segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A ENFERMARIA DO MYLTAINHO - ilustrada por Amancius


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Enfim, entendo os muçulmanos que condenam mulher à morte por lapidação: estão na Idade da Pedra.
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E os lapidadores domésticos?
A lei que o Lula aprovou e assinou proibindo castigos físicos contra crianças mesmo no lar tirou do armário gente insuspeita. Um promotor, titular da 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Joinville, Santa Catarina, Sérgio Ricardo Joesting, escreveu carta e Época de 26 de julho de 2010 publicou, em que o tarado pontifica:
“Os menores têm de respeitar os mais velhos, nem que seja do modo mais doido. Uns tapas, beliscões e puxões de orelha nunca fizeram mal a ninguém. Violência é uma coisa totalmente diferente de uma educação rígida. A violência que gera violência é aquela desmedida, aplicada a qualquer hora e sem motivação. Esta sim deve ser totalmente repelida. O Estado não pode intervir na educação dos pais.”
Heil, Hitler!
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E um tal de Edson, eu nunca tinha ouvido falar nele, me pareceu cantor sertanejo, aparece na televisão dizendo que “bunda foi feita pra levar palmada”. O panaca diz ainda que, imagine, se um filho dele roubar, tem ele direito de bater pra corrigir. Bem, se um filho meu roubar, é porque sou um pilantra, que lhe dei mau exemplo. Daí que não adianta bater, só vai piorar, o ladrãozinho vai ficar é revoltado.
Em tempo: quando eu pisava no tomate, meu pai jamais me relou a mão, apenas me chamava para conversar, e eu ia já me corrigindo e sabendo que tinha feito merda.
Por falar nisso...
INFORMAÇÃO DE MERDA
Foto Amancio Chiodi
Vi nos jornais que a Polícia Federal aplicou moderníssimo sistema para detectar consumo de cocaína. Eles coletaram porções de dejetos nos esgotos de Brasília e, examinando segundo técnicas usadas por, entre outros países, Estados Unidos (os proibidores do uso de cocaína e outras drogas), daí avaliam a quantidade de uma substância que o cocainômano elimina pela urina, então ficam sabendo que naquele bairro, naquele quarteirão, naquela rua estão cheirando.
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Ora bolas, como diria o Mário Quintana. Quanto gastam nessa pesquisa de merda? Que resultado obterão? Nos dejetos da PF aparece algum indício de uso de tal produto? Se não, será que eles bebem algum tipo de álcool? Fumam tabaco ou maconha?
Enfim, será que a PF não tem função mais importante que fuçar as vidas íntimas dos cidadãos?
Mas que mundo mais virado do avesso, sô! Que tal liberar as drogas proibidas e pôr as autoridades policiais a inventar métodos mais modernos para detectar e pôr na cadeia os corruptos?
Foto Amancio Chiodi

SOBRE BANHEIROS E PRIVADAS
Foto Amancio Chiodi
Do baú das minhas andanças pelaí
Vi uma vez um estudo em livro sobre como a humanidade evoluiu na matéria. Infelizmente perdi a pista.
Mas, em 1988, à frente de uma equipe de tv brasileira, junto com um gaúcho do Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro, e a convite deste partido, fui para trás da “cortina de ferro”. Meus colegas de viagem eram Yeken Serri, diretor de cena; Paulino Senra, incomodador; João de Barros, repórter; e João Avelino, do Partidão, para fazer a ponte entre nós e os comunistas de lá.
Devíamos fazer documentário sobre a “perestroika” (mudança) detonada pelo Miguel Gorbachov, o que um ano depois resultaria no esfacelamento do bloco soviético.
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EM PRAGA, visitando uma fábrica de automóveis, não me lembro o nome mas só podia ser Skoda, dos carros tchecos, perguntamos ao líder operário se a “glasnost” (transparência) e a “perestroika” (mudança) haviam chegado ali. Ele nos convidou a dar uma olhada nos banheiros, imundos, fedidos, nojentos.
[Uma coisa que abandonamos por civilização foi o agachar pra cagar e mijar. Passamos a fazê-lo sentados. Antropólogos, etnólogos, higienistas, médicos, quem nos ajuda nessa? Posso testemunhar que, quando me ocorre prisão de ventre, consigo me livrar agachando em cima do vaso, mas é desconfortável. No Exército, quando servi em Mato Grosso em 1959, os cagadouros eram dos que exigem posição agachada - como aliás todo animal, bípede, quadrúpede etc.]
Sei que, sendo Praga nossa última escala, antes de voltar ao Brasil e tentar vender o trabalho para alguma tv, ali resolvemos editar o material e transformá-lo no combinado documentário.
Foto Amancio Chiodi 

CHEGA ALTO MEMBRO do Partido Comunista tcheco para dar uma olhada no que estávamos fazendo. Com ele esgrimi uma manhã inteira. Implicou especialmente com a sequência em que o líder operário reclama da sujeira dos banheiros. O censor, que era um censor, pediu para eu tirar aquilo. Esbravejou:
“Não fica bem num documentário sério”, repetia, segundo a tradução da tradutora.
O líder dos operários da fábrica de automóveis tchecos havia declarado para nós:
“A perestroika ainda não chegou aos banheiros. Nos daríamos por satisfeitos se nossos banheiros fossem limpos.”
Que você acha? Não seria legal se os banheiros em geral fossem limpos? Bem, e que houvesse banheiros públicos limpos para todos. Na nossa casa cuidamos nós, mas na sua empresa que tal?
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