segunda-feira, 17 de maio de 2010

CONTORCIONISMO



Como demonstrar que Dilma não existe? Será que as irmãs Ross conseguiriam?
Na maior parte das vezes que leio Fernando de Barros e Silva na Folhona, julgo suas posições sensatas, pertinentes. Me surpreendeu desagradavelmente, portanto, ler seu texto Mandela no liquidificador, de 15 de maio de 2010, em que tenta refutar a fala de Lula no programa do PT (13 de maio); sensação de haver sido logrado todos esses anos por uma espécie de camaleão que, de repente, confrontado com alguma premente necessidade de sobrevivência, política, vital, se desnorteia e mostra em todo o esplendor sua verdadeira cor. Não falta ali a metáfora mal ajambrada – “Dentinho pode fazer um gol extraordinário, um gol de Pelé. Continuará sendo Dentinho...” Não falta o desejo oculto que todo o mundo enxerga – “... como disse Lula na TV: ‘O tempo passou e o que aconteceu? Mandela virou um dos maiores símbolos da paz e da união no mundo.’ E, no caso de Dilma, o tempo passou e o que aconteceu? Nada.”
Puxa! A mocinha que lutava contra a ditadura vai presa, é torturada, pega 3 anos e meio de cadeia quando Barros e Silva tinha dentinho de leite, passadas quatro décadas ela periga tornar-se a primeira mulher presidente do Brasil, e o articulista acha que não aconteceu nada!
Ele e seus colegas que não veem nem querem ver o que se passa diante de seus narizes melhor fariam para nós leitores se dissessem logo que acham Serra ou Marina melhor que Dilma para dirigir o Brasil, e por que acham. Meu voto não escondo, vou votar em Dilma desde criancinha, por razão que posso resumir bem simples: é o único jeito de seguir com o governo mais profícuo que vi no meio século em que acompanho política profissionalmente.
Contudo, se Barros e Silva e seus colegas pretendem persistir no afã de tentar provar o improvável, ofereço mestras de truz, as Ross Sisters, geniais contorcionistas que se pode ver em:
É ver e desistir do ofício, vocês jamais chegarão aos pés das três irmãs Ross em matéria de contorcionismo.

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