.

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