sexta-feira, 28 de maio de 2010

DIÁRIO DE PORTUGAL I


Que que há com a Europa?

Não difere da Espanha a situação encontrada por aqui, no Porto, aonde chegamos ontem, 24 de maio. Pedintes às pencas pelas ruas, gente morando em desvãos, lojas abandonadas. Num jornal chamado O Diabo, o colunista Antônio Marques Bessa diz que a elite portuguesa é “rasteirinha, muito pacóvia”, e o taxista reclamou que há muita casa abandonada, de gente que tem muito dinheiro e não as arruma, e quanta gente sem ter onde morar.
O colunista prevê dias mais dificeis ainda, o desemprego grassa Europa afora, os países endividados, “classe política impreparada, sempre de um optimismo imbecil”, “empresários de vista curta”, sindicatos de “funcionários de partidos”.
Andando pelo centro do Porto nesta manhã de terça, 18 de maio, em menos de uma hora já nos pediram esmola três pessoas, fora dois homens vistos dormindo em entradas de lojas.

RECORDE DE MORTES NAS PRISÕES
Comprei o Diário de Notícias, de Lisboa, onde o repórter Luis Maneta relata que a taxa de mortes nas prisões portuguesas é o dobro de outros países europeus: morreram 56 presos em 2009. O último, Bruno M., 27 anos, passou horas batendo na porta sem receber ajuda, estava doente, e agora as investigações indicam que teve “morte natural”...
Das 56 mortes de 2009, 40 se deram por doenças e 16 por suicídio. A elevada taxa de obitos, segundo Antonio Pedro Dores, do Instituto Superior de Ciências do Trabalho, se deve a “condições miseráveis de funcionamento nas prisões portuguesas, onde só há pouco tempo se conseguiu acabar com o balde higiénico”. Notemos que foi de Portugal nosso avozinho que herdamos as bases da “civilização cristã ocidental”, e tal pai tal filho.

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