quarta-feira, 27 de outubro de 2010

CHEIRO DE ARMAÇÃO NO AR

Recebemos este texto publicado no jornal eletrônico brasiliense Passe Livre, assinado por Alfredo Bessow, jornalista e escritor...repassamos...

Ao sair do estúdio da TV Cidade Livre de Brasília depois de entrevistar o sindicalista Paulo Antenor, presidente do Sindireceita e eleito 1º suplente de Senador na chapa encabeçada por Magno Malta lá no ES, recebi telefone de um telespectador que, em outras palavras, dizia ter a Folha de São Paulo negociado, financeiramente, o depoimento de um ex-preso político. O objetivo de tal ‘depoimento/desabafo’ seria o de desmontar a versão da Dilma ‘osso duro de roer’. Na versão negociada, o denunciante criaria uma versão de que ela teria delatado vários aliados da luta armada contra a ditadura.

Todos nós estamos um tanto quanto atônitos com tanto zumzum, mas, ao que tudo indica, seria uma artilharia pesada a ser usada mais para o fim de semana, redundando numa ação conjunta da Folha, da Veja e da TV Globo – provavelmente sexta à noite.

Não sou partidário de dar crédito a boataria, até porque se trata de estratégia usual do crime – como forma de causar tensão permanente no ‘outro lado’. A máfia também age assim, de quando em vez eliminando um dos seus como forma de aviso, lembrete e para definir, com a sua onipresença, o modo de vida das pessoas.

Acontece que não foi a única ligação neste sentido.

Mais cedo, um jornalista com larga atuação política e concursado da TV Senado havia manifestado a mesma preocupação. Ou seja: tem sim cheiro de armação no ar – resta saber se estas pessoas têm algum limite para a patifaria ou não.

Neste sentido, até mesmo estaria servindo de demonstração de imparcialidade o fato da Folha de São Paulo ter divulgado ontem, 26, a notícia de que a turma tucana de SP era partícipe de um grande conluio para beneficiar empresas em obras do metrô.

Por esta ótica, a mesma Folha que detonou a licitação dos tucanos por ‘compromisso com o jornalismo’, estaria liberada para publicar um testemunho que, na realidade, teria sido comprado.

Não sei até que ponto a nossa sociedade ainda vai acreditar em tais armações – logo a Folha que criou a ficha-falsa da Dilma, que publicou entrevistas com pessoas que nunca foram entrevistadas, que colaborou com a ditadura militar cedendo veículos…

Cada qual com sua realidade local, mas a verdade é que as campanhas eleitorais tem se transformado num festival de baixarias. Aqui no DF, por exemplo, o grupo de Roriz gosta de chafurdar na lama e se sente protegido até mesmo pela Justiça Eleitoral para fazê-lo – comprando testemunhas, reiventando fatos e deturpando a verdade. Não por acaso, cabe sempre lembrar, Roriz é o cabo eleitoral de Serra no DF.

Voltando…

Dentro deste quadro de dúvida, é bom que todos fiquemos atentos. A direita mais perversamente retrógrada que se aglutinou em torno do Serra – figuras venais e deploráveis como Kátia Abreu, Roberto Jefferson, Orestes Quércia, César Maia, Itamar Franco, Roberto Freire, Jorge Bornhausen, Yeda Cruzius, Pedro Simon; grupos de comunicação monopolistas e organizações fascistas como a Maçonaria, TFP, UDR, monarquistas, integralistas; facções religiosas ligadas à Igreja Católica e mesmo a grupos pentecostais – não se dá por vencida.

Os números das pesquisas em lugar de servir de conforto, devem nos alertar de que é hora ampliar a nossa luta em defesa do projeto de um governo transformador da sociedade que é representado por Dilma Rousseff.


Serra não conhece o Brasil. E nem aos brasileiros

Até agora, salvo engano, foram três debates para o 2º turno. Resta o da Globo, na quinta. A percepção que advém destes três momentos é, segundo definição lapidar captada ao acaso no twitter, que a campanha dos tucanos se resume em: favela falsa, promessa falsa, agressão falsa, passeata falsa, discurso falso, candidato falso.

O grande problema de Serra, e das elites que ele representa, é a extrema incapacidade de não ver o Brasil e nem os brasileiros como algo possível, como algo viável. No processo de reprodução dos conceitos de classe, eles não tiveram nem capacidade e nem interesse em rever seus preconceitos. Estão acostumados a olhar a ‘sociedade’ como algo sobre o qual eles detém o controle.

Até foi assim. Houve um tempo no qual as elites mantinham absoluto controle sobre o povo.

Mas a velocidade com que os brasileiros estão mudando a forma de se enxergarem não mais como párias, mas partes de um processo de conquista de voz – esta velocidade não tem sido engolida pelas elites. A opção por Serra é, e a cada debate isto fica mais claro, a tentativa das elites (e seus instrumentos como TFP, Maçonaria, Opus Dei, meio de comunicação, segmentos das igrejas Católica e pentecostais – praticamente uma versão tupiniquim dos chamados AIE-Aparelhos Ideológicos do Estado conforme definição de Althusser) de retomar o controle do Brasil. As elites, perversas no seu egoísmo, sabem que apenas alguém neurótico como Serra será capaz de atacar de frente os movimentos sociais.

Este é o intuito. Serra não quer apenas privatizar o pré-sal, vender o BB e a Caixa. Desfazer-se do controle de Itaipu. As elites precisam, e Serra fará o papel de cão raivoso (que foi esta a percepção de sua face de ódio e rancor na saudação de encerramento do debate na TV Record), mutilzar os movimentos sociais. Quebrar-lhes a capacidade de luta. Tolher-lhes as condições operacionais de agir, atuar e intervir.

Serra e as elites batem no MST, mas na verdade miram associações, sindicatos, centrais e entidades de luta. Já dobraram e trouxeram para seu lado a CNBB e a própria OAB. Quem não aderir, será destruído.

Volto a dizer: Serra e as elites atacam o MST, mas o objetivo é destruir, mitigar o poder de intervenção dos movimentos sociais.

Mas, Serra revela o quanto desconhece o Brasil e os brasileiros ao tentar ridicularizar as conquistas dos últimos anos. Ao negar a mudança no perfil social do brasileiro, Serra (na condição de boneco das elites) reitera e descarrega sua carga de preconceito e ódio contra o povo.

Ainda que Dilma disponha de confortável dianteira, segundo as pesquisas, é importante que cada um de nós esteja consciente do que estará em jogo no domingo.

De um lado o representante de um segmento ideológico da sociedade que acredita que a razão de existir um país e haver povo nele é estarem sempre ao dispor destas elites. Estes votam no Serra.

De outro lado, a proposta de continuidade de um projeto que vem sendo implementado desde 2003 – com seus defeitos, com suas limitações. Mas um projeto que representa a perspectiva de tornar o Brasil um País de todos. Estes votam Dilma, 13.

Debate na Record – Serra se enrola nos trololós
Antes de começar o debate, um festival de besteiras nas entrevistas e nos comentários. Escutar Índio, Sérgio Guerra e Alckmin é destas coisas que fazem a gente pensar na qualidade da nossa classe política.

Tanto pelo lado da situação, quanto da oposição.

Mas observando o que eles falam e dizem, fico maldizendo mais uma vez a herança obscurantista dos anos de chumbo que não permitiram a formação de lideranças políticas. Há um vazio. Uma falta de renovação. Basta observar que são sempre os mesmos

1º Bloco – Dilma começa batendo sem dó: Nordeste, PróUni e Paulo Preto…

A Dilma pergunta, o Serra foge.

A Norte Sul no Governo FHC andou poucos quilômetros – somando o tempo de Sarney e FHC, menos de 300km. Nos oito anos anos de Lula/Dilma, mais de mil quilômetros.

A Transposição do São Francisco é a negação do coronelismo do PSDB. Por isso que eles nunca fizeram. A idéia de criá-lo, pode ter sido de FHC. Mas quem a implementou? Foi Lula. Foi Dilma.

Ete trololó do Serra lembra uma analogia: é a mesma coisa do que dizer que o Cruls é o responsável pela construção de Brasília…

Quanto tempo demora para construir uma Refinaria? O Serra é patético. Aprende Serra: 7 anos. Depois de 25 anos, o Brasil voltou a construir uma refinaria.

E o Nordeste continua tomando conta do debate e o Serra se embananando…

Por que São Paulo não entrou na banda larga? Serra quer mutreta… A banda larga de São Paulo não foi comentada. Ele quis falar num paralelo com o Japão… Pergunte para quem vive lá… em São Paulo.

Dilma falou do Paulo Preto. E o Serra outra vez não comentou.

Agora chegou a vez do ProUni. São 700 mil beneficiados.

E lá vem o Serra outra vez com o seu trololó.

Serra não conhece Paulo Preto. Todo mundo conhece ele como Paulo Preto.

E a Dilma batendo no fígado sem piedade.

Chega a dar dó do Serra.

Serra… acobertador. Paulo Preto, agora é um santinho.

E os 27 processos contra o Serra? Isso não conta?

Na saúde, os dois apresentaram as propostas. Estranhei que a Dilçma não tenha perguntado nada sobre a Cracolândia.

Minha opinião: Serra não consegue dizer se vai manter o ProUni. Serra não consegue explicar por que a PC-SP não fez nada para investigar o Paulo Preto – inclusive preso por receptação de jóias roubadas. Gente boa este amigo do Serra… Serra vai de trololó-em-trololó sofrendo por não conseguir esconder o profundo ódio e repulsa que sente pelo Nordeste – sempre tratando a região como ‘carente’, mas nada de defender políticas de isnerção social.

O que fica claro é que Serra não está falando para o telespectador. Ele está falando para o seu programa de TV de terça-feira.

Segundo Bloco – Dilma: Serra quer privatizar as estatais
Serra começou perguntando. Tema Petrobrás.

Serra quer vender o Pré-Sal.

Ele não consegue negar.

Na verdade, FHC já vendeu…

Chegamos ao ítem dos empregos…

Lula 15 milhões de empregos.

FHC menos de 5 milhões dee vagas.

Serra não sabe como gerar empregos.

Retidão da vida pública. 27 processos. Isso não quer dizer?

E Serra fugiu da resposta do emprego.

Ele sabe empregar só pra Soninha…

Dilminha botando Serrinha para aprender.

Serra não sabe a diferença entre petróleo sujo e o do pré-sal.

Voltemos a segurança…

Serra reconheceu, ajoelhou e fez questão de dizer que a a ação da Polícia Pacificadora é interessante.

Cadastro de criminosos… que coisa…

PCC é o padrão de segurança que Serra tem para apresentar ao Brasil. Além disso, conseguiu criar a Cracolândia…

Em Copenhague foi onde o Serra pediu autógrafo?

Serra não consegue entender a realidade.

Desmatamento zero na Amazônia? A UDR vai permitir?

Eu fico me perguntando… o Serra tem certeza do que está falando?

Ele não passa nenhuma credibilidade. Tudo ele vai afzer.

Lembrando: Dilma fez 47.600.000 de votos. Serra conseguiu engambelar 33.100.000. Vamos ver como será no domingo.


Terceiro bloco – Serra e o massacre dos movimentos sociais
Dinheiro para o MST não pode. Para o agronegócio pode..

Credo… Colocar um boné é comemorar?

Serra gosta de tratar os movimentos sociais na base do cacetete. É assim que ele quer a paz?

Como Serra não sabe responder… Dilma volta a bater na questão da geração de empregos…

Qual era a taxa de juros no Governo FHC/Serra?

Caramba: Serra vive num país e os brasileiros em outro…

Sai desta, Serra…

Ah, Serra.. esqueceu de dizer que aumento o preço da coxinha de galinha…

Qual foi o aumento da carga tributária durante o Governo FHC/Serra?

Considerações finais:

Dilma desta vez foi de arrepiar!

Serra e o velho trololó de sempre.

Serra não quer a intolerância? Com o cacetete na mão?

Político nacional que não entende o que os brasileiros falam… foi asism que ele reclamou em várias entrevistas…

Oferece um passado de fujão…

Oferece 27 processos…


Conclusão: Serra é muito cara de pau…

Vox Populi: Dilma mantém 14 pontos de vantagem

Está cada vez mais difícil!

Nova pesquisa Vox Populi mostra que a dianteira de Dilma na votação foinal continua sendo de 14 pontos percentuais. Ou seja: Serra precisa tirar quase 3 pontos por dia…

Na reta final de campanha, mesmo contando com o apoio escancarado dos principais meios de comunicação – exceção da revista Carta Capital, da Isto É, do jornal Passe Livre e da TV Record – a candidatura de Serra claudica sobre o peso de suas contradições.

Serra não consegue responder questões de privatizações (FHC já está negociando em seu nome); Paulo Preto, aborto, seus dossiês contra Aécio, bolinha de papel e tantos outros factóides que fizeram com que ele passasse a ser ridicularizado em jornais de várias partes do mundo.

Esta é a matéria do IG…

Vox Populi: Dilma tem 49%, Serra 38%, indecisos 7%

Matheus Pichonelli, iG São Paulo
25/10/2010 17:38

Pesquisa Vox Populi/iG publicada nesta segunda-feira mostra que, a menos de uma semana das eleições, a candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, mantém a dianteira sobre o tucano José Serra na corrida presidencial. A ex-ministra da Casa Civil oscilou dois pontos para baixo em relação ao levantamento realizado pelo instituto entre os dias 15 e 17 de outubro e agora conta com 49% das intenções de voto. Serra, por sua vez, oscilou um ponto para baixo e aparece com 38%.

O número de eleitores que pretendem votar nulo ou em branco ainda é de 6% – mesmo índice contabilizado na última pesquisa. O Vox Populi apontou, no entanto, aumento do número de eleitores indecisos ou que não responderam ao questionário: de 4% para 7%.

Considerando-se apenas os votos válidos, Dilma seria eleita com 57% contra 43% de Serra. De acordo com esse critério, a distância entre os dois candidatos é de 14 pontos, igual à apontada pelo último levantamento. Ainda assim, 88% dos eleitores ainda afirma, porém, que já tem certeza da decisão tomada.

O Vox Populi ouviu 3.000 pessoas em 214 municípios, entre os dias 23 e 24 deste mês. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob número 37059/10 em 20 de outubro.

Vantagem
A região onde a candidata do PT tem a maior vantagem em relação ao adversário tucano é o Nordeste: 64%, contra 27%. O Sul é a única região em que Serra tem vantagem sobre a petista: 47% a 39%. No Sudeste, onde está concentrada a maior fatia do eleitorado, ela venceria por 44% a 40%.

Entre os eleitores de Dilma, 53% são homens e 46%, mulheres. Já Serra tem mais apoio entre mulheres (40%) do que entre os homens (36%).

Num momento em que temas religiosos ganharam destaques na campanha, a pesquisa aponta também que Dilma venceria o rival entre eleitores católicos (51% a 39%), católicos não praticantes (53% a 35%) e evangélicos (44% a 41%). Entre os eleitores que não têm religião, a vantagem da petista é de 46% a 38%.


Como ficarão a Globo e a Veja depois das eleições?

Não é de hoje que o sistema Globo, mas de modo mais incisivo a TV Globo, resolveu partir para uma de ação e de atuação típicas de um grupo político. O grupo – famiglia Globo – pode até fazer acordos pontuais, mas tem uma clara definição de qual universo que ela ocupa e dentro do qual procura se mover. Por não ser brasileiro, em verdade a postura pública do grupo é sempre um reflexo das determinações de fora – onde os ventriluquos que supostamente a administram em terras tupiniquins… Resgatando, por não ser brasileiro, o grupo não se sente comprometido com as aspirações do conjunto da sociedade. Construiu, conslidou e solidificou uma liderança que vai ruindo lentamente – mas enquanto não se esvai, continua disseminando a defesa de seus postulados como se eles fossem paradigmas de liberdade, igualdade e democracia.

A TV Globo está apostando alto na eleição de Serra. Sabe que a vitória de Dilma será um probelma a mais, pois como foi bem posto pelo Paulo Henrique Amorim, a Globo (ou seja, a extrema direita) perdeu o controle que tinha no Senado. A aposta da Globo envolve mentiras, montagens, edições e todo um arsenal de crimes que, tivéssemos uma Lei dos Meios de Comunicação, já a teriam tirado do ar tal a reiterada opção pela mentira.

Cabe lembrar, neste sentido, que a tag #globomente é, faz dias, líder mundial entre as mais citadas pelo twitter. A TV Globo, que vai perdendo audiência e com isso recursos privados e públicos (responsáveis pela saúde financeira), sabe que não terá como se recompor com Dilma. Por isso, chafurda cada vez mais no anti-jornalismo, abrindo espaço e dando notoriedade a figuras como Jabor, Molina, Miriam Leitão, Merval, Waack e outros que não passam de entes totêmicos a repetir o que lhes é mandado.

Talvez o ponto alto tenha sido a edição do ‘atentado’ sofrido por Serra. Amparado pela falta de credibilidade do perito Molina – que virou uma espécie de boca-de-aluguel – a Globo materializou umas das mais estapafúrdias criações do seu anti-jornalismo. A reação dos profisisonais de São Paulo após a exibição da matéria talvez tenha sido a mais clara demonstração de que a farsa era grotesca demais. Houve vaias e o assunto logo estourou na rede.

Resta mais uma semana.

Ainda há tempo para a Globo se superar.

Mas que a história da bolinha de papel mostrou o quão ridícula a ex-vênus platinada pode ser na defesa dos seus interesses.

Depois das eleições, restará o desafio de convencer alguns petistas do tipo do Suplicy, do Pallocci, do Rui Falcão, da Helena Chagas (que subitamente abandonou sua paixão pelos tucanos e virou porta-voz da Dilma), do Zé Dutra e outros inomináveis, de que, como disse o Lula, é possível viver sem a Globo. E que isto também chegue até ao pessoal de comunicação/marketing/publicidade da Secom e das empresas como BB, CEF, Eletrobrás, etc.


Veja – por que o governo ainda anuncia?

A Revista Veja é uma história a parte, mesmo sendo parte do mesmo sistema que foi estruturado para atacar o governo, atacar o PT e atacar o Brasil. De escola para bons jornalistas, a Veja transformou-se em depósito da escória do jornalismo. Profisisonais que, em troca do salário, aviltam a própria biografia – esmeram-se em desrespeitar as biografias alheias.

A edição desta semana volta a utilizar uma ferramenta fundamental: a acusação sem provas, o grampo sem áudio. Antes foi aquela palhaçada envolvendo Demóstenes Torres – uma das figuras mais patéticas do Senado – e o Gilmar Mendes (a quem muitos chamam de Gilmar Dantas) num grampo nunca provado, numa interceptação que nunca existiu. Foi uma ação criminosa envolvendo os três – Veja, Gilmar e Demóstenes – com o intuito claro de brecar a ação da Polícia Federal no cerco às ações criminosas que, de uma forma ou de outra, têm guarida em altas esferas…

A Veja, a despeito desta postura reiterada, ainda assim merece anúncios do Governo Federal. Qual a lógica desta insanidade? Já escrevi várias vezes que a Secom do Governo Federal é um depósito tucano, um entulho. Lá, o que não falta é a hipocrisia de quem assume um discurso ético – mas que não sobrevive a um lampejo de seriedade. Se a Dilma quiser mudar o Brasil, deve começar a mudar a perspectiva de um governo que injeta milhões numa publicação – e não é só a Veja, pois o mesmo acontece com o grupo RBS, a Folha, famiglia Marinho, Estadão (que inclusive conseguiu um financiamento privilegiado) – que pratica um jornalismo de esgoto.

Reitero aqui, inclusive, a estranheza de ver que o ‘Núcleo de Mídia’ é coordenado por alguém que num passado não muito distante, se vangloriava de ser anti-petista. Dizem que o Núcleo não manda nada, então a situação é ainda mais ridícula na medida em que mantêm uma estrutura (salas, telefones, funcionários, etc) que não possui valor e nem tem importância. Pior: pagam para alguém anti-petista e que tem ódio por comunicação comunitária e alternativa.

Já propus inclusive que se fizesse algo simples: que se veiculasse em cada anúncio na Veja o valor que o Governo pagou por aquele espaço. Desta maneira, o contribuinte poderia ver como um governo que tanto fez como o do Lula/PT às vezes gasta mal o seu dinheiro. Na verdade o meu dinheiro. O nosso dinheiro.


Por que Serra não faz comício?
Já estava pronto o post quando recebi mensagem no twitter sugerindo uma olhada urgente no Blog da Cidadania do Eduardo Guimarães. E o que está lá, é estarrecedor: pelas imagens veiculadas, a bolinha de papel foi arremeçada por um militante tucano. Vale a pena dar uma olhada.

Por que Serra não faz comício?
A velha mídia grita, estrila, se descabela e se desespera. Dia após dia, Lula e Dilma resgatam o velho hábito dos comícios que levam milhares de pessoas. Quer em Valparaíso (GO), na Ceilândia (DF), em Caxias do Sul (RS), em Uberlândia (MG).

Quem chegasse de fora, de outro país, ficaria questionando: mas só um lado tem esta coragem, esta vinculação com o povo? E o que o outro representa? O que ele faz, caminhadas?

E é exatamente isso que acontece. Enquanto Dilma, amparada pelo PT e pelo presidente Lula, arrasta multidões, gente do povo, Serra é a antítese. Sua candidatura e os partidos que a sustentam – tucanos e demos – não se ampara no povo. É uma vontade das elites podres e pérfidas, contra o sonho e os desejos do conjunto da sociedade.

Cá entre nós: quem o Serra representa? Talvez aqueles 4% que consideram péssima a gestão de Lula. Um segmento da elite, que mesmo apoiando Lula, querem a volta de um branco, europeisado, alguém que se ajoelhe para os EUA.

Serra não faz comícios porque a parte que lhe interessa ele a faz em reuniões e conchavetes como aquele patrocinado por FHC em um hotel em Foz do Iguaçu – quando assumiu o compromisso de botar Serra no colo e obedecer o ideário neoliberal.

Serra não precisa do povo, porque tem a imensa maioria dos meios de comunicação. Meios estes que manipulam a realidade, distorcem os fatos e tratam o Brasil como uma latrina e os brasileiros como gado. Os meios de comunicação pensam que nós, brasileiros, somos lacaios deles. Estes que sendo concessão do Estado, atuam contra o Estado e contra o povo. Onde está a história do aborto? E pelos depoimentos das alunas, a opção pelo aborto foi do Serra marido que impôs a sua vontade, que determinou que a chilena Allende – que está sumida da campanha – simplesmente fizesse o aborto e pronto. Mas isto os meios de comunicação não falam…

Serra não faz comício porque sabe que sua eleição é sem povo. Se vencer – e tudo pode acontecer diante de tanta manipulação – este país vai entrar num período de delicada radicalização. Mesmo com o apoio do Judiciário, Serra terá dificuldades de botar de volta nas jaulas os movimentos sociais que com Lula ganharam o direito de respirar em liberdade.

Tenho muitas e claras divergências com o governo do Lula/PT – foi omisso na questão do BC, que está privatizado; foi conivente com a perseguição que Hélio Costa a mando das redes de rádio e tv fez contra rádios e tvs alternativas e comunitárias em todo País; não teve a capacidade de romper com o domínio das bancas na indicação dos ministros do STF; entre outras. Mas a dspeito de eventuais e pontuais divergências, tenho claro que o único caminho para que o Brasil continue com os projetos que mudaram a cara da pirâmide social em nosso país, propiciando uma mobilidade social sem precedentes, enfim, a continuidade desta caminhada passa obrigatoriamente pela eleição de Dilma Rousseff.

Assim, fica a pergunta e uma sugestão de resposta: Por que o Serra não faz comícios? Porque a ele e aos que o cercam e imolam, falta povo…

Baixaria dá voto?
Me criei fazendo campanha no tempo em que se discutiam propostas. Lembro que participei da campanha do Brossard (MDB) contra o Nestor Jost (Arena) – mesmo o Jost sendo da minha cidade (Candelária-RS). Lembro ainda de um discurso, em 1974, do Brossard, feito no CTG Sentinela dos Pampas onde ele, com aquele sotaque de fronteira dizia: “Nós temos que perder o medo. Nós temos que voltar a acreditar na democracia. Esta noite não poderá ser eterna”.

Nesta reta final de campanha, lembro do Brossard (aquele que sendo um liberal, na oposição ao regime militar virou um democrata radical). Temos que perder o medo da imprensa. Temos que perder o medo do poder das trevas que o Serra representa. E nós aqui no DF, precisamos voltar a ter orgulho de dizer que somos ‘brasilienses’ e não partícipes de uma bandalheira como forma os oitos anos de Roriz e os quatro anos de Arruda.

Transcrevo a seguir o texto ‘de capa’ do Jornal Passe Livre que circulou hoje em Brasília – 150 mil exemplares distribuídos gratuitamente – na rodoviária, em Taguatinga, na Ceilândia e no Guará.

BAIXARIA DÁ VOTO?
Na medida em que se aproxima o 2º turno das eleições para presidente em todo país e para governador no DF e em outros estados, o eleitor volta a conviver com o estigma da baixaria e da mentira.

Mas o eleitor está cansado de tanta patifaria e de tanta armação. As ‘revelações’ da turma do atraZo e da campanha do Serra não conseguem mais ludibriar ninguém. O problema do Serra e da turma do atraZo é que eles gostam de tratar o eleitor como se ele fosse um burro, uma anta e não tivesse capacidade de entender que tudo não passa de coisas enjambradas, mutretas e vídeos editados.

As mentiras e a hipocrisia do Serra estão fazendo com que Dilma abra 12 pontos de vantagem na pesquisa do Ibope divulgada na quarta-feira, dia 20. Ninguém tolera a leviandade e a irresponsabilidade de alguém que no afã de conquistar a presidência acaba optando pelo ‘vale tudo’.

Este quadro de irresponsabilidade se repete aqui no DF, onde a turma do atraZo despenca nas pesquisas e na tentativa de sobrevivência, parte para um proselitismo político que revela a leviandade que norteia suas ações demagógicas. Quem eles pensam snsibilizar com a promessa de anistiar multas? Só aqueles que já estavam com eles e que adoram ilegalidades e falcatruas. O que a turma do atraZo esquece é que aqui no DF vivem também pessoas com dignidade e com responsabilidade – que, conforme o 1º turno, representam a imensa maioria dos habitantes.

Fala-se em coisas bombásticas, mas o eleitor está vacinado: vindo da turma do atraZo não tem credibilidade. Afinal de contas, são sempre os mesmos, usando os mesmos métodos – valendo-se do mesmo roteiro da mentira. Nesta reta final da campanha para o 2º turno é preciso ficar atento e prestar bem atenção. Muitas ‘denúncias’ serão lançadas ao ar, tentarão destruir a reputação de muitas pessoas, muitas promessas estapafúrdias serão anunciadas.

A turma do atraZo e o pessoal do Serra ainda não se deu conta que o povo cansou de ser tratado como massa de manobra, como se não tivesse capacidade de decidir acerca do seu próprio destino.

Ao sair do estúdio da TV Cidade LIvre de Brasília depois de entrevistar o sindicalista Paulo Antenor, presidente do Sindireceita e eleito 1º suplente de Senador na chapa encabeçada por Magno Malta lá no ES, recebi telefone de um telespectador que, em outras palavras, dizia ter a Folha de São Paulo negociado, financeiramente, o depoimento de um ex-preso político. O objetivo de tal ‘depoimento/desabafo’ seria o de desmontar a versão da Dilma ‘osso duro de roer’. Na versão negociada, o denunciante criaria uma versão de que ela teria delatado vários aliados da luta armada contra a ditadura.

Todos nós estamos um tanto quanto atônitos com tanto zumzum, mas, ao que tudo indica, seria uma artilharia pesada a ser usada mais para o fim de semana, redundando numa ação conjunta da Folha, da Veja e da TV Globo – provavelmente sexta à noite.

Não sou partidário de dar crédito a boataria, até porque se trata de estratégia usual do crime – como forma de causar tensão permanente no ‘outro lado’. A máfia também age assim, de quando em vez eliminando um dos seus como forma de aviso, lembrete e para definir, com a sua onipresença, o modo de vida das pessoas.

Acontece que não foi a única ligação neste sentido.

Mais cedo, um jornalista com larga atuação política e concursado da TV Senado havia manifestado a mesma preocupação. Ou seja: tem sim cheiro de armação no ar – resta saber se estas pessoas têm algum limite para a patifaria ou não.

Neste sentido, até mesmo estaria servindo de demonstração de imparcialidade o fato da Folha de São Paulo ter divulgado ontem, 26, a notícia de que a turma tucana de SP era partícipe de um grande conluio para beneficiar empresas em obras do metrô.

Por esta ótica, a mesma Folha que detonou a licitação dos tucanos por ‘compromisso com o jornalismo’, estaria liberada para publicar um testemunho que, na realidade, teria sido comprado.

Não sei até que ponto a nossa sociedade ainda vai acreditar em tais armações – logo a Folha que criou a ficha-falsa da Dilma, que publicou entrevistas com pessoas que nunca foram entrevistadas, que colaborou com a ditadura militar cedendo veículos…

Cada qual com sua realidade local, mas a verdade é que as campanhas eleitorais tem se transformado num festival de baixarias. Aqui no DF, por exemplo, o grupo de Roriz gosta de chafurdar na lama e se sente protegido até mesmo pela Justiça Eleitoral para fazê-lo – comprando testemunhas, reiventando fatos e deturpando a verdade. Não por acaso, cabe sempre lembrar, Roriz é o cabo eleitoral de Serra no DF.

Voltando…

Dentro deste quadro de dúvida, é bom que todos fiquemos atentos. A direita mais perversamente retrógrada que se aglutinou em torno do Serra – figuras venais e deploráveis como Kátia Abreu, Roberto Jefferson, Orestes Quércia, César Maia, Itamar Franco, Roberto Freire, Jorge Bornhausen, Yeda Cruzius, Pedro Simon; grupos de comunicação monopolistas e organizações fascistas como a Maçonaria, TFP, UDR, monarquistas, integralistas; facções religiosas ligadas à Igreja Católica e mesmo a grupos pentecostais – não se dá por vencida.

Os números das pesquisas em lugar de servir de conforto, devem nos alertar de que é hora ampliar a nossa luta em defesa do projeto de um governo transformador da sociedade que é representado por Dilma Rousseff.


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