segunda-feira, 27 de setembro de 2010

ELEIÇÕES 2010

Urnas e mulheres
Por Mylton Severiano
Vi na TV Brasil o ministro Carlos Velloso contando como surgiu a ideia de urna eletrônica. Ele estava no Tribunal Eleitoral em 1994, quando ficou sabendo de uma fraude no Rio de Janeiro. Ficou irritado. Se acontece no Rio, imagine por esses brasis, pensou ele. Resolveu acabar com aquilo e mandou pesquisar.
Surgiu uma empresa americana oferecendo um tipo de urna.
“Era do tamanho de uma geladeira”, relembrou ele, “e complicada, tinha até uma cortininha. E custava dez mil dólares cada uma!”
Velloso desistiu dos americanos e tratou de encomendar aqui mesmo no Brasil. Ela estreou em 1996 sob ceticismo, até o nacionalista Brizola ficou desconfiado. Mas ela está aí, surrando os gringos em matéria de lisura (lembra-se da eleição do Bush junior em 2002, com “ajudinha” do irmão Jeb na Flórida?). E em matéria de rapidez nem se fala (essa mesma eleição do Bush levou semanas para se chegar a uma conclusão de quem ganhou). Quanto à lisura, na mesma reportagem que vi aparecem técnicos explicando que nossa urna eletrônica tem tantos códigos e esquemas de segurança que torna a fraude praticamente impossível. Um dos técnicos explica com o velho apólogo popular das varas: uma só vara, o malfeitor até pode quebrar; mas um feixe de varas, não.
E por falar em eleição, vou imitar meu amigo e vizinho Bill, paraibano que veio criar cabra nordestina em Florianópolis. Teve uma empresa de vídeo e, depois de trabalhar para um monte de políticos, concluiu:
“Eu agora só voto em mulher.”
Então, Dilma 13 na cabeça e por aí abaixo, até a deputada estadual Angela, 65123.

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